O pensamento de: João Craveirinha
… “Enquanto o Mundo se preocupa com a Hecatombe no afro-asiático Oceano Indiano, ou Índico para os Portugueses, a nossa Oposição Moçambicana não se conforma com o escrutínio eleitoral sancionado, quase desejando que aconteça outra desgraça mas em Moçambique e de crise e de instabilidade permanente. E no Norte em Nampula, ferindo como balas, circulam boatos
de movimentações de grupos armados na costa em Memba – Mazua e no interior em Mecubúri, Ribaué, Lalaua e Malema”…(João Craveirinha
06.01.05 – ver Cm nº1991)
E agora na cidade da Beira (ainda com nome colonial), surgem vozes apelando ao separatismo geográfico de Moçambique para gáudio, júbilo, precisamente das vozes portuguesas saudosistas do Império colonial e apologistas da desgraça de quanto
pior ficar o “Preto” melhor para justificar que sem os “Brancos portugueses” nada a fazer. Aconteceu no BAIRRO DA MUNHAVA no Domingo 9 Janeiro 2005 num mini-comício com Afonso DHLAKAMA, Chefe das PERDIZES (símbolo) da RENAMO oposicionista. No entanto honra lhe seja feita, por refutar essa ideia de separar Moçambique pelos dois lados do rio Save – Govuro (Inhambane), Manica e Sofala ao rio Rovuma. Uma Guerra civil separatista, seria o fim da RENAMO visto as posições políticas e militares da África do Sul, Namíbia, Zimbabué, Tanzânia, Angola, Nigéria e mesmo “Malaui” todos do lado da FRELIMO e seu governo. Exceptuando o “Malaui”, esses Países são potências militares regionais. Seria o CAOS em Moçambique e nas cidades até aqui poupadas. De considerar a luz verde no reconhecimento das eleições
vinda da Inglaterra, América e França, militarmente na zona. Neste contexto, seria difícil a sustentabilidade de uma RENAMO de volta à GUERRA sem o apoio da extinta Rodésia e da África do Sul do Apartheid e do Governo português através do DINFO, serviços secretos da Marinha adstrita ao Ministério de Defesa de Portugal, de onde foi criada para destabilizar e dividir Moçambique, apesar de hoje, uma RENAMO (inconscientemente), convertida a um novo processo eleitoral à mexicana, de legitimação Democrática da FRELIMO, no Poder há 30 anos. É que parece que a
RENAMO ainda não percebeu as regras do jogo conduzidas por Washington e George W. Bush.
CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 12.01.2005