Locais visados incluem a residência do chefe do posto e o museu recentemente inaugurado pelo Presidente da República.
A Sede do posto administrativo de Chai, cerca de 280 quilómetros a norte da província de Cabo Delgado, foi por repetidas vezes atacada, quarta-feira última, 12 de Outubro, por um grupo de desconhecidos, munidos de armas brancas, paus e pedras, que visaram, fundamentalmente, instituições públicas, entre as quais a residência do chefe do posto, a administração local, bem como o Museu de Chai, recentemente inaugurado pelo Presidente da República, Joaquim Chissano.
Até ao momento, o grupo não foi devidamente identificado, mas cinco elementos residentes da sede posto, encontram-se detidos pela Polícia, por suspeitas que os ligam ao acto criminoso. Os referidos indivíduos estão nas mãos das autoridades na sede do distrito de Macomia, cerca de 40 quilómetros do local do crime.
As autoridades locais admitem que os malfeitores não sejam simples ladrões a avaliar pelos objectivos visados, todos representativos do poder instituído e pela insistência demonstrada para o ataque a esses locais, que não permitiu que nem a Polícia se atravesse a intervir.
O Chefe do posto administrativo de Chai, Adelino Buchir mostrou os estragos causados pelos malfeitores, pior dos quais, é, por sinal, a sua residência oficial, que, por três vezes consecutivas e na mesma noite, foi cercada e atingida por todos os lados, numa clara obrigação aos seus ocupantes a se retirarem para em seguida, cumprirem os seus inconfessos objectivos.
Os acontecimentos da noite do dia 12 de Outubro, só podem ser qualificados como um autêntico assalto às instituições sob tutela do Estado e ninguém da sede do posto administrativo de Chai quer conjecturar com respeito as causas que estarão por detrás da acção malfeitora.
O chefe do posto administrativo sossega, entratanto, as pessoas dizendo que a vida voltou à normalidade e que todas as actividades do Estado e da vida dos seus habitantes prosseguem sem sobressaltos, muito embora se fique por saber a origem de tão estranha atitude ou de quem esteve por detrás e executou o crime que se aproxima à tentativa de tomada de instituições sob tutela do Estado...
fonte: NOTÍCIAS
IMENSIS - 2004/10/18