MOÇAMBIQUE ESPERA PELO SEU VOTO
NÃO O DESPERDICE
E não se esqueça que, no momento de votar,
ninguém o pressiona,
pois está a sós com a sua consciência!
Moçambique para todos
O ÚNICO LUGAR ONDE PODE VER, OUVIR E LER MOÇAMBIQUE!
Por Moçambique e para Moçambique! Um obrigado a todos! Fernando Gil - NOTA: Para aceder a todos os artigos click em "archives". Também pode aceder por temas. Não perca tempo e click na coluna da direita em "Subscribe to this blog's feed" para receber notificação imediata de uma nova entrada, ou subscreva a newsletter diária. O blog onde encontra todo o arquivo desde Abril de 2004. Os artigos de OPINIÃO são da responsabilidade dos respectivos autores.
Visitantes:
OUÇA AQUI A MELHOR MÚSICA DE MOÇAMBIQUE
Já à venda em e- book e livro. Click na caixa:
CRIE UMA APP NO SEU TELEMÓVEL DO MOÇAMBIQUE PARA TODOS! aqui
PROCURE MILITARES DESAPARECIDOS! aqui
Disponível também em www.zambeze.info
MPT disponibiliza à PGR de Moçambique e a todo o mundo o "Relatório da Kroll"(em inglês) - Leia, imprima e divulgue.
Veja aqui o Relatório da Kroll
« outubro 2004 | Main | dezembro 2004 »
MOÇAMBIQUE ESPERA PELO SEU VOTO
NÃO O DESPERDICE
E não se esqueça que, no momento de votar,
ninguém o pressiona,
pois está a sós com a sua consciência!
Posted on 30/11/2004 at 21:56 | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 30/11/2004 at 21:14 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
a minha opinião
Edwin Hounnou
Na sua derradeira luta para continuar como partido ganhador, a Frelimo utiliza métodos não convencionais para “vencer” as eleições.
A Frelimo acaba de aplicar mais um golpe, proclamando vencedora do concurso para instalar o software na Comissão Nacional das Eleições, CNE, uma empresa dos seus mais fieis camaradas para processar e digitalizar dados eleitorais dos dias 01 e 02 de Dezembro. Em política, dizem os radicais do clube de Joaquim
Chissano/Armando Guebuza, que não se olha aos meios para se atingir os fins, como reza um adágio popular. A proeza de 1999 de roubar votos à vontade, não vai ser fácil desta vez.
A recusa à transparência eleitoral, o contorcionismo de Joaquim Chissano que ora dá o dito por não dito sobre a acomodação da exigência da União Europeia, o legalismo, truques, falácias e malabarismos da CNE frelimizada, estão a complicar o processo eleitoral.
A história daquele que oferece um casaco e impõe condições do seu uso, fica muito mal contada pelo Chefe do Estado que governou o País de maneira ilegítima. A Frelimo está decidida a empurrar, definitivamente, o País e o Povo para uma situação perigosa, irresponsável e de consequências imprevisíveis.
A empresa SOLUÇÕES Lda., que “ganhou” o concurso, supostamente, público para auditar software pertence
a militantes da Frelimo, dentre outros, constam os nomes do super-PCA de quase todas as empresas estatais que foram à falência, Hermenegildo Gamito e Magid Osman, o conhecido gestor dos interesses económicos da Frelimo e PCA do BCI-Fomento. Será a suspeita SOLUÇÕES Lda. que vai auditar ao software que será usado na tabulação dos votos destas eleições! As investigações avançadas pelo semanário EMBONDEIRO
do 24.11.04, pp.2, são suficientemente elucidativas que a CNE acaba de organizar mais um quarto escuro.
A SOLUÇÕES Lda., tem fortes ligações com a Interbancos SARL, onde também se encontra Magid Osman; Banco de Desenvolvimento e Comércio, BDC, do muito “afamado” gestor das empresas do Estado, Hermenegildo Gamito. Os trabalhadores da SOLUÇÕES Lda. e da Interbancos SARL têm a mesma folha de salário, por serem gémeas. É de esperar que a SOLUÇÕES Lda. é um forte suporte às manobras da Frelimo junto da CNE, o que não fará que as eleições sejam, efectivamente, transparentes, genuínas e livres de fraudes. Assim, prevemos que estas eleições venham a ser viciadas e seus resultados, rejeitados pela Oposição. A multiplicação de manobras deve-se pelo facto de a Oposição se mostrar mais decidida em
afastar a Frelimo do poder, o descontentamento popular generalizado em relação ao regime e do “atrevimento” dos funcionários públicos, intelectuais em aderir à Renamo que promete uma mudança tranquila e acabar com a corrupção institucionalizada. D. Jaime Gonçalves, Arcebispo da Beira e D.
Bernardo Governo, Bispo de Quelimane, alertaram, recentemente, para o grave perigo que o país poderá correr quando o apuramento dos resultados eleitorais for feito às escondidas.(x)
MEDIA FAX – 30.11.2004
Posted on 30/11/2004 at 21:00 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
- PR não dev ia ter feito campanha no encontro com a nossa Igreja
(Maputo) A Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) não pertence ao partido Frelimo ou a qualquer outra força política do Pais, considera Maria Joaquina Inácio, crente e membro da IURD, para quem o Presidente
da República (PR), Joaquim Chissano, não devia ter feito campanha com uma congregação religiosa.
Para a fonte, Chissano tem conhecimento de que é expressamente proibido exercer actividades de campanha em congregações religiosas, pelo que aquela não compreende porque é que, numa cerimónia alusiva à sua
despedida como Chefe de Estado, Chissano aproveitou para se despedir da IURD “como se de um membro daquela congregação se tratasse”, quando a sua intenção “era transmitir o pedido de voto para a Frelimo e seu candidato presidencial, Armando Guebuza”.
Aquela crente e membro da IURD questionou o facto de o PR ter convocado um encontro com uma Igreja e posteriormente aproveitar para fazer campanha pelo seu partido, lamentando o facto da sala onde se realizou a cerimónia estar repleta de dísticos com dizeres como “Vota Frelimo Juntos construiremos a Economia do País” entre outros.
“A IURD não faz campanha de nenhum partido, o nosso compromisso é com a Bíblia, nós só rogamos a Deus para que traga a Paz no País e no Mundo e que esse processo eleitoral decorra de forma tranquila. (Benedito Luís)
MEDIA FAX – 30.11.2004
Posted on 30/11/2004 at 20:51 | Permalink | Comments (3) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Linha de Borrasca
· por Fernando Manuel
Brilhante e desempoeirada a forma como o cidadão Armando Emílio Guebuza se assume, publicamente. A forma como encarou a polémica questão de se ser ou não rico, em entrevista ao Domingo, na sua última edição, vem como uma lufada de ar fresco numa cela prisional em Montepuez: “nós temos de ter a
certeza que somos capazes de deixar de ser pobres” disse o homem que há escassos anos atrás lança-se à luta com meia dúzia de badamecos e hoje repousa sobre um verdadeiro império económico: “podemos, merecemos e somos capazes de ficar ricos”.
É pena a Providência ser de tão proverbial avareza, pois, como se sabe, ela nunca dá tudo. Se a Guebuza deu esta desenvoltura gestual, negou-lhe todavia a loquacidade.
Na verdade, Armando Emílio cultiva - deliberadamente, está mais que visto - um laconismo tão cerrado que faria inveja aos próprios estafetas de Cipiao, o Africano. Por via disso, ficamos a saber que o homem é rico, mas sobre como é que ficou, nyeto!
Mas, como, por natureza, o pobre é invejoso - segundo Guebuza - e o invejoso é curioso, por mor de garantir o stock de veneno com que arma a sua língua, completemos o raciocínio do entrevistado, recorrendo aos dados que temos à mão.
Merecemos ser ricos, portanto, mesmo que nisso não tenhamos a mão, é implícita a nossa solidariedade para quem recorra, por exemplo, a mega-fraudes em bancos para encurtar o caminho entre a pobreza e a riqueza. E que, por isso, em se sentindo, nessa senda, perseguido por um dobberman metido a jornalista, que se o abata com um tiro nos cornos.
O mesmo com economistas: sejam eles competentes ou não, sejam ou não movidos por altos desígnios patrióticos, tenham ou não mulher e filhos, em não havendo arma de fogo por perto, que se recorra à defenestração. Trata-se de um método cuja eficiência foi provada ainda nos tempos em que em Praga viviam reis.
Podemos ser ricos; dizer isto, aliás, soa a redundância: imaginemos que somos moradores da casa grande que alberga o Conselho de Administração - ou vivemos nos seus arredores, simplesmente - de uma grande empresa de seguros e temos 43 imóveis à disposição. Neste momento de geral crise e fazer de malas para aguardar os acontecimentos junto ao portão de saída, haverá algo de mais natural que vender esses imóveis a má fila, na calada do dia para reforçar o doméstico pé de meia para enfrentar o inverno com segurança e conforto?
Somos capazes de ser ricos: oh, se somos, kamba! Se somos! De uma olhadela a AICAJU, kamba, as fábricas de óleo alimentar, os fundos da desminagem, doações, empréstimos, consignações, assignações, o duro combate contra as pandemias nas salas e quartos vips e climatizados de hotéis seven star…
Mas, não matemos o pai da criança: Guebuza explica, sem rebuços: “todo o ciclo de roubo tem a ver, em primeiro lugar, com a luta contra a pobreza”.
Nem a água de Catandica, em Manica, soa tão fresca. Sequer e tão transparente.
Rodapé a propósito da diferença de níveis de percepção da realidade: a multimilenar sabedoria mongol, que
interage com os povos da África Oriental desde o século IX DC, ensina que o pessimista só é diferente do optimista na medida em que o pessimista não passa de um optimista bem informado.
Não tem, portanto, nada a ver com o ter ou não pinta para o que quer que seja.
A elite questionadora de Tete tem um espinho atravessado na garganta: porque é que em toda a biografia do Guebuza, Sergio Vieira nunca aparece, nem como mera e passageira menção ?
Sendo Vieira e Guebuza o que são na História da Frelimo - que já tem mais de 40 anos - não é crível que os dois nunca se tenham descruzado ou cruzado nos caminhos dessa mesma História, e que isso tenha, de
alguma forma, marcado cada um deles à sua maneira.
A terra por quem Guebuza nutre tal paixão será, para o Vieira, um pântano de areias movediças?
Alivie os tetentes do peso desta dúvida, Dr. Renato!
MEDIA FAX – 30.11.2004
Posted on 30/11/2004 at 20:44 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
O veredicto final das eleições gerais de amanhã e quinta-feira dirá se o partido no poder conseguiu ou não convencer a faixa dos eleitores descontentes a votar em si.
E o número de descontes pode muito bem ter aumentado se tivermos em linha de conta os milhares de cidadãos que engrossaram o exercito de desempregados de 1999 a esta parte em consequência do encerramento de várias empresas falidas após a sua privatização.
A somar a estes estão os ex- trabalhadores na RDA que das duas uma : ou se baterão de ir votar ou então fa-lo-ão penalizando o partido que sustenta o actual governo que se recusa a satisfazer na integra as suas reivindicações. E depois há os ex- trabalhadores dos CFM que se dizem injustiçados no cálculo das indemnizações que lhes foram pagas aquando do seu despedimento.
Nos últimos dias da campanha foi notório o esforço do Governo em reduzir o número de descontentes. “ Coincidentemente”, foram publicamente apresentados novos investidores que vão tomar conta de grandes empresas a muito anos paralisadas e que em fase de laboração podem empregar milhares de trabalhadores. Primeiro foi a Companhia do Búzi , em Sofala , depois a Madal na Zambézia e finalmente as minas de carvão em Moatize.
Foi como que num passe de mágica “ puxar o tapete” aos adversários da oposição que nos primeiros dias de campanha eleitoral já prometia trazer investidores para recuperar essas e outras tantas empresas paralisadas que outrora empregaram milhares de operários.
Da Zambézia chegam-nos informações dando conta que a Primeira -Ministra e Ministra das Finanças , que por sinal é cabeça de lista da Frelimo naquele circulo eleitoral chamou de emergência uma equipa de técnicos superiores do seu Ministério para procurarem solucionar “in extremis” o caso de milhares de antigos trabalhadores da extinta Empresa Moçambicana de Chá (EMOCHÁ) no Gurué que ainda reivindicam o pagamento das indemnizações a quem tem direito na sequência do seu massivo despedimento.
Resta é saber se tais indemnizações serão pagas ainda a tempo de alterar os ânimos dos potenciais eleitores.
E precisamente no Gurué a Frelimo teve uma experiência amarga : nas primeiras eleições de 1994 foi dos poucos distritos da Zambézia onde o partido governamental venceu a Renamo. Ao que parece os ex-trabalhadores da Emochá acreditavam na altura que a Frelimo , já em tempo de paz faria a recuperação e reabilitação das fábricas de chá e eles voltariam a ter os seus empregos garantidos.
Mas até 1999 tal não aconteceu das 13 fábricas que outrora processavam a folha de chá apenas duas voltaram a funcionar.
Resultado o descontentamento teve reflexos nas urnas. A Renamo- União Eleitoral teve a seu favor a maior parte dos votos também neste distrito do norte da Zambézia.
Por sinal a lição foi aprendida daí a corrida para pagar as indemnizações em atraso e “ coincidentemente “ a poucos dias da votação.
Veremos pois se este esforço dará os seus frutos.......nas urnas.
Media Fax – 30.11.2004
Posted on 30/11/2004 at 20:27 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente Armando Guebuza - (40 votos)
Presidente Afonso Dhlakama - (54 votos)
Presidente Yacub Sibindy - (2 votos)
Presidente (Ainda não sei) - (3 votos)
LEGISLATIVAS
Partido FRELIMO - (31 votos)
Partido RENAMO-UE - (40 votos)
Partido PIMO - (2 votos)
Partido(Ainda não sei) - (4 votos)
Se é cidadão votante não deixe de responder ao inquérito que está no Blog à esquerda. O sistema não permite a repetição de voto. Grato e acompanhe os resultados!
Posted on 30/11/2004 at 00:04 | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
O secretário geral da Frelimo e candidato presidencial pelo mesmo partido, Armando Emílio Guebuza, chamou anti-ético a atitude de um observador in-ternacional (da SADC) que se fez passar de jornalista, questionando a ilustre per-sonalidade numa conferência de imprensa, ontem havida na sala vip do Aeroporto Internacional da Beira. Guebuza alertou ao observador que pessoalmente se identificara antes de colocar a sua questão que não estava autorizado a expressar-se naquele tipo de ambiente, aconselhando-o a saber tratar os assuntos em ocasiões propícias.
Contudo, o candidato minimizou o imbróglio, respondendo a questão apresentada que tinha a ver com alegado uso pela Frelimo de meios do Estado para efeitos de campanha eleitoral. “Não estamos a usar nenhum meio do Estado na nossa campanha eleitoral” negou Guebuza.O observador insistiu dizendo que o assunto fora denunciado pela “própria” imprensa nacional, mas Guebuza não alterou a sua declaração, reiterando-a sem mais nem menos uma vírgula – para o fim da insistência.Inconformado, o aludido mem-bro da missão de observação estrangeira abordou ainda no interior da mesma sala, onde havia muita gente agitada com a chegada do candidato, o governador Felício Zacarias e o Ministro Alcídio Nguenha, denunciando que ambos deslocaram-se ao Aeroporto com recurso a viaturas do Estado.
