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Dikai Cumbane, 24 anos de idade, residente no Bairro do Jardim nos arredores da Cidade de Maputo pagou cerca de 4 milhões de meticais para sair da “BO” depois de ter sido torturado, acusado de ter roubado uma viatura do seu vizinho, crime que ele confessa não ter cometido. O jovem revelou ao
que está agastado com as autoridades policiais moçambicanas pelo facto de lhe terem torturado sem justa causa. O pior de tudo é que Cumbane diz que não chegou a ser notificado não sabe porque é que foi parar na chamada cadeia de segurança máxima. «Fiquei surpreendido quando os “cizentinhos” interceptaram-me em frente a minha casa e fui recolhido a força para a esquadra sem nenhuma notificação» contou.AN - IMPARCIAL - 27.01.2005
Para a vítima, o seu vizinho cuja identidade não foi revelada que sofreu o roubo da viatura (dupla cabine 4x4 Toyta Hilax) teria “corrompido” a polícia para acusá-lo dum crime que não cometeu. Cumbane permaneceu na “BO” durante três dias depois de ter estado na 12ª esquadra e acusou a Policia de lhe ter furtado o telemóvel.
«Pediram emprestado meu o telefone celular alegando que queiram usar e depois nunca mais devolveram» denunciou. Virgínia Cumbane, irmã mais velha do acusado, falando a nossa reportagem fez questão de afirmar que a justiça deve ser feita neste caso contra os polícias que torturaram o seu irmão e o detiveram por um alegado crime que não cometeu.
«Nós queremos que haja justiça contra as autoridades polícias que torturaram o meu irmão sem justa causa.Contraiu ferimentos em todas as partes do corpo. Isso não é justo» lamentou. Entretanto, André Macamo, Chefe das Operações da 12ª Esquadra, refutou que Cumbane teria pago dinheiro as autoridades policiais em troca da sua soltura. Segundo Macamo, a PRM apenas tem conhecimento que o acusado fugiu da cadeia da Machava, tida como de máxima segurança . «Neste momento estamos a procura do Cumbane para ser recolhido aos calabouços porque fugiu», frisou.