Que Machado da Graça não se apoquente mais, e que nem mais um cidadão deste País se sinta intrigado com a falta de mudanças desde que Armando Guebuza assumiu o poder, não obstante as promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2004. É que as mudanças não tardaram em surgir como repolhos que brotam de terra generosa.
E aqui há que concordar com a douta opinião de Adelino Buque quando afirma (Correio da Manhã, edição de 23 do corrente), que “mudança não é mudar para trás.” Para ele, ”mudança significa
valorizar o passado.”
E a primeira valorização que nos chega é em termos de portagens impostas pela firma de que Armando Guebuza é accionista, a TRAC. Neste caso específico, a mudança foi indirecta, mas não deixa de ser mudança.
Quer dizer, o executivo de Guebuza na TRAC optou por mudar (não para trás, claro...) as tarifas velhas. Depois, o executivo de Guebuza ao nível do governo central deu instruções à Administração Nacional de Estradas para que anunciasse a mudança aos utentes do corredor
de Maputo, e o resultado é que as portagens aqui mesmo à entrada da capital, passam a variar de 14.500 a 142 mil Meticais, enquanto que em Moamba variam de 77.000 a 575 mil Meticais.
Um presidente cumpridor do que promete, sem dúvida. Em menos de um mês, é obra. Qual será a próxima valorização em termos de mudança? Algum palpite, Buque?
ARTUR MAPINHANE, NO CORREDOR DE MAPUTO.
IMPARCIAL – 25.02.2005