Moçambique: termina prazo legal
A Comissão Nacional de Eleições de Moçambique (CNE) afirmou ontem não ‘existirem condições’ para anunciar hoje, dia em que termina o prazo legal, os resultados finais das eleições gerais e presidenciais.
A lei eleitoral moçambicana estipula que os resultados definitivos das eleições devem ser anunciados 15 dias após o encerramento da votação, que decorreu nos passados dias 1 e 2, mas Lucas José, chefe do gabinete de Imprensa da CNE, informou ontem que tal prazo não será cumprido.“Amanhã (hoje) não será definitivamente possível anunciar os resultados nacionais da votação, sem que os dados de Sofala cheguem aos órgãos centrais em Maputo”, afirmou aquele responsável, adiantando não saber quando será feito o anúncio.
Fontes contactadas pelo CM em Moçambique adiantam que o atraso se deve à requalificação dos votos nulos e brancos bem como ao apuramento dos resultados em Sofala, onde mais de duas centenas de editais tiveram de ser contados à mão pelo facto de o sistema informático ter rejeitado a sua recepção.
A CNE não fala, porém, a uma só voz. Enquanto Lucas José dizia não saber quando poderia anunciar os resultados, uma outra fonte da comissão garantia que o atraso seria de um ou dois dias e uma outra ainda avançava que muito provavelmente o anúncio seria feito entre domingo e terça-feira.
Os resultados provisórios dão Armando Guebuza e o seu partido, a Frelimo, como vencedores. Certo é que todos os partidos da oposição, em especial a Renamo, exigem a sua repetição por fraudes e irregularidades.
CORREIO DA MANHÃ - 17.12.2004
