O PRESIDENTE do Conselho provocou o desagrado da PIDE.
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SEXTA-FEIRA, 22 DE SETEMBRO DE 2006
LUSA
A PIDE preparou a morte do general mas esbarrou na oposição do ditador.
Oliveira Salazar terá evitado, em 1958, uma tentativa de assassínio do general Humberto Delgado. O caso ocorreu depois deste ter sido derrotado nas presidenciais por Américo Tomás. Mas o general não se conformou, e declarou as eleições fraudulentas.
A seguir, Delgado refugiou-se na embaixada do Brasil em Lisboa, da qual saiu directamente para o aeroporto. Foi aí que a PIDE arquitectou o seu assassínio. Segundo um elemento da Legião Portuguesa, citado pelo embaixador Duarte de Jesus no livro “Casablanca”, a publicar em breve pela Gradiva, estava tudo preparado para Delgado ser morto, mas o presidente do Conselho discordou, provocando o desagrado da polícia política.
Posteriormente, em 1961, o mesmo agente dirigiu-se a Marrocos, tendo-se deslocado à embaixada portuguesa comunicando ao que vinha: preparar um novo atentado. Não se sabe, porém, se esta iniciativa tinha ou não o acordo de Salazar. A embaixada portuguesa, contudo, não colaborou.
E Delgado “só” seria morto em 1965, em Espanha.
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