Os dois membros seniores do Governo de Moçambique e do partido Frelimo foram unânimes em afirmar que pelas posições que ocupam gozam de prerrogativas – embora sem sustentação legal.
Felício foi mais longe ao afirmar que até antes da sua destituição continuará a exercer e beneficiar das mordomias previstas para a função de governador provincial, para justificar que como dirigente sénior do governo tem o direito de ser bem tratado.“Digo mais. Eu como governador e membro do comité central da Fre-limo comecei a fazer campanha do meu partido a muito tempo. Nas deslocações que faço aos distritos como governador também faço campanha da Frelimo, é bom que fique claro, que isso não é nenhuma brincadeira” – concluiu o “mano zaca.
O AUTARCA - 26.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 23:46 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
EM FLAGRANTE VIOLAÇÃO DA LEI ELEITORAL QUE ESTIPULA DIAS 29 E 30 COMO DE REFLEXÃO
Numa clara e flagrante violação da lei eleitoral que estipula os dias 29 e 30 de Novembro como apenas de “reflexão”, a FRELIMO continuou ontem, segunda-feira, 29, a fazer a sua campanha de propaganda política eleitoral pelo menos no distrito de Xai-Xai, capital provincial de Gaza.
O Correio da manhã testemunhou, com efeito, ontem, dia 29, uma daquelas actividades realizadas na casa de um curandeiro apenas identificado pelo nome de Tovela, algures na localidade de Conhane, posto administrativo de Chongoene, em Xai-Xai, onde foram distribuídos camisetas, caixas de fósforos, capulanas e diverso material de propaganda política.
Conforme o Cm alertou na sua edição número 1960, aquelas actividades de propaganda política começaram com uma cerimónia tradicional de kuphalha dirigida pelo curandeiro, seguida de uma intervenção do secretário do comité da localidade da FRELIMO, em Conhane, Ernesto Macuácua, exortando as cerca de 600 pessoas presentes na cerimónia a votarem “na FRELIMO e no seu candidato às presidenciais, Armando Guebuza”.
“Não é propaganda política política”
Confrontado pelo nosso jornal sobre as razões daquela cerimónia numa altura em que a propaganda política está vedada nos termos da lei eleitoral, Macuácua disse não se tratar de nenhuma actividade que viola a lei, admitindo logo de seguida, que é um acto que tem em vista “sensibilizar a população a votar bem nos dias 01 e 02”.
Acrescentou não ser apenas na sua localidade onde aquele tipo de actividades estava a ser desenvolvido, uma vez que, e segundo ainda as suas palavras, as mesmas cerimónias de kuphalha e distribuição de capulanas, camisetas, fósforos e outros materiais de propaganda evocando a FRELIMO e seu candidato “estavam a decorrer um pouco por todas as localidades da província de Gaza, mais concretamente nas casas dos chefes tradicionais”.
As actividades propagandísticas em casa do curandeiro Tovela começaram por volta das 12.30 e foram antecedidas pela concentração da população por volta das 10 horas.
Quanto a outras formações políticas, não houve registo de actividades do género em Gaza.
Num contacto telefónico com a Comissão Nacional de Eleições (CNE) esta, por intermédio de Lucas José, disse-nos apenas ser matéria a ser tratada pelo Conselho Constitucional (CC), por se tratar de uma violação à lei.
(V. C. em Xai-Xai) – CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 30.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 23:36 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
por João CRAVEIRINHA
…”Doesn't someone like Dhlakama deserve to be punished just as much as Milosevic?”… (Não merece alguém como Dhlakama ser punido tanto como Milosevic?) …citação de Helena Cobban no The Christian Science Monitor – EUA. http://www.csmonitor.com/
O subtítulo é um excerto de um texto publicado em 14 de Fevereiro de 2002 e agora republicado, me chamou a atenção. Está num jornal Cristão americano Independente que trata de Direitos Humanos. Faz a comparação de CRIMES DE GUERRA na ex. JUGOSLÁVIA e em MOÇAMBIQUE, comparando em particular o actual presidente da RENAMO, Afonso DHLAKAMA, com o antigo Presidente Jugoslavo, SLOBODAN MILOSEVIC, a ser julgado no Tribunal Internacional da ONU em Haia – Holanda, desde 12 Fevereiro de 2002. …”To get at roots of war crime, prosecution isn't enough; By Helena Cobban, Charlottesville, Va. “…(tradução: Para as raízes do Crime de Guerra, o julgamento não é suficiente). Este é o título do tema no jornal diário Cristão norte-americano, The Christian Science Monitor. http://www.people.virginia.edu/~hc3z/Hague-Milosevic.html. Desenvolvendo o tema Helena Cobban questiona: …”But before getting carried away with the prospects for the growing venture of international criminal justice that now has Mr. Milosevic in its grasp, consider for a few moments the contrast between his "case" and that of Afonso Dhlakama. Afonso who? Afonso Dhlakama is the head of a political movement in Mozambique
…”Renamo was generously backed by South Africa
E nós em MOÇAMBIQUE já superamos tudo? Traumas e ressentimentos? Ou a memória é curta?
NB. Helena Cobban é uma jornalista veterana e autora de cinco livros sobre assuntos internacionais.(FIM)
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 30.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 23:25 in João Craveirinha - Diversos | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Moçambique foi elogiado como um exemplo em África, mas essa paz custou muito à Renamo, diz o principal candidato da oposição às presidenciais do próximo dia 1 e 2 de Dezembro. "Quando houver alternância, haverá democracia".
Da nossa enviada Ana Dias Cordeiro, em Maputo
Afonso Dhlakama, 51 anos, concorre pela terceira vez à Presidência da República, como candidato da oposição pela Renamo-União Eleitoral. No gabinete presidencial do partido em Maputo, começa por dizer que a entrevista tem que ser breve. Longe dos assessores e chefes de protocolo, que coordenam a difícil agenda eleitoral, Dhlakama acaba por prolongar a conversa muito além do previsto. Mostra-se confiante na vitória e no veredicto dos observadores sobre a transparência do voto. Em caso de derrota, repensará a sua posição de líder, de acordo com a vontade do partido. Mas vai dizendo: "A Renamo cresceu nas minhas mãos".
O que propõe a Renamo em alternativa ao programa da Frelimo?
A Renamo tem o seu programa de Governo, em oposição à Frelimo que aplica uma política de exclusão social. Todo aquele que não concorda com os ideais da Frelimo é excluído de tudo. A Renamo vai contrariar isto. Prometemos criar um Estado de direito, sem influências partidárias, em que todos os funcionários do Estado servirão o povo e não o partido. E estamos a falar não só para o eleitorado discriminado pela Frelimo das regiões Centro e Norte mas também para o eleitorado do Sul onde esse partido ganha com maioria. Todo o moçambicano está sem esperança. Só os protegidos da Frelimo sentem que Moçambique está bem.
Qual a sua proposta na política externa?
Não queremos assustar ninguém, já estive nos EUA a falar com os funcionários do Fundo Monetário Internacional, de quem precisamos sempre do apoio. Estive com os técnicos do Banco Mundial para lhes garantir que um Governo nosso não irá fomentar a corrupção. No meu Governo, essas coisas ficarão claras. Não podemos desprezar as instituições internacionais. Mais de 65 por cento do Orçamento Geral do Estado depende da ajuda externa.
Se ganhar, tenciona transferir a capital de Maputo para a Beira?
Vai depender da Assembleia da República. O que posso dizer é que alguma coisa terá de ser alterada. Ou Maputo continua como capital política e Beira passa para capital parlamentar. Ou Beira passa para capital mas o Parlamento continua em Maputo, como no sistema sul-africano, a capital é Pretória mas o Parlamento está na Cidade do Cabo. Isto não é pelo facto da Beira ser um bastião da Renamo, mas porque qualquer governo só pode inteirar-se do país em pleno, a partir do Centro. Agora, tudo está concentrado na capital.
Como se sente em Maputo?
Sinto-me muito bem. Apesar da população ter votado maioritariamente a favor da Frelimo, a criminalidade, o crime organizado, com a morte de Carlos Cardoso e de Siba-Siba Macuácua, reforçou a nossa mensagem de que o Governo não consegue proteger a própria capital. Hoje, os intelectuais das universidades e das empresas estão com a Renamo. Uns, com coragem, publicamente. Outros, sem ser publicamente, pois têm receio de represálias. Maputo já não é da Frelimo.
Se perder estas terceiras eleições, será a sua terceira derrota. Decidirá abandonar a liderança?
Se não houver fraude e eu perder, o meu partido decide se eu continuo na liderança. O mais importante é que haja transparência nos resultados. Se eu perder com eleições livres e justas, serei o primeiro a felicitar Armando Guebuza. Mas se me fizerem perder, não irei acalmar as populações, e haverá um barulho muito forte. O país vai dividir-se. Cada província terá a sua autonomia. Ninguém vai fazer guerra, mas as pessoas vão exigir o seu voto. Eu tenho acalmado as populações, mas não continuarei a fazê-lo. A Renamo é um partido muito forte que domina todas as províncias do Centro e Norte, onde os governadores provinciais, nomeados pelo Governo central, não poderão governar.
A Renamo não os deixará governar?
O que digo é que todos os dias faremos manifestações.
Aceitará os resultados se forem validados pela União Europeia (UE)? Ou será a Renamo a determinar se houve irregularidades?
A Renamo não determina nada. A Renamo só apresenta provas se houver fraude. Para fundamentar as nossas reclamações em 1999, pedimos à Frelimo para aceitar uma recontagem dos votos. Eles negaram porque sabiam que tinham perdido. A UE não quer ser cúmplice, como foi cúmplice em 1999. Alguns europeus só assistiram à votação, não esperaram a contagem, cometeram um erro grave. A UE agora vai querer fiscalizar e nunca irá validar estas eleições com fraude.
Se a questão se vier a colocar, há pessoas na Renamo que podem sucedê-lo na liderança?
Com certeza, não é só o Dhlakama, embora eu tenha lutado desde o início. Fui vice-presidente e adjunto-comandante em chefe até 1979, dois anos depois de termos iniciado a luta. Depois passo à presidência e a comandante em chefe. O partido cresceu nas minhas mãos. Mas isso não é justificação. Eu estou disposto a continuar mas o partido pode decidir contar comigo fora da presidência através de um Congresso. Mas eu nunca ficaria longe do partido porque conheço as manobras da Frelimo. Tentou aliciar-me, tentou acabar com este partido. A Renamo precisa de um líder forte. Não há ainda real democracia.
Dez anos depois das primeiras eleições democráticas, não há democracia?
Nunca se trabalhou num espírito de multipartidarismo. Sempre trabalhámos no sentido de nos defendermos dos ataques da Frelimo. Fomos humilhados. Aceitei isso em nome da democracia, em nome da paz. Moçambique foi elogiado como um exemplo em África, mas essa paz custou muito à Renamo. Só quando houver alternância, haverá democracia.
Não vê o gesto de Chissano de renunciar a um terceiro mandato como democrático?
A sua retirada não foi nem voluntária nem estratégica. Mas aconteceu por causa dos escândalos da família, com o caso de Carlos Cardoso, [em que o filho de Chissano é réu no processo autónomo da morte do jornalista]. Chissano queria continuar no poder se não tivesse todos esses problemas. Ele esperava que o partido apoiasse a sua candidatura à liderança. Não aconteceu. Pelo menos assim aparece como um democrata.
Não lhe reconhece nada de positivo?
Ele é que me trata como um inimigo. Eu sempre o tratei como um chefe de Estado. Sempre nos limitámos a falar de política e do compromisso pela paz. Nunca houve um verdadeiro relacionamento. Mas quando eu for Presidente, não vou querer perseguir ninguém. Irei garantir-lhe a segurança.
PÚBLICO - 29.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 20:51 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Na próxima quarta-feira, realizam-se as terceiras eleições legislativas e presidenciais da história de Moçambique. Neste país onde um quinto dos 18 milhões de habitantes são muçulmanos, cada vez mais estudantes moçambicanos regressam de universidades da Arábia Saudita, Paquistão e Sudão, para fazer valer a "doutrina correcta" do islão. Baseiam a sua legitimidade na formação académica, para contestar a visão das confrarias centenárias do país. Com o apoio financeiro de Estados islâmicos, abrem mesquitas, madrassas e escolas de ensino no Norte do país. Querem "curar a sociedade dos valores imorais". Este é o primeiro de uma série de artigos no momento em que se assinala uma década de multipartidarismo em Moçambique. Da nossa enviada, Ana Dias Cordeiro, na província de Nampula
Em Nampula, província que concentra mais de 70 por cento da comunidade muçulmana de Moçambique, nem toda a população está receptiva à doutrina fundamentalista que professam os estudantes de Teologia. Mas António Mahando é um dos líderes religiosos mais optimistas. Na Ilha de Moçambique, a mesquita Abu Bakre A-Sidik e a escola corânica (madrassa) com o mesmo nome são dirigidas por este homem alto e com ar distinto. A sua vontade é um dia estender as preces, fora da mesquita, aos bairros da Ilha, para fazer chegar a todas as pessoas "a mensagem do profeta".
Na mesquita, é expressamente proibido falar de política. Mas este influente líder religioso é um destacado membro do comité distrital da Frelimo e delegado na Ilha de Moçambique do Conselho Islâmico. Como ele, alguns políticos, deputados em Maputo, são membros desta organização, oficializada em Moçambique, em 1992, com o apoio da Liga Mundial Islâmica e do Governo saudita. O Conselho Islâmico defende a corrente wahhabita, dos seguidores da doutrina rigidamente puritana que rege o reino da Arábia Saudita, geralmente referida como "fundamentalista", em oposição aos ensinamentos que professam os responsáveis muçulmanos das confrarias, identificadas com o Congresso Islâmico.
A mesquita-madrassa Abu Bakre A-Sidik é o único local de culto ligado ao Conselho Islâmico que existe na Ilha de Moçambique. Mas desde 1992, passou de 18 a 580 membros, diz António Mahando. Ao nível de todo o distrito, as cinco mesquitas onde se professa essa corrente contam com 1500 membros, e mais de mil alunos nas madrassas.
Seguidor da doutrina wahhabita, Mahando costuma explicar em árabe nas suas palestras na mesquita "a importância da aplicação da 'sharia'" (lei islâmica): "Queremos que a pessoa obedeça à lei divina", diz num português perfeito.
O Corão condena "a ladroagem", explica com um olhar imperturbável. "A quem rouba pela primeira vez, deve ser cortado o braço direito. Se mesmo assim continuar a roubar, corta-se a perna esquerda. À terceira vez, é a pena de morte."
É o que a "sharia" manda, defende mais do que uma vez. "O homem que comete adultério, é chicoteado em público. Se sobreviver ao castigo, é-lhe autorizado viver. A pena de morte é para a mulher. Se cometer adultério, pode ser apedrejada até à morte, ou fechada na sua casa, até morrer".
