MINISTRO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTAL
John William Kachamila, nota 1
O ministro para a Coordenação da Acção Ambiental, Jonh Kachamila, pode se orgulhar de ter nascido para ser ministro. Muda de pastas mas nunca deixa de ser ministro. Nos últimos cinco anos caiu-lhe nas mãos o Ministério da Coordenação da Acção Ambiental. Em momento em que o debate á volta das questões ambientais está no topo das agendas dos Estados, era de esperar maior protagonismo de Kachamila e seus pares.
O ministro tem passado despercebido, sinal de que o ministério pouco tem feito para além dos habituais seminários, workshop,s e outro tipo de reuniões onde se empata dinheiro que podia ser melhor aplicado.
Enquanto isso, as actividades viradas para a defesa e conservação do meio ambiente continuam por fazer. Basta ver os verdadeiros atentados ao meio- ambiente protagonizados por turistas estrangeiros um pouco por todo o país. Para espanto total, apesar das constantes denúncias, a inspecção ambiental mantém-se inoperacional mesmo empoleirada nos últimos modelos four by four. Refira-se que a defesa e conservação do meio ambiente tem se safado, em Moçambique graças ao dinamismo da algumas organizações da sociedade civil.
Aliás, John Kachamila e seus pares andam a reboque das organizações da sociedade civil. Tornou-se redundante falar de casos de erosão em muitas praias nacionais mas, de quem é pago para lutar contra tal fenómeno só se ouvem poucos tugidos e alguns mugidos. As indústrias poluidoras mal se dão ao luxo de respeitar os padrões internacionalmente exigidos. Também, sabem que ninguém lhes há-de exigir ou penalizar pela infracção. Têm consciência de que o Ministério da Coordenação da Acção Ambiental está adormecido. Tal como o ministro.
E tempo para acordar já escasseia.
Por tudo que foi dito, para o ministro da Coordenação da Acção Social fica a nota 1 na nossa escala de 0 a 10.
Nota: O Governo que sair das eleições de 1 e 2 de Dezembro podia, muito bem, denominar o ministério ora dirigido por Kachamila simplesmente por , Ministério do Ambiente.
CELSO MANGUANA
IMPARCIAL - 28.09.2004