As negociações sobre a reestruturação da Hidroeléctrica de Cahora Bassa deverão ser retomadas este mês.
Esta semana, o Secretário de Estado português, Henrique de Freitas, é citado como tendo dito que o atraso da venda da barragem à Moçambique foi devido á realização das eleições gerais de 1 e 2 de Dezembro último.
Em declarações à Agência Lusa, à margem da assinatura do Plano de Acção de Cooperação Portugal-Moçambique, Henrique de Freitas considerou que o actual Governo, que cessa funções a 20 de Fevereiro, não vai ter tempo de concluir o acordo.
Segundo o ex-secretário de Estado da Defesa de Paulo Portas, `será difícil´ a assinatura do acordo com Moçambique ainda pelo actual Governo.
Hemrique de Freitas negou a existência de tensões entre os dois países e considerou `excelentes´ as relações com o actual vice-ministro moçambicano do Plano e Finanças, Manuel Chang.
Manuel Chang acusou, em Dezembro, o Governo português de falta de seriedade na condução do processo, por `não cumprir com os acordos´ entre os dois países.
Segundo fonte ligada ao processo, está já acordada em princípio a venda a Moçambique de parte da participação de 82 por cento detida na barragem por Portugal, que reduzirá para uma percentagem entre 20 por cento e 49 por cento.
O Estado moçambicano deverá comprar inicialmente parte da participação portuguesa, alienando posteriormente parte dela a um parceiro internacional. |
NOTÍCIAS - 07.01.2005 |