Apesar dos números de apuramento parcial, avançadas por alguns órgãos de comunicação social, sobretudo públicos, assegurarem uma vitória do partido no poder e o seu candidato à Ponta Vermelha, Armando Emílio Guebuza, nas hostes da “perdiz” respira-se uma aparente tranquilidade, porque os indicadores, no terreno(em termos de contagem de votos), parecem dar, àquela formação política e o principal adversário de Armando Emílio Guebuza na corrida à sucessão de Chissano, na Presidência da República, Afonso Dhlakama, um relativo sossego. Primeiro, os resultados avançados são daquelas zonas onde os repórteres conseguiram chegar e segundo, de acordo com as fontes da "perdiz" se omitiu tanto, seguindo-se critérios duvidosos, muitas vezes guiados pelos próprios facilitadores dessas informações que têm os seus objectivos a atingir. Alguns exemplos(em relação a alguns resultados omitidos nesses órgãos de informação: Cidade da Beira: Dhlakama(58.652) e Guebuza (34.164), Caia: Dhlakama(12.312) e Guebuza(2.800), Chemba: Dhlakama(4.025) e Guebuza(1.238); Gurue – tradicionamente baluarte da Frelimo: Dhlakama(21.043) e Guebuza(15.935), Mutarara: Dhlakama(57.466) e Guebuza(5.404), Machanga: Dhlakama(9.200) e Guebuza(600), Quelimane: Dhlakama (19.594) e Guebuza( 17.108), Nicoadala: Dhlakama( 8.210) e Guebuza(6.126), Mocuba: Dhlakama(16.210) e Guebuza(14.835), Maganja da Costa: Dhlakama(17.125) e Guebuza(11.280). Amanhã prometemos mais. Não fizemos menção aqui a outros candidatos à presidência da República porque, como é óbvio, a verdeira corrida, desde a hora de partida, sabia-se que seria entre Afonso Macacho Marceta Dhlakama(Renamo-UE) e Armando Emílio Guebuza, pela “maçaroca e tambor” . Os outros, nomeadamente Raul Manuel Domingos, Carlos Reis e Yaqub Sibindy é a dita fauna “acompanhante” que parece não ter abalado o processo. Raul Domingos, do PDD, tem já assegurado, no entanto, o almejado título do “terceiro mais votado” e ainda existe uma clara dúvida se a sua formação política poderá transpor a barreira dos cinco por cento para conseguir alguns assentos no parlamento moçambicano. Referir que Raul Manuel Domingos e o seu partido se apresentaram, em termos de recursos, mais avantajados que Afonso Dhlakama e o seu partido, havendo, até agora, a dúvida sobre onde é que terá conseguido tanto dinheiro que permitiu “alugar”, até homens, para fazer campanha.