ELA AUMENTOU EM 4.7% ENTRE JANEIRO E DEZEMBRO DO MESMO ANO
FILIMÃO SAVECA
Com o grupo de produtos alimentares, bebidas e tabaco a contribuir com 9.51%, a inflação
anual incrementou-se em 4.7%, em 2003, ao atingir taxa de 13.8%, contra 9.1% que o Executivo de
Joaquim Chissano e Luísa Diogo havia fixado, juntamente com o Banco Mundial (BIRD) e Fundo
Monetário Internacional FMI).
O descarrilamento deveu-se igualmente à chamada classe de conforto de habitação que contribuiu com 2.71%, segundo dados apurados pelo Correio de manhã junto do Ministério do Plano e Finanças (MFP).
Detalhando o que se terá passado no concreto, a fonte do MPF disse que a corrosão da divisa nacional
face ao Rand (Cm 1957), bem como a tradicional especulação de preços verificada em Dezembro devido à quadra festiva (Natal e Ano Novo) constituíram factores que “fortemente influenciaram
no incremento da inflação acumulada registada entre Janeiro e Dezembro de 2003”.
No Plano Económico e Social (PES) 2003, o Executivo “sonhava” controlar a inflação em torno dos 7%, mas, em Abril do mesmo ano, o mesmo Governo, juntamente com o FMI e BIRD, reviu em alta a
meta, fixando-a nos 10.8%, plano esse que igualmente falhou em cerca de 3%.
Especulação
Fonte que temos vindo a citar apontou que, em Novembro do ano passado, os preços dos produtos básicos alimentares incrementaram-se no mercado nacional em 0.4% , relativamente ao igual período do mês anterior.
“Em Dezembro, a inflação mensal situou-se nos 3.1%, relativamente a Novembro, como consequência do aumento galopante de preços que marcou a quadra festiva do Natal e
Ano Novo”, realçou a terminar o nosso informador.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 22.11.2004