FRELIMO – 160 / RENAMO-União Eleitoral – 90
Guebuza – 63,74% / Dhlakama – 31.74%
A FRELIMO, partido no bpoder em Moçambique, venceu com maioria absoluta as eleições legislativas de 01 e 02 de Dezembro com 1.889.054 votos (62.03 porcento) e a coligação RENAMO- União Eleitoral confirmou a sua tendência de impopularidade, ao arrecadar 29.73% dos votos validamente expressos.
De acordo com o anúncio oficial finalmente divulgado na tarde de terça-feira, com um atraso de mais de uma hora relativamente ao horário estabelecido, a FRELIMO elegeu 160 deputados de um total de 250 em disputa na Assembleia da República de Moçambique, ficando os restantes noventa para a Resistência Nacional Moçambicana, cujos membros da CNE pautaram pela ausência na sessão solene da revelação dos resultados eleitorais.
Surpresa
O PDD, de Raul Domingos, que se acreditava que seria a vedeta nesta corrida, surpreendeu, de facto, como vinham anunciando os seus quadros superiores, só que pela negativa, ao averbar uns escassos 60.758 (2.00%) votos nas legislativas e 85.815 (2.73) votos validamente expressos nas presidenciais, atirando o pangolim para fora do Parlamento, mantendo-se, assim, a bipolarização
política na 24 de Julho, com os “camaradas” em maioria expressiva.
Estes são resultados de uma eleição cuja abstenção situou-se em 63 porcento.
Concorreram às legislativas mais de 17 partidos e coligações e cinco candidatos a inquilino na Ponta Vermelha.
Ganhou o candidato da FRELIMO, Armando Emílio Guebuza, com 63.74% seguido de Afonso Dhlakama (31.74%), que vai se contentar com um assento no Conselho de Estado criado pela nova Constituição cuja entrada em vigor coincidiu com o anúncio dos resultados oficiais das III eleições legislativas e presidenciais de Moçambique.
O partido de Afonso Dhlakama registou um penoso recuo nestas eleições, ao passar dos anteriores 117 parlamentares para apenas noventa.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 22.12.2004