O Corão condena a "inovação", acrescenta. "Tudo o que não faz parte da tradição do nosso profeta, a nossa religião condena. As mulheres devem andar totalmente cobertas, só com a cara e as mãos a descoberto. No mês do Ramadão, é expressamente proibido as pessoas dançarem e terem qualquer actividade cultural. É o que a 'sharia' diz", insiste. "Quando há um falecimento de um irmão muçulmano, devem manter-se todos em silêncio." Faz uma pausa. "Mas não é o que acontece na mesquita vizinha", conclui.
Na "mesquita vizinha", central, dos xeques das confrarias, António Mahando pode participar nas orações mas deixou de poder pregar. Lado a lado na mesma rua, os dois locais de culto são o exemplo vivo das divisões - entre a doutrina wahhabita e a das confrarias - acentuadas nos últimos anos em Nampula, a mais muçulmana das onze províncias moçambicanas. Sobre as confrarias, António Mahando diz que confundem tradição com religião. Na sua visão, só isso explica que dancem e toquem instrumentos, quando há um falecimento, ou comemorem as datas do nascimento do profeta com cânticos.
As confrarias, que se constituíram na Ilha no fim do século XIX, ainda reúnem um número maior de crentes e têm muito mais locais de culto. Cerca de 800 mesquitas, em toda a província de Nampula, onde se juntam mais de cem mil crentes.
Mas a pouco e pouco, vêem surgir espaços de culto (pelo menos 33 em toda a província) onde jovens, acabados de regressar do Sudão, da Arábia Saudita ou do Paquistão, formados em Teologia, tentam difundir uma visão mais radical do islão, a mesma do Conselho Islâmico, que tem ganho influência, graças ao apoio de organizações internacionais e Estados islâmicos.
A Africa Muslim, com sede em Nacala, é uma das organizações, financiada por empresários do Kuwait, que atribui bolsas para dentro e fora de Moçambique. "Eu sou fruto disso", diz José Ahmade. "Estudei na Arábia Saudita. Medina". Primeiro aprendeu o árabe, fez a licenciatura em Teologia, por fim o mestrado, com uma bolsa da Africa Muslim, quando ainda só existia a delegação em Maputo.
Hoje, a organização está sobretudo presente nas três províncias do Norte: Nampula, Cabo Delgado, Niassa. Nos últimos dez anos, abriu nove escolas e passou de 200 a 800 alunos, entre os quais crianças da escola primária. Ao currículo escolar convencional, juntam-se as disciplinas de árabe e religião.
"O objectivo é curar a sociedade moralmente", diz. "É através da religião que os valores perdidos podem ser recuperados." Os estudantes assinam um termo de compromisso no qual prometem "pôr em prática todas as obrigações do islão e afastar-se de tudo o que a religião condena". "As raparigas que aqui estudam já não frequentam os sítios nocturnos e têm mais cuidado com a maneira de vestir, usam o véu islâmico", congratula-se José Ahmade.
Se algum dos seus estudantes quisesse juntar-se à Al-Qaeda, qual seria a posição? A Africa Muslim tem no seu regulamento não interferir em questões políticas. Mesmo assim, Ahmade arrisca uma opinião pessoal: "Isso depende da fé de cada um. A 'jihad' (guerra santa) é como um culto, uma adoração. E qualquer acto de adoração depende da fé de cada um".
Depois de ter frequentado uma madrassa em Maputo, o xeque Ahmade Molide formou-se em Teologia islâmica numa Universidade de Carachi, Paquistão, de onde regressou em 2000. É recém-casado. Tem uma mulher. Defende a poligamia, mas "com limite". Quatro mulheres, "para prevenir o adultério" que o islão condena. "Defendemos que as mulheres, não apenas muçulmanas, se vistam convenientemente, com um traje de respeito. Um traje de seminua atrai a corrupção." Sentado numa esteira frente a uma mesa baixa cheia de livros das organizações, Africa Muslim e a Liga Mundial Islâmica, diz que "defende a doutrina original do islão", na sua mesquita, Gamama Muhala, na cidade Nampula.
Explica a importância dos estudos no Paquistão e diz que os wahhabitas são aqueles que apregoam a doutrina correcta, pois têm cursos universitários em Teologia islâmica. "Actualmente, é mais fácil ter um jovem a explicar os ditos do profeta. Nesta cidade, podem existir mais de 10 ou 15 chefes formados no estrangeiro, que entendem bem o Corão. Há uns anos, não existiam nem três ou quatro chefes numa localidade ou num bairro." E conclui: "A sociedade tem respondido bem, mas não são todos, porque Satanás também está por detrás a fazer a sua campanha".
A mesquita Gamama Muhala onde o xeque Ahmade Molide prega desde que regressou do Paquistão foi fundada pelo falecido Ibraimo Issufo. "Naquela mesquita, quando estávamos ligados às confrarias, costumávamos cantar", lembra Sara Issufo.
Em 1990, o tio de Sara e fundador da mesquita escolheu-a para participar num grande encontro da Conferência Islâmica em Maputo, que reuniu vários países africanos. Para isso, Sara recebeu formação intensa, aprendeu a rezar sozinha. Cinco vezes por dia. Recusa a visão "fundamentalista" do xeque Ahmade Molide. "Hoje existe uma radicalização, uma tensão", diz.
Esta jovem professora de biologia usa o cabelo solto, veste calças e uma blusa larga, ligeiramente decotada. Não aceita a ideia de que a mulher deve ter um "traje de respeito", como diz o seu amigo, o xeque Ahmade Molide, com quem um dia teve uma grande discussão sobre a poligamia. Lembra, com nostalgia, tudo o que aprendeu com o falecido Ibraimo Issufo. "Ele dizia que a mulher deve usar uma roupa com a qual se sinta bem. Quando apareceram estes 'intelectuais' que estudaram lá fora, começaram as divisões. Se aparecerem mais, pode haver perigo", diz. Desde então, muito mudou. "Sinto muito a falta de cantar no Ramadão."
PÚBLICO - 28.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 20:42 | Permalink | Comments (9) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
As confrarias em Moçambique deixaram de receber as ajudas da Arábia Saudita. Este reino passou a privilegiar os xeques e as mesquitas do Conselho Islâmico, que conseguem atrair cada vez mais jovens para as suas madrassas, diz Hafiz Adburrazaque Jamú
A comunidade islâmica tem ganho influência na Ilha de Moçambique?
A comunidade muçulmana tem aumentado por diversas vias. Primeiro, a taxa de natalidade, entre os muçulmanos, é muito alta. Não há planeamento familiar e a religião permite a poligamia, o que eu discordo, pois considero ser um problema de interpretação. Permitiu-se que o homem casasse com mais de duas mulheres para segurar o tecido social feminino no tempo do profeta Maomé quando havia uma guerra santa. Depois, a comunidade muçulmana também aumentou porque o facto da Ilha não ter sofrido directamente da guerra, fez com que muitas pessoas se refugiassem aqui.
Os apoios têm permitido um maior peso dos muçulmanos?
Desde sempre, as confrarias tiveram apoios da Arábia Saudita, e dos vários cantos do mundo islâmico. Mas recentemente não. Com a proliferação do fundamentalismo, as pessoas que defendem essa doutrina começaram a receber esse apoio, deixando as confrarias marginalizadas. Da parte do Governo, muitas das vezes, não vêm apoios, mas consideração. Mas a nível mundial, as confrarias estão muito fracas.
A visão fundamentalista tem conquistado novos membros?
Têm muitas mesquitas mas poucos membros. Mas têm ganho influência, também pelo facto de em Moçambique existir muita gente que até há pouco tempo não tinha nível académico. As pessoas quando vão para as escolas começam a aprender o que é a lógica.
E o fundamentalismo começa por se aproveitar desse factor, por interpretar o Corão de uma forma lógica. Todo o jovem aposta neste raciocínio. Eles semeiam o fruto nos jovens. Estas centenas de novos membros aderiram nos últimos sete a dez anos. Mas os líderes não conseguem alterar a visão das mulheres ou dos mais velhos.
As confrarias têm receio dessa tendência?
Temos um grande receio. Temos que nos proteger, abrir escolas para dar aulas às crianças sobre as confrarias. Quando falecerem os mais velhos, esta maneira de ser das confrarias deixa de existir. Eu sou o único jovem que declaro em público que pertenço às confrarias.
Se nós tivermos uma mesquita de palha e ao lado houver uma mesquita com energia e melhores condições, as pessoas escolhem a que tem melhores condições. A maioria da população ainda não aderiu. Mas há um risco. Os próprios lideres das confrarias não têm trabalho, e são fáceis de vergar, enquanto as pessoas do Conselho Islâmico recebem salários, e têm apoios.
PÚBLICO - 28.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 20:34 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
PensO LogO OpinO
POR ELEITOR ATENTO
Em Dois Mil e Quatro:
Chorarei minha Mãe presa em nome do combate à prostituição
Recordarei minhas irmãs desterradas para campos de reeducação
Lamentarei meus irmãos desaparecidos na Operação Produção
Reviverei Simango e Gwenjere raptados em nome da Revolução
Evocarei Paulo, Raúl e Gwambe, assassinados como Joana Semião
Orarei Jeovás, Cristãos e Muçulmanos, vítimas da tua perseguição.
II
Em Dois mil e Quatro:
Recordarei a faustosa riqueza suspeita de corrupção
Lembrarei o socialista que, dolarizado, nos tirou o pão
Rasgarei garganta num silencioso discurso de reprovação
Porque nem tu nem tua corte reunem justeza para eleição.
Evocarei o desemprego que causaste, para tua maldição
Cantarei a estirpe a que pertences, que espatifou a Nação
Gritarei ao mundo a tua tirania sem perdão
Recordarei eternamente as mil injustiças de então.
III
Em Dois Mil e Quatro:
Mostrarei ao mundo como é teu coração,
O perigo que tu és, com ou sem prisão,
O que as FDS fizeram em nome da Nação.
Se chegares em Moçambique à governação
É voltar aos tempos idos da reeducação,
É empurrar o povo p´ra Operação Produção
Onde tantos morreram por tua causa em vão.
IV
Em Dois Mil e Quatro:
Continuarás a misturar colonialismo, aberração
Com tudo que de mau surgiu nesta nossa Nação.
Ontem quiseste ser proletário, hoje és patrão.
Agora prometes acabar a pilhagem e corrupção,
Como ontem afirmaste combater a exploração.
Usas da tua influência p´ra tudo deitares mão:
A cervejarias, pescarias e vias de comunicação,
Ao turismo, portagens e órgãos de informação.
Manipulas concursos públicos a troco de comissão
Alias-te a sul-africanos, assegurando-lhes dominação
Depois de tê-los combatido, sacrificando a Nação.
Como poderei votar em ti em eleição
Se tudo quanto simbolizas é desmedida ambição
Sujeira, canalhice, extorsão, enfim pura contradição
Em relação a tudo quanto propalaste durante a Revolução?
CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 29.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 20:20 | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
- S
Na hora do balanço, a “perdiz” chamou a imprensa, na última sexta-feira, ante-penúltimo dia da campanha eleitoral, para assegurar que o seu trabalho de caça ao voto foi excelente, apesar dos vários obstáculos que foi obrigada a transpor. «Removemos todos os obstáculos interpostos, incluindo os que a TVM-EP nos colocava», disse Fernando Mazanga, porta-voz da Renamo- UE. Segundo Mazanga, na campanha eleitoral terminada ontem, os partidos políticos de Oposição em Moçambique com o Partido/Estado (Frelimo), que além do já crónico uso abusivo dos meios circulantes do Estado aplicou todos os recursos humanos do Estado na sua campanha eleitoral. «Funcionários públicos foram obrigados a aderirem compulsivamente a campanha dos camaradas», o que constitui uma violação do artigo 77 da Constituição da República, que consagra as liberdades dos cidadãos de se filiarem a um partido, acusou. «Serventes, funcionários simples, chefes de sector, directores a todos os escalões, administradores distritais, governadores, vice-ministros, ministros, etc., foram obrigados a deixarem os seus locais de trabalho para promoverem a campanha eleitoral do partido Estado, paralisando, desta forma, o funcionamento da função pública», indicou. «A Polícia da República de Moçambique, contra a vontade dos seus componentes, era levada a conduzir um secretário-geral de um partido como se presidente da República se tratasse», salientou Mazanga. «Avenidas e ruas são encerradas quando o candidato do partido no poder se encontra nas proximidades», disse Mazanga, que questionou depois se «será medo que ele tem, insegurança ou “show off” de quem tanto sonhou e ambicionou ser tratado com tanto protocolo e honras de chefe de Estado ou será que tem medo da reacção das vítimas da chicotada, operação produção entre outras medidas duras tomadas no seu reinado como ministro do Interior». Chissano atacado O presidente da República, Joaquim Chissano, também não foi poupado por Mazanga: «Assistimos aquele que devia ser o pai de todos os moçambicanos, aquele que devia julgar em última instância, a usar abusivamente a sua qualidade de Chefe de Estado para fazer campanha do seu partido». «O cúmulo da imoralidade da campanha do Chefe de Estado deu-se a 18 de Novembro de 2004, quando em plena quarta-feira, horário normal de expediente, obrigou serventes, enfermeiros, médicos e outros agentes de saúde nos hospitais Central de Maputo, Mavalane, Infulene e outros postos de saúde para abandonarem os seus locais de trabalho e irem fazer campanha», acusou Mazanga. «Os doentes ficaram sem tratamento, o senhor Chissano, usando a sua capa de PR forçou o pessoal médico para fazer campanha», sustentou. «Foi penoso ver figuras como Alvertino Barreto, usar camisetes do partido no poder, no lugar de usar a sua bata de médico profissional que todos admiramos e respeitamos, misturar a política com a profissão», uma situação que deixa em pânico os seus pacientes que, por ventura, não comunguem os mesmos ideais políticos, avançou Mazanga, para além de que muitas «mamãs tiveram que suportar dores do parto sem assistência do pessoal médico». «O chefe de Estado paralisou o negócio dos agentes informais, esses que são cobrados altas taxas no exercício da sua actividade, esses que são arrancadas a suas mercadorias, esses que são extorquidas as suas poupanças na fronteira; dando lhes dar trégua no âmbito da campanha eleitoral», sustentou. Mazanga acusa ainda o dito partido/estado de ter orientado as Alfândegas para isentar os informais no pagamento das taxas aduaneiras, numa manobra eleitoralista que visa enganar para se pensar que a vida será sempre assim, «mas o plano é caçar o seu voto e de seguida aperta-los até tirarem tudo o que terão amealhado neste período». «Quem ainda se engana com essas manobras? À primeira, caímos todos. Na segunda, cai quem quer. Na terceira, cai quem é burro, diz o adágio popular», avançou. Casos por esclarecer Na opinião de Mazanga e o seu partido, Chissano, ao invés de fazer campanha a favor de quem o acusa de ter dirigido um governo de deixa andar, devia se envolver, a fundo, no esclarecimento de vários enigmas, entre eles os casos Carlos Cardoso e Siba Siba Macuácua. «Ainda paira no ar a dúvida sobre os verdadeiros mandantes do crime», nomeadamente no caso Carlos Cardoso, no qual um dos envolvidos no crime, Aníbal dos santos Júnior, «sai da cadeia quando e como quer, passando pela sua guarda de elite com a facilidade de como passa a faca na manteiga». «O povo quer saber porque é que Anibalzinho continua no Canadá, perante o silêncio cúmplice das autoridades moçambicanas», exigiu o porta-voz da “perdiz”. CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 29.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 20:13 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Como era previsível, o candidato presidencial pela coligação Renamo-União Eleitoral, paralisou a cidade da Beira à sua chegada para o fecho da campanha eleitoral que terminou oficialmente ontem, 28 de Novembro. Até ao final da manhã de Domingo, um mar de gente inundava o aeroporto da Beira, num gesto de demonstração do apoio inequívoco que concedem a Afonso Dhlakama e à coligação que dirige. Foi um cenário que ultrapassou as expectativas e provocou admiração não só entre os nacionais como também aos estrangeiros que tiveram a oportunidade de assistir à “mega” manifestação popular que se registou na recepção do líder da Renamo na capital provincial de Sofala. Para quem conhece a Beira, a rota de saída do aeroporto em direcção ao bairro da Munhava, ficou completamente bloqueada, quando milhares e milhares de apoiantes da “perdiz”, entre velhos, jovens e crianças, marchavam, a maior parte a pé, outros de bicicletas, motorizadas e viaturas que faziam parte do cortejo de Dhlakama. «Doa a quem doer, Dhlakama e a Renamo-União Eleitoral já ganharam», era um dos slogans que se ouvia entre gritos de euforia , buzinadas dos manifestantes da “perdiz”. À medida que Dhlakama, que se fazia transportar numa carrinha de caixa aberta na companhia da sua esposa Rosália e quadros do seu partido na Beira, avançava em direcção à sua residência na Ponta-Gêa, podia-se ver multidões de pessoas que se concentraram em diferentes locais ao longo da estradas nos bairros do Aeroporto, Manga, Ponte sobre a Auto- Estrada, Vaz, Munhava, Pioneiro, Esturro, para saudar o candidato presidencial da maior e principal força da Oposição moçambicana. O bairro da Munhava, foi o epicentro da Manifestação que chegou a provocar uma onda de nervos a temida Força de Intervenção Rápida (FIR), que destacada para o mais populoso bairro da Beira supostamente para manter a ordem. A FIR, chegou a atacar os manifestantes da Renamo usando granadas de gás lacrimogéneo num incidente que se saldou em 5 feridos, dos quais 3 crianças que foram conduzidas ao Hospital Central da Beira para assistência médica. Dhlakama chegou à Beira ido da vila de Gorongosa, para onde se deslocou a partir da Ilha de Moçambique na província de Nampula. «Vim para carimbar a vitória»
Na Beira, Dhlakama, não programou nenhum comício de encerramento, mas fez um discurso de improviso à frente da sua residência, renovando o apelo aos moçambicanos para que participem em massa nos dias da votação. Aproveitou a ocasião para reafirmar o seu cometimento no cumprimento do seu programa de governação caso seja confirmado vencedor das eleições presidenciais dos dias 1 e 2 de Dezembro de 2004. «Vim para carimbar a vitória. Quero garantir ao povo que irei cumprir o meu programa. Prometi ao povo lutar pela democracia, prometi parar com a guerra, o cessar fogo, e apesar de humilhações não voltei à guerra. Hoje sou uma figura reconhecida internacionalmente. São poucos lideres africanos que cumpre com as promessas» disse Afonso Dhlakama perante a multidão que o acompanhou a casa. Dhlakama não deixou de agradecer aos moçambicanos pela «participação em massa» nos seus comícios. «O povo demonstrou que quer mudanças e demonstrou que Dhlakama é capaz de governar. Não há armas, bazucas que podem parar a vontade popular» frisou. O presidente da Renamo-União Eleitoral, voltou a repisar que se for eleito presidente da República, não será «corrupto, e ladrão e nem preguiçoso». «No seio do meu Governo, se um ministro, governador, administrador ou mesmo o meu irmão roubarem serão presos. Não haverá moçambicanos da 1ª, 2ªou da 3ª. Isso só acontece com o regime comunista da Frelimo» acusou. À sua chegada ao Aeroporto da Beira, o candidato presidencial da Renamo-EU, desmentiu que tenha ameaçado tomar o poder à força nas províncias onde for declarado vencedor. Num contacto com a imprensa nacional e estrangeira, recordou que desta vez se houver fraude eleitoral não vai persuadir a população a tomar a decisão que bem entender. «Aquele que realmente ganhar deve tomar posse. Se é que é assim, como último recurso o povo pode decidir. Dhlakama jamais poderá persuadir a população. O que afirma é claro. A democracia significa satisfazer a vontade das pessoas que votam», realçou o líder da Renamo. José Chitula - IMPARCIAL - 29.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 09:57 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Isaac Bigio Analista internacional Para Bush e Blair, o que ocorre no Sudão é um genocídio. Na última década, a África presenciou holocaustos como o de Ruanda, Burundi e Congo (5 milhões de mortos), a expansão da AIDS (que ameaça infectar 50 milhões de pessoas) e o retrocesso de sua efêmera participação na economia mundial. Com uma pequena parte do orçamento militar dos EUA sendo investida em obras de infra-estrutura como o tratamento da água, o saneamento básico e a proteção social, o continente negro poderia deixar de produzir a cada dia uma quantidade de vítimas civis equivalente ao atentado de 11 de Setembro. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Isaac Bigio é analista internacional. Foi professor de política brasileira e latino-americana na London School of Economics. Tem uma coluna diária no jornal Correo, o diário em espanhol de maior circulação no hemisfério sul, e escreve para dezenas de meios de comunicação dos cinco continentes. |
29.11.2004
Posted on 29/11/2004 at 09:31 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
FALA-SE DUM PROCESSO DISCIPLINAR INSTAURADO CONTRA ELE
FILIMÃO SAVECA
O procurador provincial de Maputo, Arone Nhaca, que se notabilizou pela negativa nos processos-crime
dos chamados casos Tenga, Montepuez e Anibalzinho foi despromovido e, em menos de dois anos, mais uma vez, transferido para a província de Tete onde já se encontra a trabalhar como um simples
procurador.
Em sua substituição foi nomeada pela Procuradoria Geral da República (PGR) Graciete Xavier, apurou na última sexta-feira o Correio da manhã junto do porta-voz daquela instituição, Erasmo Nhavoto.
Parco em detalhes sobre o assunto, Nhavoto informou-nos apenas que o antigo número um do Ministério Público (MP) na província de Maputo, que também o representou em Cabo Delgado
há, sensivelmente, dois anos, está transferido para Tete onde “já se encontra a trabalhar como um simples procurador há cerca de dois meses”.
Nhavoto não confirmou informações na posse do Cm indicando que Nhaca está a ser alvo de um processo disciplinar mandado instaurar, supostamente, pela PGR e Conselho Superior da Magistratura
Judicial (CSMJ) “na sequência de graves irregularidades” que terão sido cometidas por aquele magistrado nos processos dos casos Tenga, Montepuez e Anibalzinho que consistiram no encobrimento dos verdadeiros autores dos crimes ligados aos mesmos casos.
Também foram em vão os contactos que o jornal estabeleceu junto do CSMJ sobre o assunto.
A última vez que Nhaca foi visto em público na sua qualidade de procurador-chefe da PGR, em Maputo, foi em Agosto de 2003 aquando do julgamento do caso Aníbalzinho durante o qual o foragido Aníbal dos Santos Júnior disse, em plena audiência, que “Momade Satar (Nini) controla um tal procurador Nhaca” (Cm 1651).
Enquanto os processos Montepuez e Anibalzinho estão, aparentemente, arquivados, o caso Tenga está a ser revisto pelo Tribunal Supremo (TS), facto que deverá culminar com o seu reenvio ao Ministério Público (MP) para este formular uma nova acusação, segundo soubemos do secretário-geral daquela
instituição, José Maria.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 29.11.2004
Posted on 28/11/2004 at 23:04 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Editorial Uff, finalmente terminou a chamada campanha eleitoral com vista às terceiras eleições legislativas e presidenciais, uma penosa e até em certos momentos patética operação através da qual tivemos que suportar, impotentes, a farsas e mentiras descaradas e escovismos de baixo ou nulo nível protagonizados por muitos. Foi uma campanha eleitoral a roçar o vale tudo, que só pode ter sido livre e justa para quem ela já assim era mesmo antes de começar. Nela se assistiram aos mais bizaros atropelos à lei eleitoral vigente por parte de alguns protagonistas directos e indirectos, incluindo candidatos a Presidente da República e a deputados à Assembleia da República, responsáveis de órgãos eleitorais, alguns agentes da autoridade e certos
, principalmente os do sector público, com a TVM em destaque e aqueles que de privado apenas têm o nome.empreitada” quando o seu “produto” vier a assumir um papel de charneira depois da publicação dos resultados eleitorais oficiais e definitivos em 17 de Dezembro de 2004, como manda a lei eleitoral.criadores” (o CÍNICO e o INCOMPETENTE) e uma pena para o contribuinte moçambicano e os doadores estrangeiros, que teriam de, uma vez mais, abrir os cordões à bolsa para patrocinar um novo exercício eleitoral.país da marrabenta entregue a galos, patos, perdizes e pangolins.
É a democracia possível em que chafurdam os moçambicanos, e os dirigentes e ou a isso aspirantes que infelizmente temos de suportar.
Terminada, oficialmente, a campanha eleitoral domingo passado, hoje e amanhã somos supostos nos entregar à reflexão, se é que há razões para tal, no meio de tanta mediocridade e vazio de conteúdo oferecidos durante os longos e enfadonhos últimos 45 dias, para não ser mais pessimista.
Quanto às presidenciais, as cinco candidaturas existentes, basicamente teremos três actores principais e dois secundários, nomeadamente um TRÁGICO CÍNICO E DESONESTO e um DITADOR INCOMPETENTE E FALSO e por fim um VAIDOSO emergente fomentado e criado pelos dois primeiros, que ambos podem vir a se arrepender da “
Os outros dois são mera paisagem e nada há a dizer sobre eles, por serem isso mesmo: NADA, ou quase.
Efectivamente, a haver eleições e apuramento sério, a dita charneira pode se encher de contentamento pelo poder, pela primeira vez na história eleitoral de Moçambique, obrigar a uma segunda volta do processo nas presidenciais, o que seria bem feito para os seus dois “
Seria o lançamento definitivo do produto da MESTRIA de uns e da IMBECILIDADE de outros.
Em fim, é a democracia que temos neste país chamado Moçambique, o tal
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 29.11.2004
Posted on 28/11/2004 at 22:35 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
TRIBUNA Extra por João CRAVEIRINHA
ESPECIAL ELEIÇÕES – CONCLUSÕES FINAIS
…” Feiticeiro iNdao, consultado, entra em transe! Os presentes…
SENTEM O PODER CHEGANDO: - Davukaa! Muhlanga! Duvaa! (Acorda Muchanga! Zebra!) – Hi va ka xirho xirema, (Saíram de uma coisa a coxear) – xa ku remero ra re kure, bare (nascido de algo pesado que veio de longe) – phelo tlanga na xo, (mas brincam com ela) – Va hlanganissa tiko hi vurha !! (Reúnem-se na sua Terra!!)...CANTA O ESPÍRITO NO FEITICEIRO ENCARNADO”…(in Poema para Teatro, MANICA do FEITIÇO II, de JOÃO Craveirinha).
1. O CONSELHO DA VOZ DO POVO
Sobre a actual Campanha eleitoral o CIDADÃO MOÇAMBICANO de nome LOURENÇO COVANE deixou na Internet este lapidar CONSELHO de que: - …”Precisamos deixar de querer resolver tudo na base do jeitinho (…) Somos um país de humildes, de carentes, de miseráveis. Somos o contraste do velho e do novo. Somos secularmente desinformados, herança maldita de Portugal, que nos colonizou com a escória portuguesa, e apesar de tudo isso somos ainda o país do futuro. Que futuro que nada! Somos o país do presente (…) Não aconselharia um amigo ao cargo de reeleição, pois, o povo precisa de novos líderes. É natural para que os políticos reciclem também o poder”....excertos de Lourenço COVANE retirados da Internet em Novembro, 16, 2004.●
2. DESTAQUES dos CANDIDATOS e de seus PARTIDOS
ÚLTIMA PONTUAÇÃO Geral de 0 a 20;
RAUL DOMINGOS – 13 valores. Manteve-se numa linha discreta mas apelativa como a 3ª via alternativa aos líderes da FRELIMO e da RENAMO – PDD 12 v.; Campanha discreta e regular a ter em conta para o futuro sobretudo na Zona Centro esvaziando a RENAMO em particular e à posteriori a FRELIMO.
ARMANDO GUEBUZA – 17 valores. Subiu na recta final alertando subtilmente sobre as Falsas Promessas sem mencionar os seus adversários. – FRELIMO 14 v. ; Campanha turbulenta e intimidadora, mas eficaz para seus objectivos: - Manter o PODER a todo o custo.
AFONSO DHLAKAMA – 16 valores. Desceu na última recta. Muito nervoso e arrogante contra o seu antigo vice – Presidente RAUL DOMINGOS agora líder do PDD a quem chamou de “miúdo”. - RENAMO / UE 13 v.; Muito dependente do “grande” líder na campanha. A salientar a Voz discordante de MÁXIMO DIAS.
YA-QUB SIBINDY – 10 valores. Apelou ao voto contra a FRELIMO e a RENAMO “belicistas”, segundo ele. – PIM 09 v. ; Irregular.
CARLOS REIS – 07 valores. Campanha muito regionalista apelando ao Federalismo “estilo” Nigéria, numa divisão da integridade geográfica, política e financeira de Moçambique. – FMBG / UNAMI 04 v. ; Muito irregular. (Ver cm / Tribunas anteriores sobre as eleições).
3. SÍNTESE: DOIS PROGNÓSTICOS FINAIS: Segundo a evolução da Campanha Eleitoral (não necessariamente obrigatória como índice) mas indicadora potencial, se as eleições fossem hoje poderíamos ter os seguintes cenários:
3a. Venceriam na segunda volta o Candidato AFONSO DHLAKAMA para Presidente da República e o Partido FRELIMO sem maioria absoluta no Parlamento… Um equilíbrio de forças difícil mas a exigir entendimento democrático.
