NA INVESTIDURA DE NOVOS GOVERNANTES DO NOVO EXECUTIVO
O novo Presidente da República de Moçambique, Armando Guebuza, ministrou segunda-feira uma autêntica aula que a se mandar efectuar um sumário podia muito bem levar o rótulo de “como tornar o camponês em homem rico”.
Efectivamente, o discurso da praxe de Guebuza na segunda-feira na Ponta Vermelha, quando conferia posse aos três novos ministros, 11 governadores e oito vice-ministros recém-designados teve como enfoque os esforços a desenvolver nas zonas rurais, onde vive a maioria da população, visando erradicar a pobreza absoluta no país.
Armando Guebuza destacou a necessidade da “promoção do desenvolvimento rural integrado, exactamente para responder à situação de pobreza absoluta onde vive a maioria da população”.
O novo Presidente da República de Moçambique anunciou sexta-feira os nomes dos novos titulares da Justiça, Ciência e Tecnologia e Assuntos dos Antigos Combatentes, bem como de oito vice-ministros e dos governadores das 11 províncias que irão integrar o seu governo.
O grosso do elenco governativo tinha sido anunciado no Dia dos Heróis de Moçambique – a 03 de Fevereiro –, um dia depois de Guebuza ter tomado posse no cargo, mas continuam por nomear cinco
vice-ministros, entre os quais o das Finanças.
“Gostaríamos que na vossa acção governativa pudessem assegurar que esforços são envidados para a continuação de melhoria da segurança alimentar e, de forma mais célere, para a continuação e expansão da rede escolar e sanitária, de energia e de telecomunicações, bem como para uma mais rápida reabilitação e construção de vias de acesso e fontes de água”, sobretudo nas zonas rurais, exortou.
Aulas de enriquecimento
Armando Guebuza pediu ainda os governadores das 11 províncias moçambicanas para estabelecerem instituições financeiras e de educação das populações na promoção da cultura de poupança, por serem “fundamentais para estimular o investimento, facilitar o crédito rural e incrementar a agricultura familiar e comercial” no país.
“Estas instituições contribuirão igualmente para impulsionar o estabelecimento de mais agro-indústrias e para conferir uma maior mais-valia aos recursos naturais de que dispomos em Moçambique”, disse Guebuza.
“Queremos que também participem, muito activamente, na mobilização de parcerias e na intensificação dos esforços para a prevenção, tratamento e combate às doenças endémicas
– a malária, HIV/SIDA e tuberculose –, e na melhoria da nossa prontidão para o combate aos surtos de doenças cíclicas, como a cólera”, concluiu.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 15.02.2005