MINISTRA DO ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
Lídia Maria Ribeiro Arthur Brito, nota 4
Nos primeiros tempos de existência, o Ministério do Ensino Superior, Ciências e Tecnologias confundia-se com uma espécie de polícia das universidades públicas. Basta lembrar as interferências da "Madame" Brito em alguns assuntos demasiado domésticos da Universidade Eduardo Mondlane.
Lídia Brito, por exemplo, comportou-se como parte interessada na famosa crise da ex-UFICS. Pairou no ar o expectro de uma guerra entre Lídia Brito e Brazão Mazula.
E porque o tempo é o melhor conselheiro, "Madame" Brito acabou descobrindo a sua vocação e tem imprimido algum dinamismo ao seu pelouro.
Assiste-se a um esforço de tornar as novas tecnologias acessíveis ao mais comum dos cidadãos. Não é fácil, sabemos todos mas nem por isso vale a pena tentar. Desde que se produzam resultados visíveis. Não resultados CELSO MANGUANA para divulgar em relatórios bonitos lançados em hotéis de luxo. Sem ser original a exposição de inovações é uma acção que merece o nosso apreço. Talvez sirva para descobrirmos o nosso Albert Einstein.
Nos dias que correm, o ensino superior abrange um maior número de moçambicanos. Há instituições de ensino superior para todos os gostos. Melhor para todos os bolsos.
E , por vezes, somos obrigados a questionar a qualidade do ensino ministrado em algumas delas. Em alguns momentos somos impelidos a pensar que algumas funcionam como uma espécie de dumba- nengues de canudos.
Quem tem os dólares respectivos obtém facilmente um canudo. E neste caso Lídia Brito e seus pares têm responsabilidades. Como têm responsabilidade de criar condições para que os sem-dólares, também, tenham acesso ao ensino superior. As universidades públicas são pequenas demais para responderem à demanda. Oxalá os projectados Institutos Politécnicos sirvam de alguma coisa.
Oxalá...
Na nossa pontuação de 0 a 10, Lídia Brito fica com a nota 4
IMPARCIAL - 14.10.2004