Cor. Manuel Amaro Bernardo
No tempo que me foi disponibilizado, pretendo fazer uma breve abordagem sobre o contragolpe de 25 de Novembro de 1975 e dos seus antecedentes.
Tenho muito prazer em estar aqui entre quadros e militantes deste Partido, a fim de tentar divulgar aspectos menos conhecidos do 25 de Novembro, acontecimento que foi da maior importância para a implantação da Democracia em Portugal. Também apresentarei alguns elementos sobre os acontecimentos mais relevantes que o antecederam.
1. Como podem ver na nota biográfica distribuída, tive o privilégio de estar, então no posto de major, no Regimento de Comandos, na altura do 25 de Novembro e ter feito parte do Posto de Comando ali montado no próprio dia, sob a direcção do então Ten-Coronel Ramalho Eanes, para dar resposta à situação golpista dos pára-quedistas de Tancos.
Durante essa madrugada eles tinham ocupado quase todas as bases aéreas. Outras unidades militares do Exército, como o RALIS, a EPAM, o Forte de Almada e a Polícia Militar, no Regimento de Lanceiros de Lisboa, também se movimentaram em seu apoio.
2. Mas, antes disso, estive igualmente colocado num outro estabelecimento militar por onde passaram alguns dos principais intervenientes da contestação ao regime de Marcello Caetano: a Academia Militar, em Gomes Freire. Estavam lá colocados o Major Otelo Saraiva de Carvalho e o Ten-Coronel Correia de Campos, esforçado combatente na Guiné e que viria comandar, no Terreiro do Paço, as tropas sublevadas na manhã de 25 de Abril de 1974. Tal foi executado em ligação com o Posto de Comando instalado no Quartel de Engenharia 1, na Pontinha, sob a coordenação de Otelo.
Leia em:
Download O 25 de Novembro e a instauração da Liberdade e da Democracia
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