Francisco Rodolfo O prometido é divido. O período de Natal ou Dia da Família e do Ano Novo, obrigou-nos a mudar de tema :“ELEIÇÕES E ABSTENÇÃO: ALGUMAS RA- ZÕES DA FRACA AFLUÊNCIA”. Para nós uma das razões da fraca afluência às urnas foi provocado pelo líder da Renamo, Afonso Dlhakama, que juntamente com Yá-Cub Sibindy, percorreram o País inteiro para ir ensinar a população a não ir votar: “Vão à Praia...”; “Vão beber o vosso copo...”; “Não são obrigados a irem votar”; “Deixem a FRELIMO governar sozinha”... São estas e outras expressões que foram usadas, também pelo Carlos Reis (MBG) e Wheia Ripua do PADEMO, nessa altura, para “ensinar a não ir votar”, isto em 1999. Só que os políticos – alguns deles – tem memória curta e vem agora dizer-nos que a fraca afluência às urnas, deveu-se ao mau trabalho do STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) e da CNE (Comissão Nacional de Eleições). Esse STAE e a CNE que se viu confrontado com prazos curtos, porque a Renamo-UE, com as podecadas não agilizaram a aprovação da Lei Eleitoral, que todos nós (deputados) lá na Av. 24 de Julho a queríamos por consenso, o que acabou sucedendo, mas com prazos apertados, extremamente curtos, o que levou a que as eleições se realizassem no período chuvoso. Até hoje já saído do Niassa desde 1981, (fui director dos Transportes e Comunicações) sei que se eu não escoasse os produtos a partir de 15 de Novembro de cada ano eles apanhariam a molha. N.A: Por isso, o Sector de Comercialização, tinha que garantir que tudo devia ser feito antes dessa data. O Centro e Norte sempre chovem a partir desse período. Mas como a Renamo guia-se pelas pondecadas, demoravam, quer nos trabalhos em Grupos na Comissão Ad-Hoc para Revisão da Lei Eleitoral, quer na Bancada. Perguntem ao Presidente da Comissão, Alfredo Gamito, quanto sono deixou de apanhar para aturar com aqueles espectáculos. Só a sábia experiência de Alfredo Gamito é que permitiu ultrapassar muitas nuances. Naturalmente, sem tempo para se designar a CNE e começar-se a trabalhar. Não atirem agora a culpa para os outros. Parece aquela de o líder da Renamo-UE, Afonso Dhlakama ter descoberto as namburetadas e deixá-las liderar o processo de um partido (Renamo) que não a conheciam por dentro, mas que Dhlakama foi na onda ao ser prometido que: “vamos colocar “vossa excelência” na Ponta Vermelha”. É óbvio que agora “a culpa é dos outros”. É sempre dos outros. A oposição tem uma grande oportunidade de ir ao eleitorado, agora, para ir ensinar que: “ir re- censear” e “ir votar é um dever patriótico”. Não aconselhem as pessoas à gazeta no dia do voto, porque o preço da abstenção é altíssimo. É um monstro. Vol- taremos ao tema para mais contribuições... – Parece que há evolução!... Os novos 90 deputados da AR (2005-2009) da Renamo-UE irão tomar posse e deixarem dos apitos a avaliar pelo andamento da maka no seio da perdiz. Só tem vantagem, porque uma gazeta colectiva pode deixar a FRELIMO governar sozinha, já que quem não comparece lá tem prazos para estar de fora. Dura lex sed lex!... (A lei é dura mas é lei!...). Depois vão dizer que não sabiam... VERTICAL - 24.01.2005