Não bastou os empurões e cotoveladas da PRM contra os profissionais da comunicação social aquando do último regresso, também, pomposo, do mecânico do Alto Maé, assassino de jornalista, à capital do país, Aníbal dos Santos Juntos, agora temos mais uma notícia fresca da musculação da Polícia contra jornalistas, estes últimos com a caneta, apenas, como instrumento de defesa.
O último relato dá conta de que a Força de Intervenção Rápida, a tal “tropa” de elite na PRM,
deteve, seviciou e arrancou material de trabalho a dois profissionais de comunicação social, designadamente repórteres do “Diário de Moçambique”, o segundo maior diário no país, por terem
Tanto no primeiro como no segundo caso, ninguém apareceu, seja de que escalão for, na hierarquia policial, a pedir, publicamente, as desculpas contra aquilo que podia se admitir tratar-se de excesso de zelo. Assim, inferimos que há uma orientação clara ao nível daquela corporação para impedir, recorrendo a todos os meios ao seu alcance, o trabalho de jornalistas naquilo que a Polícia estiver envolvida, sobretudo em operações obscuras como vasculhar cidadãos que passam imediatamente a ser suspeitos só por viajar numa determinada rota, uma clara intenção de restringir a liberdade de circulação no território nacional.
Por outro lado, as investidas impunes da Polícia contra jornalistas, estes últimos vilipendiados
Preocupante ainda é o mutismo da instituição dirigida pela doutora Julieta Langa, designadamente
Aos Polícias, que agora tem um novo timoneiro, José Pacheco, devem deixar de importunar
Será que a Polícia não sabe que por cima das 22 horas, os “chapa-cem”, o meio de transporte do
Aos colegas jornalistas, já se passou por tantas, não será desta que se pode vacilar. Para frente é o caminho!
JAQUES FELISBERTO – IMPARCIAL – 11.02.2005