O Ministério das Obras Públicas e Habitação (MOPH) lança em Abril próximo, o concurso público internacional para selecção do empreiteiro que se vai ocupar pela construção da ponte sobre o rio Zambeze, ligando as regiões de Caia, em Sofala, e Chimuara, na Zambézia.
O engenheiro Elias Paulo, director do gabinete do projecto da ponte sobre o Zambeze, que facultou esta informação ao "Noticias", revelou, por outro lado, que estão assegurados os montantes julgados necessários para o arranque do empreendimento, com a Suécia e Japão a jogarem papel de relevoso na disponibilização de fundos.
O projecto de construção daquela infra-estrutura iniciou em 1971. Ficou paralisada. Actualmente, serão aproveitados os seus anteriores alinhamentos e aterros. Tecnicamente, a última alteração é justificada pela prolongada paralisação da obra, cerca de 34 anos. Arquitectonicamente, os encontros do esboço passado já não oferecem segurança. Além disso, as novas projecções representam um acréscimo em mais de 36 metros, sendo nove de largura.
Com relação ao estudo do impacto ambiental para a concretização da ponte, ambientalistas, comunidades locais, autoridades administrativas, intelectuais e a sociedade civil baseadas ao longo da faixa do vale do Zambeze, que compreende as províncias de Manica, Sofala, Tete e Zambézia, concluíram que não existem quaisquer impedimentos para a execução da obra.
Espera-se que com o arranque das obras, na componente sócio económicas haja um impacto positivo, porque parte da mão-de-obra não especializada será recrutada localmente.
Neste momento, a maior preocupação na preparação está relacionada com a remoção das numerosas barracas do mercado informal erguidas nas duas margens do Zambeze. Para a transferência dos vendedores, as administrações de Caia e de Mopeia já identificaram áreas nas vilas de Caia e de Chimuara.
Jornal de Notícias - 21.02.2005