O presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, disse hoje que o país registou nos últimos cinco anos "uma das mais altas taxas de crescimento económico do mundo", com um PIB médio anual de 7,5 por cento.
Por ocasião do fim do ano, Chissano fez um balanço do seu último mandato, tendo sublinhado que o ritmo de crescimento económico que Moçambique conheceu nos últimos anos permitiu uma redução de 15,3 por cento da pobreza absoluta.
"A pobreza absoluta baixou de 69,4 por cento para 54,1 por cento, com maior incidência para as zonas rurais", sublinhou Chissano.
Joaquim Chissano deixa em Janeiro de 2005 a chefia do Estado moçambicano, depois de 18 anos no cargo, dez dos quais como presidente eleito em sufrágio universal.
O dirigente moçambicano apontou o aumento da produção e comercialização de produtos agrícolas, nomeadamente, o milho, algodão, castanha de caju e chá, o alargamento da rede escolar do ensino primário em todo o país, e a conclusão da segunda fase da fábrica de fundição de alumínio (Mozal) como algumas das realizações do seu governo no último quinquénio.
A recuperação da indústria açucareira, "cuja produção cresceu em mais de 400 por cento e permitiu e a criação de mais de 20 mil postos de trabalho", a construção do centro de processamento de gás natural de Pande e Temane e o respectivo gasoduto para África do Sul foram outras das razões que contribuíram para a redução da pobreza, destacou.
O presidente moçambicano referiu também o início do projecto das areias pesadas em Moçambique, que produzirá minérios a exportar para vários mercados mundiais, como um dos êxitos que o país conheceu no mandato que termina em Janeiro.
Joaquim Chissano apelou aos moçambicanos para aguardarem com "serenidade, calma e civismo" a validação e proclamação dos resultados eleitorais deste mês pelo Conselho Constitucional.
"Uma vez mais, apelo a todos os moçambicanos, do Rovuma a Maputo, para se manterem serenos e com calma e civismo e aguardarem pela validação e proclamação destes resultados pelo Conselho Constitucional", enfatizou Chissano.
O presidente moçambicano exortou igualmente aos candidatos para aceitarem o desfecho do escrutínio com "civismo e espírito democrático, visando alicerçar ainda mais a prática democrática no país".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 03.01.2004