Soubemos, igualmente, que é intenção da Renamo-UE solicitar aos órgãos competentes a impugnação das eleições em Changara, Cahora Bassa, Chifunde e Máguè, porque aquela formação política foi impedida de fiscalizar aquele processo. IMPARCIAL - 06.12.2004
O líder da Renamo-UE e candidato à Ponta Vermelha, Afonso Dhlakama, já começou a fazer contactos com alguns organismos internacionais envolvidos na observação do processo eleitoral moçambicano para manifestar a sua apreensão sobre algumas irregularidades que podem viciar a vontade do eleitor manifestada pelo seu voto nos dias 1 e 2 de Dezembro último.
Em contacto com o porta-voz da “perdiz”, Fernando Mazanga, soubemos que Dhlakama teve um contacto, ontem, com a missão da Observação da União Europeia para denunciar a detenção e perseguição dos elementos da Renamo-UE, envolvidos nos órgãos eleitorais no Centro e Norte do país de modo a impedi-los de acompanhar o processo de transporte dos materiais eleitorais até aos centro de apuramento de dados.
Para Mazanga por detrás desta atitude, há uma «intensão clara de viciar os editais originais como aconteceu em Gaza onde Maria Alfredo Dove Ombe, directora provincial do STAE foi encontrada com dois quites de boletins de votos já abertos, com almofada de tinta para sinalizar os votos a favor, claro, de Guebuza e da Frelimo».
«Por outro lado, instruiu os presidentes das mesas para que nos lugares onde foi proibida de fiscalizar, nomeadamente em Chicualacuala, Massangene e norte de Chókwè, para deixar a Frelimo fazer a campanha nas urnas», acusou Mazanga.
De acordo com o porta-voz da “perdiz”, Ombe «instruiu os directores distritais para introduzir boletins de votos para reduzir o índice de abstenção existente em Gaza de modo a favorecer o seu partido»Repetição da Votação