Retrirado da net:
A sociedade leva o adolescente a seguir um parametro ideal de modo de vida, injectando imagens de perfeito, ideal, possível, que ele busca pois é a referência que tem. O homem precisa ocupar o papel de macho, mantendo a relação de Poder! E o Poder primeiro é o uso da força, logo ele busca a força física aliada à estética exigida de modo a ser aceite pelo senso comum da sociedade e do genero sexual que procura…tal como no mundo animal! em que o macho, na maioria senão totalidade, o mais esbelto, usa da sua beleza para impressionar a fêmea e assim cortejá-la até ao acasalemento.
Não lhe bastará mostrar à mulher o seu dote de físico esbelto e aparente para que o satisfaça como ser poderoso. Terá também que demonstrar algum artifísio de superioridade perante o outro macho usando o tamanho, a presença e a masculinidade.
Essa necessidade de afirmaçção acaba por ser nada menos que um complexo de inferioridade por não conseguir estabalecer dialogo fácil com o próximo, pois não acredita em sí.
Chamar a atenção com música alta, roupa diferente e de preferência que sobressáia, falar alto, vestir no último detalhe da moda mais mais possível, envolver-se em manifestações de força…os nossos fáites (fights)…, e por muitas vezes pelo fui, sou, fiz, tenho, posso. Tentação essa por que todos passamos em fase de aprendizado no convívio com o próximo.
E assim seguem os nossos queridos adolescentes de Moçambique e do Mundo…ou melhor, do Mundo e de Moçambique pois a juventude em que vivo cada vez mais se recolhe em ter um emprego estável e condição para poder impressionar as mais belas possíveis. Não deveria ser essa referência que o jovem de hoje deveria ter, uma geração de Samora, Mondlane, Amilcar Cabral, Agostinho Neto, Bob Marley, as grandes manifestações cantadas e dançadas em Toi-Toi, a dança dos guerreiros bafanas que vinham do Norte em direcção à Africa do Sul depois de treinamentos e até Che Guevara que tanto insistimos nós jovens em exibir em nossas camisetes e outros acessórios. Uma geração MacCdonalds (ou qq fast-food), Coca-Cola, Camisinha ou ainda Mcel/Giro.
Uma geração sem alternativas, sem entretenimento gratuito e acima de tudo cultural , pois do país já pouco ou quase nada se consegue saber na escola, na mídia ou na rua.
Será que nós não temos vergonha de viver às custas dos povos mais sofridos que vão levando o país às costas, pagam nossas escolas e nossos salários sem nada terem em troca e ainda sofrem um extermínio lento e doloroso por supostamente serem “gente inferior”?
E um governo que, de vanglorioso que foi para todo o povo, se desfaz em ideais neoliberais capitalistas onde o individualismo é a força motriz.
“A nossa República, nasce do Sangue do Povo” foi uma frase que saíu de um homem com hagá maiúsculo, um Ser Humano que só queria que seu povo cravasse as unhas na terra que pisa e escrevesse a sua história.
Bem (h)ajam.
Cherba, Miguel Prista ([email protected])