afirma o Prémio Nobel da Paz de 2004, Wangari Maathai
<<>> P. Castro Afonso, mbn
A afirmação da prémio Nobel da Paz deste ano de 2004 caiu como bomba na imprensa desta parte da África dos Grandes Lagos, uma das regiões do mundo mais infestadas pela epidemia da Sida. O diário de maior leitura e circulação da Zâmbia, The Post, dava-lhe ontem por título: SIDA FEITA PARA MATAR PRETOS.
Wangari Maathai, queniana de 64 anos, primeira Professora Catedrática da África Oriental, biologista, ecologista, fundadora do movimento "Cinturão Verde", deputada do parlamento queniano pelos Verdes, ministra adjunta do Ambiente e dos Recursos Naturais do Quénia, galardoada com o Prémio Nobel da Paz de 2004 em 8 de Outubro, fez estas declarações em conferência de imprensa no dia seguinte ao do anúncio do prémio, talvez propositadamente para dar mais relevo e ter mais audiência para afirmações que já vinha fazendo desde há tempos. No seu entender de cientista, o vírus da Sida, o HIV, é criação de cientista ou cientistas malvados para destruição massiça dos africanos, especialmente dos africanos negros. Depois de referir que se invadiu o Iraque por se julgar que Saddam Hussein tinha ou iria ter armas de destruição massiça, ela afirmou na conferência de imprensa: "De facto, o HIV foi criado por cientista malvado para fazer guerra". E diz não compreender por que se faz tanto segredismo quando se pretende saber a origem do vírus. Já em Agosto passado Wangari Maathai tinha afirmado na cidade queniana de Nyeri:"As nações desenvolvidas estão a usar guerra biológica deixando as armas para os povos primitivos". E acrescentava: "A SIDA não é maldição de Deus sobre os africanos ou sobre o povo negro; é um instrumento para os controlar inventado por cientistas malvados que nós talvez não venhamos a conhecer".
Como cientista Maathai parece não ter outra explicação para o facto de dos 38 milhões de sidosos do mundo, 25 milhões serem africanos. Nem ela nem nós, nem milhões de seres humanos encantadores a morrer todos os dias nestes lagos e planaltos.
Vai para vinte anos que nós levantámos tal hipótese nesta revista, comparando o fenómeno do vírus da Sida ao do escaravelho da batata que americanos malvados teriam enviado para a Europa fazendo depois fortuna vendendo insecticidas, diminuindo a produção europeia, reduzindo a competição nos mercados internacionais. Reduzir a população africana ameaçadora do espaço europeu pelo HIV, vender preservativos, anti-retrovirais e vacinas, terá isso lembrado a algum malvado ariano europeu? Assim o pensamos nós vai para vinte anos no meio destes planaltos da África dos Grandes Lagos de povos tão encantadores condenados à morte pelo extermínio estúpido da SIDA injectada pela estupidez dum mundo de epicurismo e edonismo sem alma. Numa das cidades desta Zâmbia, Kapirimposhi, entroncamento de linhas de comboios internacionais, dizem os jornais destes dias que 35% da população está infectada da Sida. A propaganda e difusão dos preservativos, entregue pelo governo zambiano a um grupo norteamericano, os anti-retrovirais que custam bem caro, a vacina que irá custar mais, tem bastante do esquema do escaravelho da batata, hoje com maior evidência do que há vinte anos.Tenham compaixão destas crianças em cujo rosto resplandece a imagem do Criador que terá de imaginar um novo inferno para esta maldade ultradiabólica!
O grito de Wangari Maathai, ao ser galardoada com o prémio Nobel, levará instituições humanitárias a mobilização semelhante à que desenvocou na guerra contra o Iraque à cata dum pobre Sadan Hussein que a opinião mundial começa a ter como sensato ou na do Afeganistão à cata dum Bin Laden que ainda acaba por ser proclamado profeta da luta contra os demónios dum capitalismo ateizante e desumanizante? Procurem o malvado do cientista.
Chililabombwe, Zâmbia, Da Revista "Boa-Nova - http://bnam.planetaclix.pt/
13/10/2004