Quatro meses após a segunda evasão do foragido Anibalzinho da cadeia de máxima segurança da Machava (BO), as autoridades moçambicanas, que deviam prestar algum esclarecimento, continuam num silêncio absoluto.
Sem que até aqui ninguém se dispunha a aparecer publicamente para revelar o que de concreto está a acontecer com o processo aberto para uma eventual extradição do cadastrado para Moçambique, a fim de cumprir a pena de 28 anos e três meses de prisão maior a que lhe foi aplicada pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Cérebro do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, a 22 de Novembro de 2000, contra todas as previsões, Anibalzinho foi detido quinze dias depois da sua evasão pela Polícia Internacional (INTERPOL), ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Toronto, Canadá, onde se encntra encarcerado numa cadeia local.
Volvidos hoje 124 dias nada de substanciar foi avançado em torno do processo aberto por um juiz canadiano com vista a encontrar argumentos para a sua extradição. Tanto a Polícia, Ministério Público e Governo moçambicano nada avançam sobre o assunto, depois que em tempo apareceram a dar esperanças aos moçambicanos sobre um eventual e rápido regresso do cadastrado.
Aliás, as partes envolvidas no processo disseram apenas estarem em curso trabalhos diplomáticos com vista a acelerar o processo de extradição, sem no entanto avançarem em que pé estão tais contactos com as autoridades canadianas.
Uma das últimas informações postas a circular indicavam que o juiz canadiano oficiou novamente as autoridades moçambicanas para que enviassem mais documentação relacionada com o acórdão proferido pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo. Não se sabe de concreto que parte de extracto de sentença foi solicitado, mas que a mesma foi, uma vez mais, acolhida satisfatoriamente.
Enquanto se agurda por alguma notícia do que se vai passando com o processo instaurado em Toronto, o Ministério Público trabalha a todo vapor para ver se ainda este mês consegue deduzir a acusação que pesa sobre os quatro membros da PRM, implicados na fuga...
fonte: NOTÍCIAS - 2004/09/10