Simeão Cuamba a leste do assunto
Simeão Cuamba, advogado de Aníbal dos Santos Júnior, disse ao IMPARCIAL não estar a par das alegadas diligências que o Estado moçambicano estaria a efectuar para extraditar o seu constituinte do Canadá para o país.
Segundo o causídico, o último contacto que teve com Anibalzinho foi pouco antes da segunda “ fuga” deste no mês de Maio do ano transacto. Cuamba “jura de pés juntos” que nunca contactou com o seu cliente depois de este ter “fugido” do país. « Eu, também, soube pela comunicação social que ele estava no Canadá», assegura Cuamba.
Sobre a eventual extradição, o advogado de Anibalzinho diz estar, também, a informar-se por via da comunicação social. «Nunca fui notificado oficialmente». Sobre o mais recente posicionamento do Tribunal Supremo que despachou favoravelmente um pedido seu para que Aníbal dos Santos Júnior fosse submetido a um novo julgamento, Simeão Cuamba disse que o Recurso foi remetido quando o seu cliente ainda se encontrava em território moçambicano.
O considerado chefe do esquadrão que assassinou Carlos Cardoso foi julgado e condenado á revelia a pena de 28 anos de prisão maior, pouco antes de ser recapturado em território su-africano. Pouco tempo antes do início do julgamento do processo “ Carlos Cardoso”, Aníbal dos Santos Júnior “fugiu” das instalações da penitenciária dita de máxima segurança, vulgo B.O.
Não fugiu
O advogado de Anibalzinho continua a defender a tese de que o seu constituinte não fugiu das instalações da B.O. Para Simeão Cuamba, Aníbal dos Santos Júnior foi solto por figuras do poder político que temem que ele possa revelar verdades em sede de julgamento.
A extradição ou não do presumido assassino-chefe do editor do defunto jornal electrónico Metical, Carlos Cardoso, continua uma incógnita.
No entanto, certa imprensa próxima do poder, sem citar as fontes, insiste que a extradição terá lugar nos próximos tempos. AC/ CM - IMPARCIAL - 12.01.2005