Cinco novas fábricas de descasque de castanha de caju vão entrar em actividade durante o primeiro trimestre do ano em curso ao nível da província de Nampula, facto que vai proporcionar cerca de quatro mil novos postos de trabalho, sobretudo nas zonas rurais.
Nampula passará assim a contar, a partir de Maio próximo, com um total de dez unidades de processamento de castanha de caju, pois, neste momento encontram-se em laboração cinco fábricas de descasque daquele produto estratégico, localizadas nos distritos de Mogovolas e Mogincual.
Neste momento, decorrem os últimos arranjos técnicos para o arranque do processo de laboração de duas novas fábricas, localizadas nos distritos de Angoche e Mogovolas, respectivamente. Outras três estarão localizadas em Monapo, Angoche e Mogovolas, segundo dados em nosso
poder.
O arranque do processo de laboração daquelas cinco novas unidades de processamento de castanha de caju, acontece numa altura que a Holanda, principal compradora da amêndoa de castanha do nosso país e em particular da província de Nampula, reforça a solicitação de mais importações, segundo revelou o presidente da Associação dos Industriais do Caju naquela região setentrional, Ibramugy Ibraimo.
Neste momento, são exportadas para a Holanda, cerca de 40 toneladas de amêndoa de castanha de caju por semana, volume que representa a quota processada pelas cinco unidades industriais em laboração neste momento. A capacidade de processamento de cada uma das fábricas de descasque de castanha de caju em laboração neste momento varia entre 200 e 250 toneladas anuais, havendo uma com potencial para mil toneladas que deverá arrancar brevemente.
A nossa fonte disse que a produção das cinco novas fábricas, que entrarão brevemente em laboração, já está comprada por uma empresa vocacionada daquele pais nórdico.
Aliás, a garantia de colocação no mercado internacional da amêndoa é uma das condições para o proponente do projecto industrial beneficiar de financiamento por parte de instituições governamentais que lidam com a matéria.
O comportamento do mercado internacional de colocação de amêndoa de castanha de caju garante 5.120 mil dólares norte americanos por tonelada, em regime CIF contra 4.860 mil dólares em forma FOB, por tonelada, o correspondente a pouco mais de cem milhões de meticais.
Ibramugy Ibraimo disse que a abertura de novas fábricas de processamento daquele produto estratégico para a economia nacional tem sido propiciada por um crescimento quantitativo e qualitativo da castanha de caju nos últimos anos, mercê dos esforços desenvolvidos pelo Instituto do Caju (INCAJU) na promoção de práticas de pulverização dos cajueiros no âmbito do combate ao oídio e distribuição de plantas resistentes àquela doença, aos produtores da cultura.
Por outro lado, os apoios que o governo tem concedido aos industriais do ramo do caju, nomeadamente a criação do fundo de comercialização da castanha, o que está na origem do incremento do volume de compras daquele produto junto do produtor, para alimentar as unidades fabris.
Contudo, segundo a fonte, os industriais do ramo de caju em Nampula, estão longe de corresponder ao volume de encomendas da Holanda para a exportação de amêndoa de castanha de caju. Ibramugy Ibraimo, disse que por semana são exportadas cerca de 40 toneladas de amêndoa para Holanda. Aquelas quantidades representam as quotas das cinco unidades do caju actualmente em laboração na província.
WAMPHULA FAX – 07.01.2005