SEMANÁRIO ANGOLENSE - 10.11.2004
A dimensão da «descoloração» , do poder em Angola é, afinal de contas, um fenómeno muito (mais abrangente do que à primeira vista se poderá pensar. Bem analisado, tudo ou quase tudo «enegreceu», e não somente o universo político em sentido estrito. O Governo e os principais partidos, as grandes empresas estatais, o sistema judicial, enfim, até o desporto, mesmo nas modalidades mais elitistas, estão menos «coloridos» ou, se quisermos, menos pardos.
Ao retomar e aprofundar essa matéria, o Semanário Angolense não o faz com o fito de encontrar explicações para o fenómeno, algo para o qual não tem a devida vocação, Trata-se de urn exercício mais estatístico que outra coisa que julgamos poder proporcionar as ferramentas que auxiliem eventuais reflexões sobre onde estão os nossos desequilíbrios internos e o que é que se pode fazer para travar tais fenómenos.
Se nos deixarmos de falsos puritanismos, veremos, efectivamente, que nada de mais há nisso, De resto, é através de levantamentos similares que as grandes sociedades multirraciais costumam detectar os «buracos» existentes na sua manta social, procurando a partir daí a melhor terapia. Não é do vazio que os decisores políticos no Brasil entenderam, por exemplo, que era necessário instituir uma política de quotas de ingresso nas suas universidades, privilegiando os cidadãos de raça negra, uma prática já há muito mantida nos Estados Unidos da América.
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