Editorial Uff, finalmente terminou a chamada campanha eleitoral com vista às terceiras eleições legislativas e presidenciais, uma penosa e até em certos momentos patética operação através da qual tivemos que suportar, impotentes, a farsas e mentiras descaradas e escovismos de baixo ou nulo nível protagonizados por muitos. Foi uma campanha eleitoral a roçar o vale tudo, que só pode ter sido livre e justa para quem ela já assim era mesmo antes de começar. Nela se assistiram aos mais bizaros atropelos à lei eleitoral vigente por parte de alguns protagonistas directos e indirectos, incluindo candidatos a Presidente da República e a deputados à Assembleia da República, responsáveis de órgãos eleitorais, alguns agentes da autoridade e certos
, principalmente os do sector público, com a TVM em destaque e aqueles que de privado apenas têm o nome.empreitada” quando o seu “produto” vier a assumir um papel de charneira depois da publicação dos resultados eleitorais oficiais e definitivos em 17 de Dezembro de 2004, como manda a lei eleitoral.criadores” (o CÍNICO e o INCOMPETENTE) e uma pena para o contribuinte moçambicano e os doadores estrangeiros, que teriam de, uma vez mais, abrir os cordões à bolsa para patrocinar um novo exercício eleitoral.país da marrabenta entregue a galos, patos, perdizes e pangolins.
É a democracia possível em que chafurdam os moçambicanos, e os dirigentes e ou a isso aspirantes que infelizmente temos de suportar.
Terminada, oficialmente, a campanha eleitoral domingo passado, hoje e amanhã somos supostos nos entregar à reflexão, se é que há razões para tal, no meio de tanta mediocridade e vazio de conteúdo oferecidos durante os longos e enfadonhos últimos 45 dias, para não ser mais pessimista.
Quanto às presidenciais, as cinco candidaturas existentes, basicamente teremos três actores principais e dois secundários, nomeadamente um TRÁGICO CÍNICO E DESONESTO e um DITADOR INCOMPETENTE E FALSO e por fim um VAIDOSO emergente fomentado e criado pelos dois primeiros, que ambos podem vir a se arrepender da “
Os outros dois são mera paisagem e nada há a dizer sobre eles, por serem isso mesmo: NADA, ou quase.
Efectivamente, a haver eleições e apuramento sério, a dita charneira pode se encher de contentamento pelo poder, pela primeira vez na história eleitoral de Moçambique, obrigar a uma segunda volta do processo nas presidenciais, o que seria bem feito para os seus dois “
Seria o lançamento definitivo do produto da MESTRIA de uns e da IMBECILIDADE de outros.
Em fim, é a democracia que temos neste país chamado Moçambique, o tal
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) - 29.11.2004