JORGE SAMPAIO COMENTA DOSSIER CAHORA BASSA
O “jogo de cintura” entre Moçambique e Portugal em torno do dossier Cahora Bassa parece
que ainda vai no adro, a avaliar pela troca de responsabilidades dos dirigentes dos países das partes interessadas no processo.
O Presidente de Portugal, Jorge Sampaio, foi o último a apimentar o processo, ao afirmar que “a
bola está do lado moçambicano, no sentido em que tem que escolher os peritos internacionais que farão determinadas avaliações”.
Para Sampaio, os futuros governos português e moçambicano deverão dar passos decisivos na resolução da questão da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, cuja entrega a Moçambique está
em negociação entre os dois países.
Mostrou-se, todavia, confiante: “Se conseguirmos ter um período de tempo alongado à nossa frente – mas este alongado ser curto, estável, e haver delegações que não mudam e que vão até ao fim – poderemos dar um salto qualitativo que leve à resolução desse problema”.
O Presidente da República portuguesa falava quarta-feira após audiências em Maputo com o novo Presidente moçambicano, Armando Guebuza.
Sampaio enalteceu o exemplo de transição democrática em Moçambique, definindo o seu sucesso como um caso “raro e extremamente importante” no continente.
(Redacção) CORREIO DA MANHÃ (Maputo) – 04.02.2005