TRIBUNA EXTRA
Coluna de João CRAVEIRINHA
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O Presidente da República Armando GUEBUZA e a Nova Legislatura, confirmados vencedores das últimas polémicas eleições, têm a árdua tarefa de manter a Unidade territorial geográfica Moçambicana no imaginário colectivo da mentalidade do cidadão a norte do rio Save. Tendências “a la etarras separatistas Bascos de Espanha” em Moçambique, numa altura destas, é de se bradar aos Céus. Venham essas vozes étnico – separatistas do alagado e malárico Bairro da Munhava na cidade da Beira – Aruângua kuSena, venham de Maringoé, da Gorongosa, ou de Quelimane ou mais acima ou mais abaixo em Mambone (da feitiçaria) em Govuro – Inhambane; o facto é que o discurso da RENAMO de uma vez por todas terá de mudar pela positiva caso queira algum dia governar Moçambique. Não há dois Moçambiques e o País não pode parar. Todavia, em nossa opinião, a Nova Legislatura terá também de projectar a curto prazo uma solução visando estar mais perto do Centro e do Norte “fisicamente” –, isto é, provisoriamente por etapas avançar para a Mudança DEFINITIVA da Capital do País, “libertando” a cidade de Maputo/caMpfumo. É muito mais importante do que se julga. A questão de custos financeiro – económicos avultados, para essa mudança, não serve de base pois tarde ou cedo estará em causa a integridade geográfica face ao descontentamento em crescendo, das populações a norte do rio Save ao Lúrio e o preço a pagar poderá ser muito mais caro. Esse Projecto passaria por 3 fases:
01. Curto Prazo: De imediato mudar a Capital (Sede do Governo) para a Matola ou melhor ainda para as Mahotas – Albasine, potenciando o Desenvolvimento nessa direcção aliviando a pressão sobre a edilidade da Cidade de Maputo ou subalternização do respectivo Conselho Municipal perante o Governo Central em “choque” de competências.
02. Médio Prazo: Entretanto preparar-se-ia a cidade da Beira/Aruângua (corrigindo o nome) para ser a capital provisória de Moçambique dentro de UM ANO, esvaziando qualquer sentimento político de exclusão ou de antagonismo regionalista fomentado só o diabo sabe por quem para uma obtenção de poder político a todo o custo mesmo desgovernando o país sacrificando uma vez mais o POVO para além do limite.
E que o Palácio da Ponta Vermelha seja um Museu Colonial da memória histórica Moçambicana, aberto ao público, rompendo os actuais senhores com a arrogância ou alienação axiomática, obsessiva, de fazer questão de ocupar o espaço físico luxuoso deixado dos antigos senhores do colonialismo. Que se construa outro Palácio de raiz noutro local se for o caso.
03. Longo Prazo: Mudar a Capital para a ZAMBÉZIA no Fim desta Legislatura que começa, conquistando definitivamente as gentes da Zambézia para o Desenvolvimento e fixação do jovem à sua Província na próxima Legislatura de 2010/2015 porque se a RENAMO alguma vez ganhar as eleições “nunca” colocará a Capital de Moçambique na Zambézia por falta de coragem em sair da Beira que considera sua “propriedade especial” porque “lutamos 16 anos”.
A FRELIMO dizia também ser “dona” de Moçambique porque “lutamos 10 anos” e deu no que deu.
CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 24.01.2005