3b. Venceria o candidato ARMANDO GUEBUZA na primeira volta e o Partido FRELIMO sem maioria absoluta tendo de negociar com o PDD o mais provável para uma coligação Ad Hoc, a 1ª em Moçambique. Em ambas as projecções a FRELIMO seria vencedora sem maioria, apesar dos meios e empenho partidário “desesperado” de seus quadros superiores, na Campanha eleitoral, em paralelo com as suas funções governativas e de Ministros.●
4. ALERTA de Eleições à Americana
e ao FANTASMA da UCRÂNIA
A ver vamos que surpresas nos reservam estas Eleições e a capacidade de “encaixe psicológico” dos Candidatos e Partidos perdedores face aos resultados oficiais da CNE. A título de exemplo chamaríamos a atenção para o facto de nas anteriores eleições presidenciais nos EUA e nas recentes, ninguém ter questionado a legitimidade dos resultados das mesmas, apesar das irregularidades em Miami (a não contagem total dos votos em 2000, prejudicando o candidato Democrata AL GORE) e em 2004 em que aos observadores da Comunidade Internacional lhes foi Negado o acesso total a todos os Sectores das Contagens dos Votos. O presidente da RENAMO felicitou inequivocamente a reeleição do Presidente George W. BUSH.● Não muito KARASHÓ mas Não é o FIM ! (Karashó russo = muito bem)
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 29.11.2004
Posted on 28/11/2004 at 22:28 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 28/11/2004 at 20:45 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Na sequência da sua participação no espaço de comentários do AngoNotícias, desafiamo-lo a responder a algumas questões que deixou em aberto. Assim sendo, respondeu prontamente ao nosso convite e de seguida publicamos a entrevista, concedida. [AngoNotícias] Dr. Joffre Justino, como antigo militante da Unita, cada vez mais na reserva, como afirmou, considera-se desencantado com a política ou acha que o espaço actual é para novas "figuras" políticas? [Dr. Joffre Justino] Existem as duas razões para as pessoas da minha geração... Por um lado sou dos que entendem que devemos abrir espaço às novas gerações, ás que não viveram os conflitos por nós vividos e que por isso poderão mais facilmente concentrarem-se na resolução dos problemas reais do país. Por outro, o desencanto é uma realidade. Sou um socialista, um homem da Esquerda Democrática, habituei-me a imaginar a UNITA enquanto partido da Esquerda Democrática, tal qual estava definido nos seus estatutos originais. Ver hoje a UNITA na Internacional Democrática do Centro, à Direita portanto, sem que tal resulte de uma decisão do Congresso do Partido, à revelia aliás das decisões do Congresso, facto que temia que viesse a acontecer e.............. Veja o resto da entrevista a este moçambicano, nascido em Nampula, Moçambique, e os comentários à mesma, em http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=1705
Posted on 28/11/2004 at 20:31 | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Veja aqui , na parte respeitante às eleições em Moçambique, o programa Sociedade das Nações da SIC NOTÍCIAS, transmitido em 27.11.2004, com a presença de Enoque João e João Craveirinha
Posted on 27/11/2004 at 23:53 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Interessante estudo, publicado em Novembro de 2004, de Marcelo Mosse que poderá encontrar em
Download corrupcaomocambiquemmosse.pdf
(Este estudo é da plena responsabilidade do seu autor e foi elaborado, sem qualquer tipo de financiamento, com o propósito de homenagear o jornalista Carlos Cardoso. Pode ser citado e publicado livremente, referindo-se a fonte.
Novembro de 2004
Marcelo Mosse é Jornalista e pesquisador independente; Pós-graduado em Estudos de Desenvolvimento e Mestrando em Estudos Africanos no ISCTE/Lisboa. Já foi editor do Metical e do MediaFAX. É co-autor da foto-biografia de Samora Machel (Maguezo Editores, 2001), co-autor, a par de Paul Fauvet, da biografia de Carlos Cardoso (Ndjira, 2003; Double Storey, 2004; Caminho, 2004). Escreveu, juntamente com Peter Gastrow, o estudo “Mozambique".
Retirado de Zambézia On Line
Posted on 27/11/2004 at 19:45 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Dionísio Quelhas*
Contrariamente ao que acontece noutras paragens do planeta, a gestão do nosso Instituto Nacional de Segurança Social, é vergonhosa e leva a crer haver uma grande promiscuidade e roubalheira com interesses políticos, senão, vejamos
0 INSS foi criado em 1989 por forma a garantir uma reforma condigna para milhares de trabalhadores moçambicanos que para o mesmo descontaram ao longo do seu período activo de vida.
O INSS gere muitos bilhões de meticais senão trilhões fruto de contribuições das trabalhadores e das entidades empregadoras.
Em 1995 o INSS subscreveu cerca de 500.000 USD de acções no BlM, então detido em 50% pelo grupo BCP e o restante pelas empresas públicas moçambicanas, para além do Fundo para o Desenvolvimento da Comunidade FDC liderada pela ex-primeira dama de Moçambique e da África do Sul, a senhora Graça Machel. Nesta altura, o Ministério do Trabalho era dirigido por Guilherme Mavila e tinha como membro do conselho fiscal do Banco Mercantil e Investimento, BMI, Teodato Hunguana, antigo membro de vários gabinetes governamentais e ex-deputado da Frelimo, e hoje membro do Conselho Constitucional.
Em 1997, o então ministro das Finanças Abdul Magid Osman cria a SCI - uma holding “fantasma” para cuidar dos interesses empresariais do Partido Frelimo desde a Independência de Moçambique em 1975.
O INSS, subscreveu mais um l.5 milhão de dólares americanos em acções com um lugar no Conselho de Administração da SCI, a dita hoolding para sossegar e enriquecer os frelimistas bem posicionados, ficando Abdul Magid Osman, Arnaldo Lopes, Pereira e Alcinda Abreu nos Conselhos de Administração do Banco e das diversas empresas ligadas ao Banco tais como GCI e BCl-Leasing, IMOBCI ligadas ao Banco Comercial de Investimento, etc.
Na altura o INSS subscreveu 900 000 USD de capital na falida Credicoop, a cooperativa onde se encontrava ligado o então ministro de Segurança e arma secreta de Samora Machel, Jacinto Soares Veloso.
Como se não bastasse, Guilherme Mavila, ex-ministro do Trabalho, mandou o INSS subscrever quase 400.000 USD no BDC, Banco de Desenvolvimento e Comércio, presidido por Hermenegildo Gamito ex-presidente do falido Banco Popular de Desenvolvimento, e das falecidas empresas Mabor e Maquinag e, tal como todas as figuras aqui mencionadas, é destacada figura da Frelimo, pertencente a ala da Banda Maravilha do seu Partido
Hoje, Guilherme Mavila, ex-Ministro do Trabalho, é um dos administradores não executivos do BDC. Acontece que a subscrição destas acções não terá valido muito, na medida em que não há critérios de investimentos Na banca, não deram até a data, lucros, como se pode depreender do mais recente relatório de contas que, aliás, privilegiou o conforto dos seus chefes, no lugar de apetrechar a instituição ou melhor, servir os seus contribuintes, os trabalhadores moçambicanos
Actualmente o INSS tem como assessor económico ti antigo Governador do Banco de Moçambique, Prakash Ratilal
No tempo da administração de Victor Zacarias no INSS, pelo menos 5 milhões de dólares americanos foram investidos nos diversos bancos, hotéis e imóveis, que não produziram o esperado.
Recentemente um antigo ministro da Defesa Nacional e do Trabalho. Aguiar Mazula, foi nomeado pelo antigo primeiro ministro Páscoal Mocumbi para presidir os destinos do INSS.
São todos camaradas do estilo comunista entrados na Frelimo aos 15 anos como combatentes acérrimos contra o capitalismo e, aos 40 anos comportam-se piores que capitalistas selvagens, e, paradoxalmente, abraçaram a vida empresarial beneficiando das contribuições da classe trabalhadora que sempre disseram defender
E o negócio entre os camaradas da Frelimo não para por aqui:
Rui Baltazar, hoje Presidente do Conselho Constitucional estava também na presidência da Assembleia Geral do Grupo BIM, Abdul Carimo e Oscar Monteiro ex-ministro samoriano e consultor de mão cheia do Partido Frelimo para as consultorias na Assembleia da República está no grupo BCI, Alberto Chipande, ex-ministro dos leões que sempre fugiam na floresta esta no BDC de Hermenegildo Gamito e por ai fora, como Verónica Macamo como presidente do Fundo de Turismo e Casimiro Wate como presidente do Fundo do Desenvolvimento Ambiental, todos camaradas da Frelimo e outros que destacaram com mais vivas a Frelimo
O INSS, subscreveu ainda capital no famoso BMI, Banco Mercantil e Investimento para onde o actual candidato a Presidente da Republica pelo partido Frelimo e ideólogo da operação produção e das guias de marcha, e o esposo da primeira ministra, o doutor Albano Silva são também alguns dos accionistas beneficiários, tendo também como sócio o ex-delegado do Ministério de Trabalho na ex-RDA, e agora delegado do Ministério do Trabalho na RSA.
Urge uma investigação séria por parte da Procuradoria Geral da República com vista a defesa dos interesses dos contribuintes do INSS.
E, o Presidente da República esqueceu-se.
* Deputado pela Renamo-União Eleitoral
SEMANÁRIO ZAMBÉZE – 18.11.2004
Posted on 27/11/2004 at 16:21 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
A RENAMO, maior partido da oposição moçambicana, acusou hoje a FRELIMO de "usar abusivamente" os bens de Estado durante a campanha eleitoral, violando o código de conduta adoptado pelas formações políticas concorrentes. | |
Os 21 partidos políticos e coligações concorrentes às terceiras eleições gerais de Moçambique dos dias 01 e 02 de Dezembro comprometeram-se a respeitar um código de conduta eleitoral, que defende a não utilização, por eles, de bens do Estado, nomeadamente transportes e combustíveis. Falando em conferência de imprensa, o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, apontou a FRELIMO, no poder, como estando a usar de "forma abusiva" os meios do Estado para fins de campanha eleitoral. Denunciou, por outro lado, a atitude do Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, "que permitiu a concessão de tolerância de ponto em todas as províncias por onde o candidato da FRELIMO fez a sua campanha". "Assistimos a quem devia ser o pai de todos os moçambicanos, aquele que devia julgar, em última instância, a usar abusivamente os seus direitos de chefe de Estado moçambicano (Joaquim Chissano) para fazer a campanha a favor do seu partido", a FRELIMO, acusou Mazanga. A "obrigatoriedade" de os funcionários do Estado participarem em comícios de despedida orientados pelo chefe de Estado moçambicano, a protecção feita pelos agentes da polícia ao candidato da FRELIMO, Armando Emílio Guebuza, e o encerramento de estradas e ruas por onde este passava durante a campanha foram igualmente apontados por Mazanga como "graves abusos" perpetrados pela FRELIMO. "Vimos durante o período da campanha viaturas ilegais a serem oficializadas com matrículas da FRELIMO, um pacto levada a cabo por assaltantes e o partido no poder", acusou ainda Mazanga. |
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.11.2004
Posted on 26/11/2004 at 23:30 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
O candidato presidencial da RENAMO, Afonso Dhlakama, ameaçou hoje assumir o poder nas províncias que lhe derem a vitória eleitoral, no caso de as eleições de 1 e 2 de Dezembro em Moçambique não decorrerem em ambiente democrático. | |
"A FRELIMO nunca ganhou as eleições, eles roubaram em 1994, roubaram em 1999. Ou a democracia chega ou cada um governa onde ganhou", disse Dhlakama, em entrevista telefónica à agência Lusa, da província de Sofala, onde se encontra em campanha para as eleições gerais de 01 e 02 de Dezembro. "Não é o que nós queremos. O Dhlakama não quer a divisão do país, queremos governar todo Moçambique, que isso fique claro. Mas não estamos dispostos a deixar os comunistas governar quando não ganharam, e, se eles roubam, então cada um governa onde ganhou", adiantou Dhlakama, quando instado a precisar a sua anterior declaração. O líder da RENAMO, pela terceira vez candidato às presidenciais em Moçambique, insistiu na inexistência de condições para a realização de "eleições justas e transparentes no país", do que deu como exemplo a recusa da Comissão Nacional de Eleições de permitir o acesso dos observadores eleitorais a todas as fases do processo. "A FRELIMO quer a União Europeia sentada nos "lobbiesÈ dos hotéis para depois carimbar a fraude", acusou, acrescentando: "Isto é uma fraude, fraude não significa só meter a mão na urna dos votos, significa também viciar o processo". "Qual é o medo que eles têm? É deixar que as pessoas vejam tudo", defendeu. Dhlakama afirmou que o seu partido tudo fará para evitar a eclosão de uma guerra no país mas não afastou o cenário do regresso de um conflito como o que, durante 16 anos, vitimou cerca de um milhão de moçambicanos. "As pessoas, a comunidade internacional, não podem viver uma vida de luxo pensando que jamais haverá guerra em Moçambique. Poderá haver a guerra, não a guerra do Dhlakama ou a guerra da RENAMO, mas a guerra do povo. Do meu lado, farei tudo o que tiver que fazer para evitar a guerra", declarou. "Se a FRELIMO volta a fazer o que fez em 1975, então haverá guerra. As pessoas não podem falar que não vai haver guerra enquanto não criarem condições favoráveis à paz", insistiu o líder da RENAMO. Afonso Dhlakama contestou fortemente as negociações em curso entre Portugal e Moçambique para a reversão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa ao Estado moçambicano, questionando o momento em que se realizam. "Condeno essas negociações entre o governo português e o governo moçambicano porque são negociações sem fundamento. Quando estamos em plena campanha eleitoral, não entendo por que houve tanto tempo (para resolver a situação) e ninguém se preocupou e agora há todo este interesse", disse. "Apelo para que se parem as negociações. Após as eleições, o vencedor irá elaborar a agenda das negociações", insistiu, afirmando que "o governo português não pode ser penalizado porque tem direito" ao pagamento da dívida. Afonso Dhlakama colocou a reforma do Estado moçambicano no centro das preocupações do seu governo, no caso de vencer as eleições, defendendo a "despartidarização do funcionalismo público" e de altos cargos do Estado. "O procurador-geral da República e o presidente do Tribunal Administrativo não podem ser nomeados por confiança política", afirmou, ressalvando que a RENAMO não quer desmantelar o Estado moçambicano, mas "transformá-lo num Estado de Direito". As reformas na justiça, na agricultura e o combate à corrupção e ao crime organizado foram outras das prioridades do seu governo destacados por Dhlakama. "Mataram o (jornalista) Cardoso, mataram o (gestor bancário) Siba Siba, libertaram o (assassino de Cardoso) Anibalzinho. É o crime organizado pelo governo", acusou. As 51 anos, Dhlakama enfrenta a terceira corrida presidencial, depois de ter liderado a guerrilha da RENAMO contra o governo da FRELIMO. A possibilidade de uma terceira derrota não o fará abandonar a política mas deixa para a RENAMO uma decisão sobre a sua continuidade na liderança partidária. "Sou jovem, trabalhei para a paz, para a democracia, para o desenvolvimento económico. Será que continuarei como líder? É uma questão interna da RENAMO", afirmou. "Mas lembro que o presidente brasileiro Lula perdeu por três vezes e hoje é um presidente reconhecido internacionalmente como alguém que cumpre as expectativas do povo brasileiro", acrescentou Afonso Dhlakama. |
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.11.2004
Posted on 26/11/2004 at 23:23 | Permalink | Comments (2) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
A RENAMO, o maior partido da oposição moçambicana, acusou hoje o Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE) de estar a engendrar um plano de aniquilamento físico do líder daquela força política, Afonso Dhlakama, nos próximos dias.
