O número de pedidos de terras em Manica, centro de Moçambique, por agricultores expulsos do Zimbabué, na sequência da reforma agrária nesse país, diminuiu no último ano por falta de incentivos atribuídos pelo governo moçambicano.
Fonte do governo da província de Manica disse hoje à Agência Lusa que, desde o início da distribuição de terras, em 2001, 118 agricultores zimbabueanos solicitaram terrenos para a agricultura na região, mas as condições exigidas pelo governo moçambicano reduziram o número para mais de metade.
"Até 2004, a maior parte dos agricultores (vindos do Zimbabué e da África do Sul) ainda não haviam concluído o processo de legalização dos terrenos dada a dificuldade em juntar parte da documentação exigida por lei e alguns decidiram deslocar-se à Zâmbia onde há facilidades na concessão de terras", disse a mesma fonte.
Entre 2001 e 2004, o governo de Manica distribuiu 40 mil hectares de terras a fazendeiros zimbabueanos, maioritariamente no distrito de Bárué, a 500 quilómetros de Chimoio, capital provincial.
Embora o número de pedidos de uso e aproveitamento de terras pelos agricultores estrangeiros tenha baixado, o das empresas licenciadas subiu de 86 para 100, tendo criado 10 mil postos de trabalho, sobretudo no cultivo de tabaco, sublinhou a mesma fonte.
27-01-2005 15:21:29
(Fonte : Agência LUSA)