MINISTRO DOS TRANSPORTE E COMUNICAÇÕES
Tomaz Augusto Salomão, nota 3
Questões prévias: sabemos que Tomás Salomão foi premiado com o cargo que, actualmente exerce, pelo facto de defender os interesses da ala actualmente dominante no partido com sede na Rua Pereira do Lago.
Estamos a falar da ala guebuziana que está, em visível conflito com a ala chissaniana.
Mesmo de “favor”, Salomão tem se saído, razoavelmente, bem. Há um maior número de moçambicanos que se comunica entre si. Claro que, a nossa taxa de tele-densidade continua ao nível dos pobres que somos mas, assistem–se esforços no sentido de podermos a partir de Marracuene dizer para Chimoio que a nossa porca pariu cinco leitões. É a comunicar que a nação se entende. Só não nos comunicamos
quando o telemóvel está no bate chapa para mudar a pintura. Ou quando os larápios lembram –se que têm poder sobre os moçambicanos trabalhadores. Mas isso é problema de Manhenje. E, também , quando vem ao de cima o nível de pobreza de muitos moçambicanos. O custo de oportunidade está
entre o telefone, móvel por vezes, e o pão necessário todos os dias.
Bom, continuam dúvidas sobre para quem foram os ganhos da entrada em cena da VODACOM. Tudo leva a crer que um “príncipe de sucesso” abocanhou se o negócio. Neste assunto, Tomás Salomão comportou como parte interessada. Terá recebido comissões?
Há um esforço de colocar em funcionamento as linhas férreas do país. Não por vontade do ministro mas dos credores que um dia querem cobrar o dinheiro que emprestaram.
As mãos de Salomão continuam molhadas pelo sangue de Tenga. O que aconteceu, em Tenga, foi o espelhar de reais serviços que os Caminhos de Ferro de Moçambique ( CFM) prestam. É só uma questão de viajar de combóio e estaremos perante o país real. Também vivemos num país em que alguns querem governar Tenga a partir de Nova Iorque. Apesar do que foi dito, Tomás Salomão fica com a nota 3. Também temos que variar. Por vezes, é preciso variar nas notas da nossa escala de 0 A 10
IMPARCIAL - 01.10.2004