DEPOIS DE UM CONTRA O ADMINISTRADOR DO DISTRITO DE MONTEPUEZ
FILIMÃO SAVECA
Mais um processo-crime contra a FRELIMO instaurado pelo PIMO deverá ser entregue dentro de dias ao Tribunal Judicial Provincial de Nampula, desta feita contra quatro membros da formação que sustenta o actual Executivo moçambicano, acusados de agressão física a seis membros do partido de Yá-Qub Sibindy, dois dos quais com gravidade na cabeça e nos braços.
Nas palavras de Sibindy, Alberto Txuma é o advogado encarregue pelo PIMO de preparar o aludido processo crime “com exames médicos comprovativos do grau das feridas inflingidas pelos agressores contra membros do meu partido, em Nampula”.
Ajuntou que o mesmo jurado foi quem preparou o expediente daquela formação política extra parlamentar já remetido ao Conselho Constitucional (CC) sobre irregularidades cometidas igualmente
pelos membros do partido governamental um pouco por todo o país e, particularmente, nas regiões Centro e Norte de Moçambique.
Tais irregularidades consistiram na detenção de, pelo menos, seis militantes do PIMO que procediam à recolha de assinaturas para a formalização da candidatura do seu presidente às eleições presidenciais de 1 e 2 de Dezembro próximo, entretanto, já restituídos à liberdade graças à intervenção da Procuradoria Geral da República (PGR).
O processo-crime ora em preparação é o segundo depois do primeiro movido pelo PIMO contra o administrador do distrito de Montepuez e alguns membros da FRELIMO acusados de terem destruído
material de propaganda política que estava a ser distribuído pelos residentes daquela conturbada região da província de Cabo Delgado, durante a digressão de Sibindy em missão partidária.
Aquele político não precisou a identificação tanto dos agredidos, como dos agressores, sublinhando apenas que alguns deles são membros da PRM em serviço na província de Nampula. Não revelou igualmente o valor da indemnização requerida na queixa pela agressão física contra militantes da sua formação política, sustentando que caberá ao tribunal que irá julgar o caso decidir pela sua fixação.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 01.10.2004