A Segunda Declaração Preliminar da União Europeia sobre as terceiras eleições gerais em Moçambique é um aviso ao Estado Moçambicano e, simultaneamente, uma ameaça à Paz que deve ser claramente assumida, sem equívocos. E sem desvios de responsabilidade!
É inconcebível que se diga que, no geral, as eleições Legislativas e Presidenciais de 2004 cumpriram a maior parte das normas internacionais e regionais e num dos parágrafos seguintes se reconheça que os processos de contagem e apuramento foram lentos, por vezes com alguma falta de transparência, e não cumpriram os prazos legais.
Pergunta-se: em algum País membro da União Europeia seria possível reconhecer como justas umas eleições em que no apuramento sobrasse tempo para se construírem resultados, com falta de transparência e sem cumprimento de prazos legais?
- Claro que não! Sem mais comentários...
A conclusão a que podemos chegar, é só uma: não é por acaso que há países de sucesso que se tornam inesperadamente problemas de difícil solução.
E, isso, normalmente, acontece quando importa mais a traição do que a solidariedade.
É a Europa no seu pior. É a Europa à venda. “É a Costa do Marfim na sua maior escala de rendimento”.
IMPARCIAL – 21.12.2004