Editorial
UMA TRÉGUA DECRETADA SEM VONTADE?
Passam duas semanas desde que as lideranças do Governo da FRELIMO e da RENAMO decretaram o prolongamento das tréguas militares em todo o país, depois de dois anos de conflito político-armado derivado da fraude eleitoral.
Decorrido esse tempo, chegam-nos informações de que as forças governamentais no terreno continuam a reforçar a sua presença, além de estarem a promover acções de provocação.
Existem relatos de que o terrorismo contra os membros e simpatizantes da RENAMO continua através de perseguições e raptos.
Sem querermos negar que a trégua decretada está a ter impacto positivo, não deixaríamos de lamentar a sua violação por parte das forças governamentais.
Numa altura em que as populações já começaram a regressar para as suas zonas de origem e já estão a reiniciar as suas actividades diárias e o trânsito de mercadorias começa a funcionar normalmente, a própria trégua começa a ficar comprometida, com a ocorrência de perseguições e assassinatos de membros da RENAMO, protagonizada por pessoas bem identificadas.
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