Em momentos outros já nos pronunciamos sobre o governo de Armando Emílio Guebuza. Para que não haja equívocos somos obrigados a repetir que não insinuamos incapacidade nas escolhas
Temos a obrigação de dizer que a lógica “job for the boys” continua a prevalecer pelos lados do
Parece-nos que o melhor título para este texto seria “premiações guebuzianas”.
Armando Guebuza, com a sua tese de colocar «a política no comando», foi premiando quadros(ou quadrados?) do seu partido a quem deve a sua “vitória eleitoral”. Djalma Lourenço e Filipe Paúde são os premiados de Sofala. Lourenço foi o candidato que Guebuza impôs para a cidade da Beira, nas eleições autárquicas. Perdeu para Deviz Simango, da Renamo. Filipe Paúde é o o exemplo acabado da “política em frente da ciência”.
Soares Nhaca, o sindicalista, que organizava greves ao Sábado, é vice-ministro do Trabalho.
Melhor, do Desemprego. Vai liderar os desempregados que não soube defender quando era sindicalista. Contas feitas para ser membro do governo guebuziano basta antes ser governador. Depois dos ministeriáveis governadores ficamos a conhecer o premiação de outros antigos governadores. De Nhaca já nos pronunciamos. Abdul Razac é vice- ministro. Alfredo Namitete idem. Mamã quando eu for Grande quero ser governador. É o caminho para ser ministro!
O resto é paisagem. Compensações étnicas, gajos da malta e questões de género.
Tivemos a ilusão de acreditar que Armando Emílio ia extinguir o Ministério dos Assuntos para
Pelo menos, o presidente moçambicano resolveu as reivindicações de género. Foi ao ponto de criar o cargo de Governador de cidade de Maputo. Para uma mulher, claro.
De paisagem em paisagem vamos recriando o quase – estado que Moçambique é.
Bom, temos que lembrar, como insistiu um amigo meu, em 40 cartas ao antigo Chefe de Estado,
Estamos a espera de entender o que é o “não deixar andar”. Decapitar a Zona Militar é um
PS: Um abraço ao meu antigo colega Arnaldo Bimbe. Colega, vai governar a Província do
CELSO MANGUANA
IMPARCIAL – 14.02.2005