Dhlakama ganha em Sofala e Zambézia
Os dados de votação em Sofala – que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique alegou anteontem como sendo um dos motivos que atrasou a divulgação final da contagem de votos – foram ontem tornados públicos. O candidato da Renamo-União Eleitoral (RUE), Afonso Dhlakama, e a Coligação ganharam as eleições presidenciais e legislativas na província de Sofala, no centro do país. Dhlakama obteve 69,20 por cento dos votos, contra 26,98 por cento para Armando Guebuza, da Frelimo. Nas legislativas, a RUE conquistou 63,68 por cento dos votos, contra 27,89 por cento da Frelimo. Com a publicação dos resultados de Sofala, e segundo a CNE, Afonso Dhlakama vence nessa província e também na Zambézia. Contudo, Guebuza e a Frelimo venceram as presidenciais e as legislativas em nove dos onze círculos do país. Desconhece-se ainda o dia em que a CNE divulgará os resultados finais oficiais das eleições. A CNE alegou também que o atraso da publicação dos resultados deveu-se ao facto de mais de duas centenas de editais terem tido de ser recontados, depois de o sistema informático ter rejeitado a sua recepção.
Enquanto isto, o representante do Centro Carter em Moçambique, Nicolas Bravo, adiantou à Imprensa moçambicana que “face aos dados divulgados não há dúvidas sobre quem venceu as eleições”. Todavia, “registaram-se muitas irregularidades”. O Centro Carter e a Missão de Observadores da União Europeia anunciaram que na segunda-feira vão fazer uma declaração oficial sobre essas eleições.
CORREIO DA MANHÃ - 18.12.2004