Ontem, no cemitério do Alto de São João, o escritor português laureado com um Nobel, José Saramago, durante uma cerimónia destinada a assinalar o primeiro ano da morte de Vasco Gonçalves, PM no Verão Quente de 75 declarou que "Não sobra nada do 25 de Abril de 1974". - "Não ficou nada, rigorosamente nada"! acrescentou.
Bem. Para quem sonhava ver Portugal transformado numa espécie de Cuba da Europa Ocidental, entalada entre o Mar e a Espanha, com todo o cortejo de progressismo que é patente naquela ilha das Caraíbas, tem toda a razão. Pior. Agora, metidos como estamos na União Europeia, de cuja Comissão até temos, de momento, um português como presidente, ainda mais difícil se tornou o deflagrar e o triunfo de um putsh à bolchevique, que metesse Portugal "nas linhas do Progresso"!
Sorte nossa, azar o dele. Também, é certo, agora também não é mais possível desencantar um novo Professor de Economia de Coimbra que nos projecte na senda de radiosos amanhãs. Sorte dele, azar o de muitos. As pessoas de mais idade e saber diziam que a única maneira que um cidadão tinha para lograr viver sob a Opressão eram a Honra e a Sabedoria. A Honra impede o indivíduo de participar na Opressão. A Sabedoria ensina uma pessoa a suportar a Opressão. Agora, os Portugueses substituiram a Sabedoria pelo Capricho e a Honra pelo Prazer. As novas gerações dispõem do progresso da Democracia. Mas perderam a Fé. E isso só pode aprofundar a Opressão.
Com amizade
José Pires
In PORTUGAL CLUB
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