Falando à imprensa, o chefe do Gabinete Eleitoral da RENAMO, Eduardo Namburete, disse que a sua formação política tem "informações seguras vindas do SISE" de que a FRELIMO, através desta instituição governamental, está a delinear um plano para "eliminar fisicamente" Afonso Dhlakama, usando alguns indivíduos moçambicanos para a suposta operação.
"A RENAMO recebeu na noite de quarta-feira uma informação segura de que o SISE irá eliminar fisicamente o presidente do partido, Afonso Dhlakama", denunciou Eduardo Namburete, sublinhando que esta decisão é resultado do sucesso deste político por ter granjeado simpatias junto do eleitorado nas regiões onde a FRELIMO considerava serem seu "baluarte".
"Apelamos a toda comunidade moçambicana e estrangeira para a observância desta tentativa a ser levada a cabo por parte dos elementos da SISE. É lamentável que este organismo de segurança do Estado esteja a ser usado para satisfazer as ambições de um partido", disse Eduardo Namburete.
"Repudiamos com veemência a instrumentalização de Estado para um fim deste", pois, "esta atitude é imoral, nós não pactuamos com esta atitude do SISE", lamentou Eduardo Namburete.
A RENAMO acusou ainda o SISE de pretender lançar nos próximos dias "cartazes de incitamento" à população moçambicana, que apontam Afonso Dhlakama como autor da ideia de uma possível divisão de Moçambique.
"O SISE está a preparar cartazes de incitamento à população que afirmam que caso o presidente da RENAMO ganhe as eleições irá dividir o país. Apelamos os nossos adversários políticos a jogarem limpo", sublinhou o responsável do Gabinete Eleitoral do principal partido da oposição moçambicana.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 25.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 23:40 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
APURAMENTO DOS RESULTADOS FINAIS DAS ELEIÇÕES GERAIS
Numa conferência de imprensa carregada de muita emoção, com o porta-voz da CNE/Frelimo,
Assim, estão programadas para o próximo sábado, no Centro Cultural do Banco de Moçambique,
Pelo nível de segurança com que foi anunciado este facto, por Mandlate e o director-geral do SATE, António Carrasco, em conferência de imprensa realizada, ontem, quinta-feira, no Sindicato Nacional de Jornalistas, nada poderá abalar a pretensão da CNE/Frelimo de recorrer a meios informáticos para
Refira-se que numa das últimas conferências de imprensa convocadas pela CNE/Renamo, Raimundo
A proposta para a tabulação dos resultados das eleições de Dezembro próximo foi feito pelo
Para Samuge, tal proposta do STAE «puxa a si a tarefa de fazer o apuramento dos resultados
Aludindo a este diferendo com a CNE/Renamo-UE, António Carrasco lembrou que o processo de
Outro argumento avançado por Carrasco, prende-se ao alegado número de editais(13 mil nas legislativas e igual número nas presidenciais. Referiu, igualmente, que qualquer partido minimamente
Falou de se ter «gasto muito dinheiro» para se assegurar que cada delegado de candidatura (fiscais indicados pelos partidos nas mesas de votação) tenha uma cópia dos editais.
A lei impõe que o presidente da assembleia de voto deverá distribuir cópias da acta e do edital originais do apuramento de votos, devidamente assinadas e carimbadas, aos delegados de candidatura de partidos políticos, coligação de partido ou grupo de cidadãos eleitores proponentes.
Mandlate ameaça
Na referida conferência de imprensa, o porta-voz da CNE/ Frelimo disse ter conhecimento da existência de um documento que estaria a circular, elaborado por uma certa formação política, que rejeitou revelar, que dá instruções a funcionários dos órgãos eleitorais para agir, no presente processo eleitoral, de modo contrário às deliberações e directrizes emanadas pela Comissão Nacional de Eleições, órgão esse onde impera a ditadura do voto.
Mandlate apelou aos referidos funcionários para agir de «modo apropriado», caso contrário serão tomadas medidas para remover aquilo que classificou de obstáculos ao processo eleitoral.
Refira-se por causa do diferendo surgido com a projectada utilização de processos informáticos no
Escolha da Soluções, Lda: Uma nuvem de fumo
O diálogo, ontem, dos representantes do STAE e CNE(designadamente António Carrasco e Filipe Mandlate), com jornalistas tornou-se mais problemático quando se abordou as questões relacionadas com a escolha da empresa Soluções, Lda, para adutitar o software a ser aplicado na tabulação dos resultados das eleições da próxima semana no país.
Pelo menos um jornalista foi obrigado a sentar-se, por Filipe Mandlate, acusando-o de fazer uma pergunta irracional. Em causa estava a possibilidade da Soluções, Lda ter como sócios algumas figuras próximas ao partido no poder, facto que pode originar conflitos de interesses.
Mandlate insistiu que não tinha conhecimento de tal facto e o que ele sabia é que os sócios da referida empresa são cidadãos da nacionalidade portuguesa. No entanto, omitiu o facto de se ter no referido pacto social como sócio a Interbancos SARL, onde alistam com alguns dos proprietários Magid Osman e Hermenegildo Gamito, quadros seniores do partido no poder.
A explicação, também, foi ténue quando se abordou a opção por um concurso limitado, formulando
Refira-se que das cinco empresas convidadas, apenas duas responderam a tempo. Outras nem sequer se pronunciaram.
Por exclusão das partes, acabou ficando a Soluções Lda para auditar o software, num processo que promete ser polémico.
Já no final da conferência de imprensa, uma "zelosa" funcionária do STAE fez questão de distribuir, aos jornalistas, um "Manual sobre a Legislação Eleitoral em Moçambique" com a recomendação expressa "para ler", como se os problemas que se levantam, neste processo eleitoral, tivessem a ver com o desconhecimento da lei por parte dos profissionais de comunicação social.
Renamo-EU fala hoje à imprensa
Já no final do dia de ontem, soubemos que a "perdiz" vai falar, hoje, sexta-feira, à comunicação social sobre os «problemas que estão a acontecer no processo eleitoral», sendo, quase certo que deverá se pronunciar sobre o posicionamento, ontem, de Filipe Mandjate, porta-voz da CNE Frelimo e do diretor-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, António Carrasco, esta última figura, há muito contestada pelo maior partido da Oposição em Moçambique.
JAQUES FELISBERTO – IMPARCIAL – 26.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 21:44 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Com a Maior Enchente dos Últimos Tempos
A capital do futebol, e porque não do desporto, foi no último fim de semana transferida para a cidade de Nampula. Estiveram na chamada capital do norte, o ministro da Juventude e Desportos, Joel Libombo, o director nacional dos Desportos, José Dimitri, os presidentes da FMF e da Liga Moçambicana de Clubes, respectivamente Mário Coluna e Miguel Matabel, para além de nomes sonantes ligados à governação e política do país, como são os casos de Marcelino dos Santos, Manuel Tomé, Luciano André de Castro, Abdul Razak e muitos outros dirigentes.
O Campo 25 de Junho foi domingo passado pequeno para acolher a festa dos “locomotivas” na consagração do título. O recinto estava cheio que nem um ovo e muita gente ficou de fora. Há muito que não se via num jogo de futebol tanta moldura humana.
Todos queriam testemunhar a entrega do troféu ao novo campeão nacional que aconteceu no meio de muita festa, mesmo depois de o Ferroviário de Nampula ter perdido o jogo contra o Desportivo de Maputo, por um a zero.
Terá sido mesmo a maior enchente dos últimos anos. Houve gente proveniente de Cabo Delgado, Niassa e Zambézia, que se juntaram à festa, para não falar de um batalhão que viajou da capital do País entre dirigentes, jornalistas e simpatizantes do Ferroviário.
No final do jogo, Tiago, capitão do Ferroviário de Nampula, recebeu a taça das mãos de Joel Libombo e dançou-se bastante no relvado dos “locomotivas”. Atletas, dirigentes e simpatizantes dançaram ao ritmo da música dos Massuko, a banda do Niassa que foi convidada a animar a festa.
A festa prolongou-se noite adentro já na piscina do Clube numa confraternização que agrupou centenas de pessoas.
Para além do troféu e as faixas que foram de imediato entregues aos novos campeões nacionais, os jogadores das duas equipas, Ferroviário e Desportivo, receberam as medalhas referentes ao primeiro e segundo classificados da prova, respectivamente.
Enfim, foi uma festa que vai ficar na memória dos nampulenses.
WAMPHULA FAX – 23.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 21:16 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Naquilo que marca a última etapa da campanha eleitoral, o candidato às presidenciais pelo partido Independente de Moçambique (PIMO) Yá-Qub Sibindy encontra-se desde ontem na província de Nampula.
Francisco Ferreira, membro sénior daquela formação política, que nos confirmou esta informação, disse que Sibindy, que viaja via terrestre, deverá, antes de escalar a capital provincial, trabalhar nos distritos de Moma e Angoche, pedindo voto para si e para o seu partido.
De acordo ainda com Ferreira, O PIMO, que tem privilegiado contactos porta a porta e interpessoal, goza de maior simpatia no seio do eleitorado. Esta medida surge, segundo o nosso entrevistado, pelo facto de grande parte dos comícios estarem a ser inviabilizados por pessoas que se supõe sejam mandatárias de outras formações políticas.
Sempre que realizássemos comícios, apareciam pessoas mal intencionadas a tentar deturpar os nossos encontros e, por isso, optamos por estas vias. Observou Ferreira , sem fazer acusações directas, apesar de se mostrar agastado com alguns comportamentos de certos partidos oponentes.
Entretanto, os últimos dois dias serviram de momento de reflexão para novas frentes, quando menos de duas semanas faltam para o término da campanha. Ferreira revelou ter sido elaborado um programa atractivo e convincente e que irá envolver o líder daquele partido que deverá, provavelmente, encerrar a sua campanha nesta região.
WAMPHULA FAX – 23.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 21:08 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Apoios Anuais da União Europeia
A União Europeia (UE), um dos maiores parceiros financeiros do governo moçambicano, desembolsa anualmente cerca de 120 milhões de euros, para os sectores de saúde, educação, justiça e estradas.
Deste pacote orçamental, outra rubrica vai para os programas de redução da pobreza absoluta,segundo deu a conhecer ao nosso jornal, Pinho Teixeira, embaixador da União Europeia.
Entrevistado na vila de Namialo, distrito de Meconta, Teixeira assegurou que os apoios para Moçambique vão continuar, por se provar a legitimidade com que são aplicados os fundos doados.
Enquanto Moçambique precisar da nossa ajuda e for um parceiro, como tem sido até agora, muito estimado pela União Europeia, continuaremos a apoiar. Disse a fonte.
Aquele diplomata falava na passada sexta-feira à margem das cerimónias de entrega da estrada nacional nº 8, completamente reabilitada e cujos fundos, estimados em 24.3 milhões de euros, foram desembolsados por aquele organismo. O troço faz ligação entre as cidades de Nampula e Nacala, num percurso de cerca de 200 quilómetros.
Por seu turno, o ministro das Obras Públicas e Habitação, Roberto White, mostrou-se encorajado com os apoios multiformes da UE, sobretudo na componente de estradas. Há dias, de acordo com Wite, o governo recebeu dos empreiteiros, cerca de 800 quilómetros de estradas reabilitadas nas províncias centrais de Manica e Sofala, com fundos da União Europeia, havendo, igualmente plano, de no próximo ano, iniciarem as obras de reabilitação da estrada Namacurra/ rio Ligonha, numa extensão de 373 quilómetros.
As obras de reabilitação do troço Nampula /Nacala estiveram a cargo de um consórcio sul africano e consistiram, para além da asfaltagem, no aumento da faixa de rodagem e no melhoramento do sistema de sinalização.
O acto de entrega foi testemunhado pelo governador Abdul Razak e pelas estruturas políticas e administrativas de Meconta e Monapo.
WAMPHULA FAX – 23.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 20:57 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Em Nacala-Porto
Agentes da Policia de Investigação Criminal (PIC) acompanhados de alguns outros agentes da Policia de Protecção, recolheram no passado dia 15 de Novembro corrente todos os instrumentos e aparelhos, e fecharam as portas da Rádio Comunitária de Nacala, segundo revela um comunicado do Conselho Municipal daquela cidade recebido ontem na nossa redacção.
O comunicado do Conselho Municipal de Nacala diz ainda que a Rádio faz parte da lista do património entregue ao governo municipal pelo anterior executivo e que o encerramento foi efectuado sem qualquer aviso ao presidente.
Lê-se ainda no documento que o Conselho Municipal em Nacala já notificou a ocorrência às autoridades do Estado a nível local, provincial e central e continuaremos a fazer tudo o que legalmente for possível para que a Rádio Comunitária possa retomar as suas emissões.
O Wamphula Fax falou na tarde de ontem com uma fonte sénior da Policia de Investigação Criminal em Nampula que esclareceu que a corporação agiu daquela forma em cumprimento da ordem do Tribunal Judicial da Cidade de Nacala.
O Tribunal decretou que a Rádio estava a funcionar ilegalmente e a policia foi apenas fazer
O diferendo referente à gestão da Rádio Comunitária de Nacala pelo Conselho Municipal ou pelo Instituto de Comunicação Social, arrasta-se desde a altura em que o Estado decidiu que aquela deveria ser entregue ao ICS, situação recusada pelo Conselho Municipal que alega tratar-se de parte do seu património.
Tentamos ontem ouvir uma fonte do Tribunal Judicial de Nacala sobre os fundamentos da decisão tomada, mas não foi possível.
