Por: Abdul Magide Abdul Gafur
Porque cai uma maçã para a terra mas não a lua? Esta pergunta, formulada por Isaak Newton (1642-1777), teve como resposta a formulação da teoria da gravidade. A política é um processo de retroalimentação, apreende com os seus erros. O que hoje se considera verdade pode não o ser amanha, a procura de verosimilhança é uma meta mais clara e realista do que a busca da verdade. Ainda assim, a história da ciência política está cheia de fortalezas e, muita vezes, é a própria comunidade e os políticos o grande obstáculo à mudanças de paradigmas.
A beleza do universo das criticas consiste na forma como são apresentados, entre nós eleitores que vota-mos no Guebuza e outros que votaram no Dhlakama, os direitos do livre pensamento e opinião consagrados na constituição, leva a muitos terem que tecer diversas opiniões a respeito do Governo central e Governadores provinciais nomeados pelo novo Presidente da República.
Uns contra e outros a favor com diversos argumentos.
Cito a última crónica do meu amigo Emílio Manhique, publicada no jornal Diário de Moçambique, edição de 07/02/05, “fica-se também com a impressão de que alguns integrantes deste executivo foram atirados ao mar sem saberem nadar. E terão que apreender a nadar nadando, ou seja, terão que apreender a governar governando... outros chegarão à costa são e salvos enquanto outros poderão se afogar...” para mim, o tio Guebas optou pelas mudanças prometidas começando por eliminar algumas oligarquias no poder que achavam que o país era deles.
Todos de moas dadas os que sabem ou não nadar, para salvar o país de tantos marasmos que já tornavam o país ingovernável. Unidos em torno do Presidente da República eleito democraticamente com direito das opções, assim como nós eleitores temos a nossa opinião.
Vamos ser honestos nas nossas criticas se possível criticar frontalmente a rejeição deste ou aquele governante. Assim estaríamos na verdade a construir o país que é de todos nós, gregos e troianos. Ou teremos que chamar Isaak Newton para reformular a teoria da gravidade, para satisfazer alguns políticos, governantes e outros que caiem.
O que assusta não é o escuro é o obscuro; porque conhece a paz quem esqueceu o desejo. É necessário usar o pau e não a sombra do pau para acabar tantos males que afectam a sociedade.
Tenho dito.
O AUTARCA – 18.02.2005