Extraída do "Téla Nón"
Bernardo Pinto é a figura pública, que desde a última sexta-feira vive atrás das grades da Cadeia Central de São Tomé e Príncipe. Ex-deputado e militante influente do partido PCD, o director do centro de identificação civil e criminal, é acusado de crime de peculato. A ordem de detenção dá sequência a investigação feita as contas da instituição ligada ao aparelho judiciário, e que ilustra desvios de fundos praticados alegadamente pelo Director. Em prisão preventiva, Bernardo Pinto não resistiu aos resultados da auditoria feita ao centro de identificação civil e criminal, pela equipa da inspecção de finanças. A investigação financeira que tomou como referência o período que vai de 2002 à Maio de 2004, trouxe a ribalta indícios de corrupção, que consubstanciam o crime de peculato. O Téla Nón sabe que dentre outras irregularidades cometidas, destaca-se o desvio de importantes somas para satisfaçam de interesses particulares. O relatório da auditoria não esconde que o Director Bernardo Pinto, utilizava receitas do serviço para compra de pneus para a sua viatura particular. No conjunto do relatório o Ministério Público, entendeu que há provas suficientes para avançar com a acção penal. Por isso ordenou a detenção preventiva do ex-deputado. Pode ser o início de grandes agitações no aparelho central do estado. Os órgãos de fiscalização das contas do estado, nomeadamente o Tribunal de Contas começa a apertar o cerco contra o desvio de verbas. O Téla Nón sabe também que na Direcção dos Impostos de São Tomé e Príncipe, as coisas ficaram complicadas nos últimos dias. Assunto que terá desenvolvimento nas próximas edições. |
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Abel Veiga |