WAMPHULA FAX – 23.11.2004
Posted on 25/11/2004 at 20:47 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
A campanha eleitoral para as eleições legislativas e presidenciais de 01 e 02 de Dezembro em Moçambique ainda não terminou, mas a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) já não tem dúvidas sobre o desfecho do escrutínio. | |
Para a confissão, que conta com cerca de 70 mil membros em Moçambique, o sucessor do actual presidente, Joaquim Chissano, será Armando Emílio Guebuza, ambos da FRELIMO, partido no poder, e ambos "consagrados" hoje numa reunião que o chefe de Estado manteve com mais de mil jovens da IURD. O tom de inevitabilidade da eleição do candidato da FRELIMO foi dado por um elemento da IURD, de nome Guerra, que na apresentação da igreja prometeu que a colaboração com o Estado moçambicano irá "continuar com o sucessor de Vossa Excelência, Armando Emílio Guebuza". Avalizado com a presença do líder espiritual da IURD em Moçambique, o bispo brasileiro Aparecido Reis Júnior, e tendo como pano de fundo o slogan "Vota FRELIMO, juntos construiremos a economia do país", o encontro de Chissano com os jovens cristãos foi dos mais produtivos que o ainda presidente tem vindo a manter com vários sectores da sociedade, em apoio da candidatura de Armando Guebuza. "Estou convencido que os jovens da IURD vão votar no candidato certo e que o candidato certo é Armando Emílio Guebuza", afirmou Chissano, perante uma grande ovação dos presentes. Mas ainda as palmas não se tinham extinguido e já o presidente de Moçambique fazia uma ressalva: "Eu não vos pergunto em que quem votarão, porque o voto é secreto. Mas para mim não é secreto", disse, enquanto tirava o casaco, revelando uma camisa amarela com o retrato do candidato da FRELIMO estampado no peito. Chissano voltou depois as costas para a plateia, exibindo uma fotografia ainda maior de Guebuza na parte de trás da sua camisa enquanto a sala explodia em aplausos que se estenderam aos líderes da IURD, sentados numa tribuna. Os jovens da IURD esperaram cerca de duas horas pela chegada de Joaquim Chissano ao centro de convenções que tem o seu nome, em Maputo, e que foi oferecido pelos chineses ao governo moçambicano, mas a demora presidencial não afectou a atenção com que o ouviram durante mais de uma hora e meia. Riram-se e deram sinais de apoio quando Chissano fazia referências aos principais adversários, a RENAMO e o seu líder, Afonso Dhlakama, embora quase sempre de forma velada - "Há para aí um partido...". "Toda a gente vai ter um celular nos próximos três meses", ironizou o chefe de Estado, voltando a incendiar a sala, com a comparação com "um partido" que promete mudar os hábitos nos próximos meses. E escutaram em silêncio a descrição que o presidente moçambicano fez da Igreja Católica no tempo colonial. "Sou católico, mas nada me impede de indicar o lado mau: a minha religião foi utilizada para fins políticos de um regime ditatorial de Salazar e Caetano, que utilizaram a religião para tornar o indígena mais submisso", acusou. A IURD é das igrejas que mais tem crescido em Moçambique, depois da abertura do regime para as actividades religiosas no país, mas a sua força nem sempre é vista com bons olhos. Já este ano, a autarquia de Maputo, de maioria FRELIMO, chumbou um projecto para a construção de um templo da IURD numa zona nobre da cidade, autorizado pela anterior vereação, igualmente da FRELIMO. Mas o caso não terá provocado ressentimentos: à saída da reunião de hoje, Chissano levou como recordação um batuque, um dos símbolos da FRELIMO, e uma bengala. "Fazemos votos para que Vossa Excelência continue a dedicar-se aos problemas de Moçambique. A luta continua", desejou Guerra, pela IURD. |
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 24.11.2004
Posted on 24/11/2004 at 23:26 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
QUEM NÃO DEVE NÃO TEME
Uma arrogância desmedida ameaça fazer descarrilar o processo eleitoral em Moçambique.
Tudo porque um certo partido, que coloca seu vitória e do seu candidato à Ponta Vermelha como imperativo nacional, insiste em ser árbrito, jogador e dono da bola.
Determinou as regras de jogo para a actualização do recenseamento eleitoral tanto dentro do país como na diáspora, passando por cima de todas as reclamações dos seus opositores.
Determinou, sózinho, o impedimento dos observadores e outros interessados de fiscalizar todas fases de apuramento dos resultados das eleições gerais. Quer contar, sózinho, os votos.
Recentemente decidiu, sózinho, escolher um software a ser usado na tabulação dos votos das eleições de 1 e 2 de Dezembro.
Decidiu, sózinho, escolher uma empresa, dos seus membros, para auditar o software a ser usado na referida tabulação, passando, por cima, da obrigatoriedade de concurso público para casos deste género.
Com estes e outros passos dados, está criado cenário para depois de 1 e 2 de Dezembro, logo que depositarmos o nosso voto nas urnas, aquele partido escolher o resultado que lhe convier a si e ao seu candidato e anunciar, publicamente, como sendo a vontade dos eleitores.
Qualquer reclamação vai ser silenciada a tiro, como aconteceu depois das eleições de 1999, onde manifestantes foram esmagados pela zelosa Polícia, que cumpre ordens sem sequer questionar.
Nestes termos, porquê tanta palhaçada das eleições já que o resultado será ditado a partir da sede daquela formação Política?
Gritam a plenos pulmões que a vitória está assegurada porque é um partido do povo, que já mostrou serviço, então porque tanto receio de fazer jogo limpo?
Quem está seguro não teme.
Se outros são “bandidos”, “analfabetos”, criação do Apartheid, alimentados de fora, etc, etc, como vocês dizem, então o povo fará o seu devido juizo.
Quem tem folha de serviço limpo não teme.
Abram o jogo!
JAQUES FELISBERTO - IMPARCIAL - 25.11.2004
Posted on 24/11/2004 at 22:32 | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
PensO LogO OpinO
JOÃO MATANATO*
7. No governo de Chissano, Guebuza exigiu e temou a pasta de Transportes e Comunicações
e, o resultado foi o que vimos em Tenga, onde duzentas pessoas perderam a vida num acidente ferroviário.
É que o senhor Guebuza apenas se preocupou em privatizar os CFM, levando para o mundo
do desemprego milhares de moçambicanos, inclusive equipes de manutenção das linhas ferroviárias, dai acidentes sem precedentes e, na área da Aeronáutica Civil assistimos impavidamente à destruição das Linhas Aéreas de Moçambique(LAM).
Usou o estatuto de ministro de Transportes e Comunicações para criar para si uma série de
empresas do seu pelouro, tais como Transcarga, hoje falida por má gestão, a TRAC, cujos
accionistas principais tinham que negociar com ele, condicionando-os, próprio de corruptos oportunistas, Cornelder, Inspetec, metendo dedo nas já existentes TATA Moçambique,
Navique, Emose,...
8. A sua ambição pelo poder é desmedida. Para acumular mais algum dinheiro para a sua
campanha eleitoral, foi capaz de lançar para o desemprego, quatrocentos operários da
Fábrica de Cervejas Laurentina, condenando no mínimo, duas mil bocas à pobreza absoluta.
9. Nos golpes de Estado, que se propalaram neste país, o nome do senhor Guebuza estava
intimamente ligado, pois, ouvimos os réus Mabote e Manuel António a apontar-lhe o dedo
acusador. Duvidamos que a morte, por asfixia, em praia, do coronel General Sebastião
Marcos Mabote esteja dissociada à sua figura, bem como duvidamos das mortes de Carlos
Cardoso e Siba Siba Macuácua.
Porquê não, Samora Machel que o havia colocado na prateleira do esquecimento depois
da reunião de Nampula?
Basta sabermos que para a execução sumária dos ditos reaccionários de Mutalela, o seu dedo
esteve mais alto na sessão do Bureau Político.
10. Quanto desemprego experimentaremos, sabido que nas empresas do multimilionário a
colocação não obedece qualificações, mas sim a afinidades e, ele, fareja tudo que é actividade
económica, desde as melhores parcerias, as melhores terras, o mar, a comunicação social,
o comércio, transporte, ...
11. O exemplo mais flagrante é ter-se tornado dono do distrito de Matutuíne, afectando toda
uma produção de cimento nacional, com a venda de clinker de Salamanga, valendo-lhe quatrocentos mil dólares americanos, a concessão temporária de uma propriedade que não lhe custou absolutamente nada e, se calhar nem paga os direitos de uso e aproveitamento de terra. Moçambique perdeu a companhia que pretendia instalar o Ecossistema, por causa desse senhor, que no lugar de concorrer a presidente de um país que tanto mal fez, devia estar no banco dos réus. Quantos camponeses terão perdito as suas machambas?
Convido todos os eleitores a pensarmos juntos, nas seguintes questões:
- Esse homem que nos aparece agora a pedir votos, para ser pai da Nação terá mudado, sabido que um ambicioso nunca muda?
- Por que é que Samora nunca lhe deixou ficar mais de seis meses num posto ministerial?
(...)É inconcebível que a Frelimo que se vangloria de ser maduro, experiente com tanto jovem bem formado, se prenda a um passado retógrado e, não só, como também é pouco ético para um país que se pretende democrático, ter um homem à cabeça que é dono da água que bebemos, isto é, na qualidade de accionista da Águas de Moçambique.
Seja dono da Estrada Principal (TRAC), seja imperador do pescado nacional, seja proprietário da rede de comunicações(...)
Mais do que isso, todos sabem que o senhor Armando Emílio Guebuza não descende de uma família com tradições empresariais, pois, no Chamanculo, bem ali na Rua Lacerda de Almeida, ainda reside a sua mãe em casa de madeira e zinco, o que prova que não teve herança nenhuma, senão aproveitar abusivamente dos sucessivos postos ministeriais que ocupou para encher o seu
saco, invadindo os cofres do Estado, alimentados por donativos, dívida pública e contribuição dos nacionais(...)
*Pseudónimo – IMPARCIAL – 25.11.2004
Posted on 24/11/2004 at 21:00 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
E
E esperada hoje uma possível explicação dos órgãos eleitorais no país sobre o nebuloso processo da escolha da empresa que vai auditar o software a ser usado na tabulação dos resultados finais das eleições gerais de Dezembro próximo. Até então, o dado assente é que não houve concurso público mas sim convites a certas empresas, das quais foi escolhida uma cujos proprietários têm forte ligação com o partido no poder, também concorrente nas eleições. Trata-se da empresa Soluções Lda que tem como sócios Carlos Eduardo Rodrigues Street Lemos, Carlos Manuel dos santos Garcia, Maria João, Dionísio de Velasco Santos Street Lemos e Ana Maria Mendes Furtado e a Interbancos SARL, esta última sociedade cujos proprietários são, entre outros, figuras proeminentes da Frelimo como Magid Osman e Hermenegildo Gamito. EDACÇÃO - IMPARCIAL - 25.11.2004
Posted on 24/11/2004 at 20:39 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
De Portugal a Moçambique
Não existe demora na emissão de vistos
- revelou uma funcionária da Direcção Nacional de Migração, acrescentando que o prazo é de apenas 24 horas
(Maputo) A direcção Nacional de Migração refutou na última sexta-feira a informação segundo a qual os vistos para pessoas que pretendem deslocar-se a Moçambique vindos de Portugal estão a demorar 30 dias a ser entregues.
Tal informação vem publicada na edição n.º 567 de 19.11.2004 do semanário SAVANA. Segundo o semanário, a informação foi avançada à Agência Lusa por uma fonte do consulado moçambicano
em Lisboa.
De acordo com uma fonte da Direcção Nacional de Migração, que solicitou anonimato, “não existe nenhuma demora na emissão de vistos e muito menos qualquer tipo de embargo”, explicou.
A mesma fonte referiu que o processo encontra-se actualmente centralizado, isto é, que os vistos são emitidos apenas a nível da Direcção Nacional de Migração.
A fonte do mediaFAX acrescentou que os vistos demoram apenas 24 horas até receberem despacho da
Migração, que decide se o processo é deferido ou indeferido.
A fonte confirmou que, actualmente, não estão a ser passados vistos a nível das fronteiras.
“Tudo é feito aqui na Migração”, explicou a fonte, acrescentando que melhor esclarecimento podia ser dado
pelo director que, na altura, se encontrava ausente.
Segundo informação constante do jornal SAVANA, antes da alegada medida entrar em vigor (30 dias para
emissão de visto) um visto para Moçambique demorava dez dias úteis a ser emitido e, mediante pedido de
urgência, podia mesmo estar disponível em 24 horas.
Sobre este aspecto, a fonte do mediaFAX esclareceu que todos os vistos demoram apenas 24 horas para
serem despachados.
(B.L) – MEDIAFAX – 22.11.2004
Posted on 23/11/2004 at 23:01 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
(Maputo)
“Várias balas de “AKM” disparadas para desfazer numa sentada a cabeça acabaram com a vida de Carlos Cardoso, jornalista conhecido e reputado de Moçambique”.
“O proprietário do “metical” começou a ser notícia dramática ao princípio da noite, quando telefonemas se cruzavam, para confirmar se era verdade que tinham baleado mortalmente Cardoso”.
“Ele e o seu motorista do “metical”, Carlos Manjate, este tripulando um Toyota Corola, foram surpreendidos junto do “Parque dos Continuadores”, depois do jornal, na Av. Mártires da Machava”.
“Foram várias as rajadas disparadas sobre Cardoso apontadas na sua cabeça, que a estilhaçaram completamente. Os homens vinham em dois carros que bloquearam a marcha do motorista e descarregaram a sua fúria”.
“A sua camisa azul e as habituais “jeans” faziam verter lágrimas de emoção aos homens da pena que quiseram ir directamente à Casa Mortuária”, foi assim como o mediaFAX reportou o hediondo assassinato, no passado dia 23 de Novembro de 2000, daquele que foi o primeiro editor deste jornal, e não só, do primeiro jornal privado.
Presentemente existem indivíduos detidos que foram julgados, porém, sobraram dúvidas sobre quem são, na totalidade, os mandantes do crime. Um dos que foi implicado como mandante, ao longo do julgamento, foi Nyimpine Chissano, filho do actual Presidente da República, que chegou a ser arrolado nesse processo como declarante, todavia, durante a audiência negou o seu envolvimento.
Presentemente há um processo autónomo referente ao caso que não tem andado, dura dois anos mais dois meses e três dias. Vários são os dados publicados em jornais que dão conta de estar-se perante um processo que o sistema luta por arquivar, quiçá, devido ao alegado envolvimento de Nyimpine Chissano. Curiosamente, uma das figuras chaves que prestou declarações que ilibavam Nyimpine do caso, a empresária Cândida Cossa, durante o julgamento do caso, veio mais tarde contar ao Tribunal, no âmbito do processo Autónomo, que tudo quanto declarou durante o julgamento do caso não constituía verdade e que fê-lo à mando de Nyimpine Chissano, que, segundo como explica nesses autos, tal acção teve lugar no Palácio da Ponta vermelha.
O chefe do esquadrão que executou Cardoso, actualmente é que é notícia. Julgado e condenado à revelia, Aníbal dos Santos Júnior, veio a ser capturado na África do Sul, tendo regressado ao país no próprio dia da leitura da sentença, após uma fuga da “BO”, que diga-se, foi facilitada, porém, do julgamento que se seguiu aos acusados da referida autoria, não houve nenhum culpado.
Actualmente o mesmo Aníbal dos Santos Júnior encontra-se sob custódia das autoridades canadianas, em Toronto, onde foi parar após uma outra “soltura” misteriosa da “BO”. Neste processo, os suspeitos que então estavam detidos entre o pessoal de guarda e segurança da “BO”, foram todos soltos tendo pago uma caução que se situa na ordem de pouco mais de três milhões de meticais por cada um deles.
No meio de todo o mistério que envolve o assassinato de Cardoso, adicionado às duas fugas de Aníbal dos Santos Júnior, que pelos vistos também não têm culpados, permanece a penumbra sobre os verdadeiros mandantes do assassinato de Cardoso.
Nos últimos tempos, a sociedade civil e a comunicação social canadiana é que têm feito muito barulho para que Aníbal dos Santos Júnior seja deportado para Moçambique e que não lhe seja concedido o estatuto de refugiado como pretende. Estranhamente, do lado das autoridades moçambicanas pouco barulho tem sido feito junto das suas congéneres canadianas.
(J.C) - MEDIA FAX - 22.11.2004
Posted on 23/11/2004 at 22:51 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Uma equipa de consultores internacionais vai avaliar a capacidade da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), no âmbito das negociações para a reversão do empreendimento para o Estado moçambicano.
