ESTA MANHÃ EM MAPUTO
, Máximo Dias, o promotor da ideia, disse que a iniciativa tem por objectivo a procura de uma plataforma que permita sanar as ilegalidades praticadas pelos órgãos eleitorais durante as últimas eleições em Moçambique.
Os líderes e partidos políticos da Oposição, que participaram nas últimas eleições gerais, em Moçambique, reúnem-se, na manhã de hoje, em Maputo, com observadores nacionais e estrangeiros, incluindo organizações da Sociedade Civil para discutirem a crise política que se instalou no país depois das eleições de 1 e 2 de Dezembro.
Falando ao IMPARCIAL
Dias enumerou algumas anomalias cometidas pelos órgãos eleitorais durante aquele processo. Diz que não houve apuramento parcial distrito por distrito, o candidato vencedor contou com os votos dos moçambicanos residentes no estrangeiro quando a lei proíbe e houve milhares de mesas que registaram uma afluência de 100 por cento, o que é bastante duvidoso.
Para aquele político, a eliminação das referidas ilegalidades pode não trazer vitória para a Oposição, mas aumentaria, por exemplo, o número dos deputados da coligação Renamo-UE, porque agora a Frelimo está a contar com uma margem obtida ilegalmente.
Segundo Máximo Dias, as manobras da Frelimo nas eleições de Dezembro último geraram uma instabilidade política e económica no país, daí a necessidade de uma consertação de ideias entre as partes envolvidas.
A fonte acrescentou que tem estado a receber chamadas telefónicas vindas de muitos cantos do país, de pessoas disponíveis para se integrar nas manifestações, caso haja interesse da Oposição para o efeito. Assim, Máximo Dias teme que este interesse traga resultados desastrosos e empurre o país para uma situação muito pior do que está, pois pode gerar a fuga de investidores e o agravamento do nível de desemprego.
A.C. - IMPARCIAL - 07.01.2005