O vice-presidente da Coligação Renamo-União Eleitoral, Manecas Daniel, assegurou ao IMPARCIAL que a "perdiz" está firme nas suas posições, de não tomar os seus assentos na Assembleia da República, na nova legislatura, caso o diferendo não seja ultrapassado, associado à fraude eleitoral que ocorreu nas últimas eleições gerais em Moçambique.
Manecas Daniel é um dos eleitos na futura legislatura que não do partido Renamo.
Para Manecas Daniel não teria sentido assumir o seu assento na AR, como é ventilado na imprensa pró-Frelimo, sem que a maioria da coligação, de que é vice-presidente, esteja representada.
«Eu não tenho problemas de visão política, respeito os princípios traçados».
Segundo o nosso interlocutor, a coligação foi criada com certo objectivo, de alcançar o poder e trabalhou para o mesmo e foi roubado pelo partido FRELIMO, por isso «não vamos tomar posse enquanto o problema não for resolvido», defendeu. No seu esclarecimento, Manecas Daniel dissipou equívocos sobre a possível tomada de posse, na AR, de alguns elementos que fazem parte daquela coligação, que ontem estiveram reunidos, na capital do país, reunir os elementos suficientes de modo a impugnar as últimas eleições gerais, que a Oposição, na sua globalidade, avalia como fraudulentas.
LC – IMPARCIAL – 28.12.2004