Uma equipa de consultores internacionais vai avaliar a capacidade da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), no âmbito das negociações para a reversão do empreendimento para o Estado moçambicano.
Um encontro técnico realizado na semana passada em Maputo, entre equipas dos governos moçambicano e português, para analisar a capacidade da barragem, ditou a contratação de uma empresa estrangeira ligada à área de energia, revelou à Lusa o director dos Recursos Minerais e Energia de Moçambique, Pascoal Bacela.
Bacela, que integra a equipa moçambicana encarregue de discutir a reversão da hidroeléctrica para Moçambique, assegurou "para breve" o termo do contratação da equipa de consultores internacionais "que irá fazer o estudo da capacidade de produção da empresa durante um período de quatro semanas".
A conclusão da peritagem pela empresa internacional, que já fez estudos similares em 20 países do mundo, vai permitir a discussão de vários outros pontos das negociações, nomeadamente a estrutura accionista e o valor da dívida, tendo em vista efectivar a pretensão de Moçambique, destacou Bacela.
"Esperamos que os consultores iniciem o seu trabalho o mais brevemente possível, pois isso irá ditar o prosseguimento da discussão de outros pontos da agenda para darmos por terminado o dossier Cahora Bassa", sublinhou Pascoal Bacela.
Actualmente, Portugal detém 82 por cento do capital da HCB, tendo os dois países acordado no início de 2004 no princípio da reversão para o Estado de Moçambique do empreendimento inaugurado em 1975. |
Notícias Lusófonas - 23.11.2004 |