Um acordo de comércio preferencial entre Moçambique e o Zimbabué entra na sexta-feira em vigor, concretizando a eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias de mercadorias da primeira necessidade, excepto o açúcar.
A entrada em vigor do acordo será assinalada com uma cerimónia em Machipanda, na província de Manica, centro, em que participam responsáveis pelas áreas do Comércio dos dois governos.
A nova política bilateral de comércio prevê um regime de regras de origem mais simplificado comparativamente às da convenção comercial dos países da região do sul de África, agrupados na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O objectivo da iniciativa é "garantir o aumento do fluxo das trocas comerciais entre Moçambique e Zimbabué e permitir que o comércio seja livre e permanente, através da eliminação simultânea das barreiras tarifárias e não tarifárias entre os dois países", sublinha uma nota do Ministério da Indústria e Comércio de Moçambique hoje distribuída em Maputo.
"Não obstante a liberalização quase total do comércio entre os dois países, o acordo prevê a exclusão de alguns produtos constantes de uma lista negativa, nomeadamente açúcar, refrigerantes e cervejas, armas de fogo, munições e explosivos, veículos motores e tabaco manufacturado", acrescenta o mesmo comunicado.
O acordo estabelece os portos obrigatórios de entrada e saída das mercadorias abrangidas por este regime preferencial de comércio, designadamente os postos fronteiriços de Machipanda e de Espungabera, na província de Manica, que faz fronteira com o Zimbabué, e nos de Chicualacuala, em Gaza, sul, e de Cuchamano, em Tete, centro, destaca ainda a nota.
Notícias Lusófonas - 11.03.2005