A RENAMO, maior partido da oposição moçambicana, acusou hoje a FRELIMO de "usar abusivamente" os bens de Estado durante a campanha eleitoral, violando o código de conduta adoptado pelas formações políticas concorrentes. | |
Os 21 partidos políticos e coligações concorrentes às terceiras eleições gerais de Moçambique dos dias 01 e 02 de Dezembro comprometeram-se a respeitar um código de conduta eleitoral, que defende a não utilização, por eles, de bens do Estado, nomeadamente transportes e combustíveis. Falando em conferência de imprensa, o porta-voz da RENAMO, Fernando Mazanga, apontou a FRELIMO, no poder, como estando a usar de "forma abusiva" os meios do Estado para fins de campanha eleitoral. Denunciou, por outro lado, a atitude do Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, "que permitiu a concessão de tolerância de ponto em todas as províncias por onde o candidato da FRELIMO fez a sua campanha". "Assistimos a quem devia ser o pai de todos os moçambicanos, aquele que devia julgar, em última instância, a usar abusivamente os seus direitos de chefe de Estado moçambicano (Joaquim Chissano) para fazer a campanha a favor do seu partido", a FRELIMO, acusou Mazanga. A "obrigatoriedade" de os funcionários do Estado participarem em comícios de despedida orientados pelo chefe de Estado moçambicano, a protecção feita pelos agentes da polícia ao candidato da FRELIMO, Armando Emílio Guebuza, e o encerramento de estradas e ruas por onde este passava durante a campanha foram igualmente apontados por Mazanga como "graves abusos" perpetrados pela FRELIMO. "Vimos durante o período da campanha viaturas ilegais a serem oficializadas com matrículas da FRELIMO, um pacto levada a cabo por assaltantes e o partido no poder", acusou ainda Mazanga. |
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 26.11.2004