Um encontro técnico realizado na semana passada em Maputo, entre equipas dos governos moçambicano e português, para analisar a capacidade da barragem, ditou a contratação de uma empresa estrangeira ligada à área de energia, revelou à Lusa o director dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Pascoal Bacela. | |
Notícias Lusófonas - 23.11.2004 |
Posted on 23/11/2004 at 21:03 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Pelo menos uma pessoa morreu e sete ficaram feridas como consequência de fortes ventos e chuvas que se abateram nos últimos dois dias sobre a cidade e província de Maputo.
Este fenómeno atmosférico, que se seguiu ao intenso calor e humidade que caracterizou esta zona do país durante a semana passada, traduziu-se também na destruição completa e parcial de pelo menos 200 casas no município da Matola e 265 no distrito da Moamba. * Ver foto abaixo | |
NOTÍCIAS - 23.11.2004 |
Posted on 23/11/2004 at 20:54 | Permalink | Comments (1) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Posted on 23/11/2004 at 20:44 in Geral | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
A TVM, “ nossa televisão” - por vezes - exibiu na sua emissão de ontem um documentário que mexe com a consciência dos moçambicanos que conviveram com o regime frelimista instalado imediatamente a seguir à Independência. Era um documentário sobre Adolf Hitler e o seu nazismo, entrecortado de entrevistas com seus opositores.
Foi uma rara oportunidade de muitos, lembrarem- se dos métodos nazistas, com outro rótulo, que durante anos foram aplicados em Moçambique. Dos jovens em fila a saudarem o presidente mesmo que isso fosse contra a sua consciência. Também havia o risco de serem penalizados nas escolas. Foi uma rara oportunidade de voltarmos a saber que Goebels, Himler e outros membros da liderança nazi tiveram sósias em Moçambique. Sósias no modo de agir. Quem não se lembra de quem frequentava as redacções da comunicação social para determinar a linha editorial. Quem determinava o que era politicamente correcto para ser tornado público. Quem não se lembra do propagandista ideológico da versão doméstica do nazismo. Quem não se lembra de quem fez de Niassa o Auchwitz moçambicano. Quem não se lembra dos fuzilamentos em praça pública. Dos chamboqueamentos perante aplausos forçados. Nada diferente do que acontecia na Alemanha de Hitler. A diferença só no cenário. Mas o mesmo custo humano. E há quem diga o Auchwitz doméstico foi um “ projecto cheio de humanismo”. O que equivale dizer que pode ser reeditado se os sósias domésticos de Hitler e seus pares alcançarem o poder. Por mais estranho que pareça os Himlers , Goebeles domésticos estão, de novo, muito empenhados na política. Mas ainda bem que a TVM exibiu o referido documentário. Para que não apaguemos das consciências o tempo que passou. E pode voltar.
ANGUANA - IMPARCIAL - 24.11.2004
CELSO M
Posted on 23/11/2004 at 20:25 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Tal como a Comissão Europeia, o grupo de observadores da Commonwealth quer ter acesso às várias fases de contagem dos votos das eleições gerais em Moçambique, que se realizam na quarta e quinta feira da próxima semana no país. Os observadores da Commonwealth já estão a negociar com a Comissão Nacional de Eleições as modalidades de acesso às várias fases de observação, segundo, aliás, disse o chefe da missão daquele grupo de observadores, Vaughan Lewis. Lewis falava, ontem, em conferência de imprensa convocada para anunciar a presença daquela delegação e as suas pretensões nestas eleições. Lewis explicou ainda que «não estamos em Moçambique para instruir o governo sobre o que tem que fazer, mas o acesso a todas as fases é importante para se fazer um juízo conciso sobre o que foram as eleições», disse. Desde ontem que o grupo composto por doze observadores está mantendo encontros com as autoridades eleitorais moçambicanas com vista a se encontrar uma maneira de se enquadrar as necessidades dos observadores da Commonwealth no presente escrutínio, « e acreditamos que o assunto vai ser debatido com sucesso», disse o chefe dos observadores da Commonwealth. Explicou, no entanto, que «não dizemos que teremos toda a verdade sobre o processo, mas na base da nossa experiência e de cada componente do grupo acreditamos que teremos um ponto de vista claro e consensual sobre os resultados destas eleições». Vaughan lewis não acredita na hipótese de a Comissão Nacional de Eleições não encontrar espaço para enquadrar as necessidades do grupo de observadores que consistem essencialmente em verificar se existem condições para uma liberdade de escolha dos eleitores e se os resultados das eleições reflectem a vontade do povo. A Commonwealth terá observadores em todo o país e uma parte deles vai deixar o país no próximo dia oito, mas um pequeno grupo vai ficar para monitorar a situação. Depois de terem assistido a todo o processo vai ser elaborado um relatório que será enviado ao secretário geral da organização Don McKinnon. AC - IMPARCIAL - 24.11.2004
Posted on 23/11/2004 at 20:18 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
«Não sei se um ambicioso muda, mas a minha
experiência prova que não», Samora Machel, in O
Pais da Marrabenta – G.Pro Fam
JOÃO MATANATO*
Ao longo destes trinta anos de governação desastrosa da Frelimo, todo o moçambicano viu no Guebuza como o polícia mais carrasco, arrogante, ganancioso pelo poder; o que caracteriza um ambicioso.
1. Após o Acordo de Lusaka, durante o governo de transição, o senhor Guebuza foi designado
ministro da Administração Interna, tendo instituído as famigeradas Guias de Marcha. A Guia
de Marcha não era outra coisa, senão uma vergonha de documento passado pelos grupos
dinamizadores, que sem ele o cidadão era impedido de circular fora do seu quintal. Gente houve que foi parar em campos de reeducação só pelo facto de não possuírem aquele papel, mesmo que estivesse à frente da sua porta.
Que dignidade e segurança tinha o cidadão?
2. Como Ministro do Interior do primeiro Governo de Moçambique Independente, Guebuza demonstrou a sua mais alta ignorância pelo poder judicial, chamando a si, o poder de expulsar cidadãos do país sem que esses pudessem se defender em juízo. A arrogância essa, que ficou conhecida por Vinte e Quatro Vinte, isto é, o cidadão era expulso das fronteiras moçambicanas em vinte e quatro horas, levando consigo somente vinte quilogramas de bens que adquirira ao longo da sua vida. Essa aberração afectou, seriamente, a economia Nacional.
Mais, Guebuza, na sua cegueira pelo poder, violou o Acordo de Lusaka, expulsando quinze mil agentes da PSP(Polícia de Segurança Pública colonial), cuja integração na nova corporação policial estava garantido pelo acordo de sete de Setembro.
Que homem é esse, sem escrúpulos, que não sentia a dor de cerca de cinquenta mil bocas,
que ficariam sem pão, ao exarar aquele macabro comunicado de 15.03.79?
Essa sua capacidade de não honrar os compromissos, torna-se evidente com o Acordo Geral de Paz(AGP), onde ele e seu partido não integraram os militares da Renamo na Polícia, como vinha preconizado.
Essa atitude com relação aos homens de armas, será por acaso ou há uma manifesta vontade de criar um clima de tensão?
3. Ainda no primeiro Governo, Samora Machel, saturado dos abusos de Guebuza, removeu-o
do Ministério do Interior, afectando-o na Beira, como “ministro residente” em Sofala, onde volta
a cometer outras grosserias acções antipopulares, destacando-se a conhecida “Operação
Tira Camisa”, que não agradou a sua chefia e que de imediato demitiu-o, ficando bom tempo desempregado, ostentando o título de ministro sem pasta, porque não podia ficar sem título.
Calculem quanto custava a Samora Machel ter um ministro improdutivo? Mas que fazer, com o arrogante?
4.Como não soubesse fazer outra coisa, senão polícia, ele foi colocado novamente no Ministério
do Interior e desta feita, veio, com a genial ideia de construir uma colónia sulista no Unango (Niassa). Sem o mínimo de respeito pela vida humana, Guebuza ensardinhou Antanoves e camiões de gente para as matas do Niassa, onde homens, mulheres e crianças foram dizimados por leões e leopardos. O pretexto usado, para tanta crueldade, foi que se devia limpar as cidades de desempregados, prostitutas e improdutivos.
- Que culpa tinha uma senhora, de ter um filho mulato, num país que se dizia sem descriminação?
- Qual é o crime de um desempregado, num país que não cria postos de trabalho?
- Quem é o responsável pelo adolescente que é negado acesso à escola diurna porque tem anos a mais e não pode frequentar os cursos nocturnos porque é considerado menor? Que mal comete um marido que nega partilhar sua esposa com o chefe do grupo dinamizador?...
Depois dessas brutalidades, com o seu próprio povo, Samora viu-se obrigado a esquecer o senhor Guebuza no desemprego total e dessa vez sem título. Donde começamos a ver o chefe da Polícia com cachimbo de “lorde” desocupado.
5. Porque para quem não tem ocupação, o diabo se encarrega de ocupá-lo, não tardou que víssemos o senhor Armando Guebuza, em negociatas com alguns mafiosos da Praça; nomeadamente o Grupo Pinto, Virot, ... expropriando quintas e estabelecimentos de gente trabalhadora honesta, desfalcando bancos( vide savana de 19.11.04). Guebuza terá inviabilizado o tribunal de julgar os seus comparsas do Grupo Pinto e Virot que se escapuliram de Moçambique.
6. Destes negócios sujos, de saltimbancos, hoje aparece um endinheirado Guebuza com cerca de trinta empresas, quase na sua totalidade devedoras de tudo que é instituição financeira, inclusive dos cofres do Tesouro Nacional. Esse traficante de influências sufocou empresas de renome, tais como a Efripel e a Pescamar, tirando-lhes as suas quotas a favor da Mavimbi, sua empresa de luxo, com embarcações de dois milhões e quinhentos mil dólares cada que, nem yates do antigo ditador do Zaire - Mobutu Sese Seko(Continua)
*Pseudónio
IMPARCIAL – 23.11.2004
Posted on 23/11/2004 at 20:08 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Presidente Armando Guebuza - (37 votos)
Presidente Afonso Dhlakama - (52 votos)
Presidente Yacub Sibindy - (2 votos)
Presidente (Ainda não sei) - (3 votos)
LEGISLATIVAS
Partido FRELIMO - (29 votos)
Partido RENAMO-UE - (37 votos)
Partido PIMO - (2 votos)
Partido(Ainda não sei) - (4 votos)
Se é cidadão votante não deixe de responder ao inquérito que está no Blog à esquerda. O sistema não permite a repetição de voto. Grato e acompanhe os resultados!
Posted on 23/11/2004 at 19:51 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 21.11.2004
Posted on 23/11/2004 at 00:30 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, História | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
Estou a escrever um livro sobre a descolonização, e haverá lá algumas surpresas», diz Almeida Santos, numa conversa sobre os seus tempos livres. O trabalho será editado em dois ou três volumes («interessa sobretudo a gente a partir da meia-idade e não convém ter letra pequena»), todos ao mesmo tempo. O presidente do PS tenciona acabar o livro até ao fim do ano. «Escrevo como "réu do crime", porque apanhei muita tareia nestes 30 anos», salienta ainda, para concluir: «Nunca tive a preocupação de me defender - para isso teria de acusar alguém —, e isto não é um livro justificativo, mas apenas uma oportunidade para repor a minha verdade.»
É a escrever ( «já publiquei 26 livros, e tenho outros em preparação») e a ler que António Almeida Santos, 78 anos, casado, pai de quatro filhos e avô de oito netos, afirma passar as suas «horas vagas». E aproveita a escrita para descarregar o seu pessimismo assumido: «Sou muito pessimista sobre o futuro da nossa civilização, e acho que o pior da globalização é o cidadão globalizado, sujeito aos valores do capitalismo liberal.»
Continue reading "ALMEIDA SANTOS - Estou a escrever um livro sobre a descolonização" »
Posted on 22/11/2004 at 22:54 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
A SITUAÇÃO PÕE EM CAUSA A INDEPENDÊNCIA DOS TRIBUNAIS E JUÍZES FILIMÃO SAVECA O sistema judiciário moçambicano está profundamente politizado, situação que, segundo Vitalina Papadakis, presidente da Associação Moçambicana de Juízes (AMJ), está a pôr em causa a independência dos tribunais e dos juízes. Papadakis ajuntou que o mesmo panorama está em flagrante violação do princípio de separação de poderes “e contribui para um baixo índice de confiança dos cidadãos sobre os tribunais e, consequentemente, sobre juízes”.
Falando na última sexta-feira à margem de uma cerimónia de assinatura da escritura da AMJ, Papadakis disse, por outro lado, que o sector judicial moçambicano “precisa de uma reforma
estrutural profunda para ser verdadeiramente independente, eficiente e respeitado pelos cidadãos”.
Ela lamentou o facto das comissões de reforma legal em curso no país não integrarem juízes que “são o expoente máximo na interpretação e aplicação da norma”.
A cerimónia da assinatura da escritura da AMJ criada em 2003 foi testemunhada por cerca de uma dezena de magistrados destacando-se a presença do procurador geral da República, Joaquim
Madeira, e do bastonário da Ordem dos Advogados, Carlos Caiuo.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 22.11.2004
Posted on 22/11/2004 at 21:23 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
É aguardada esta terça-feira a comitiva de 10 observadores da Comunidade Britânica, mais conhecida por “Commonwealth”, de que Moçambique é membro de pleno direito, para observar
as eleições gerais de 01 e 02 de Dezembro em Moçambique.
À frente da comitiva destaca- se o antigo Primeiro-Ministro de Santa Lúcia Vaughan Lewis, composta ainda por políticos, jornalistas e académicos da Gâmbia, Quénia, Maurícias, Papua
Nova Guiné, Gana, Botsuana, Guiana, Fiji e Reino Unido.
A missão da Commonwealth junta-se às da União Europeia, a maior, com cerca de 100 elementos, e do Cárter Center, que será chefiada pelo ex-Presidente norte-americano Jimmy Carter, prevendo-se ainda a presença de outras delegações de âmbito regional, como a da Comunidade
para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A União Europeia tem insistido na pretensão de os seus observadores terem acesso a todas as fases do processo, incluindo as contagens finais a níveis provincial e nacional, a digitação
final dos votos e as sessões sobre votos inválidos e nulos, posição que foi partilhada na
última semana pelo Cárter Center.
No entanto, a Comissão Nacional de Eleições de Moçambique tem recusado a pretensão europeia, defendendo que a lei eleitoral moçambicana apenas permite o acesso dos observadores às
assembleias de voto.
Com a suspensão do Zimbábuè, a Commonwealth integra hoje 53 países de todos os continentes do planeta Terra e a sua maioria é composta por antigas colónias britânicas
(Redacção) CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 22.11.2004
Posted on 22/11/2004 at 21:14 | Permalink | Comments (0) | TrackBack (0)
Reblog
(0)
|
|
dom | seg | ter | qua | qui | sex | sáb |
---|---|---|---|---|---|---|
1 | 2 | |||||
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |
10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 |
17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 |
24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 |
Recent Comments