... o baptizado “deixa andar” é o epicentro do ataque
Laurindos Macuácua
(Maputo) A Primeira-Ministra (PM) moçambicana, Luísa Diogo, atacou, sem reservas, em conferência de imprensa realizada ontem, em Maputo, o Governo do reformado Presidente da República, Joaquim Chissano, acusando-o de não ter alcançado as metas para o combate à pobreza que, inicialmente, havia desenhado.
Alguns pontos nevrálgicos apontados por Diogo em cujo sucesso não haja sido alcançado são a educação, saúde, alimentação, entre outros, e indica como motivos a falta de políticas claras para o sucesso dos projectos.
Contrariamente ao acima referenciado, a PM diz que, desde a tomada de posse do Governo do ora eleito Presidente da República, Armando Guebuza, a quatro de Fevereiro último, vários programas constantes no manifesto eleitoral já estão em curso e para os que ainda continuam na letargia é devido a outras questões, pois financiamento já existe para que estejam em andamento.
A título de exemplo, falou das pontes de Guijá, de Lugela e de Caia e da linha Férrea de Sena que diz terem financiamento, adjudicação feita, havendo, pura e simplesmente, que “arregaçar as mangas” para o trabalho.
Diogo disse ainda que, diferentemente do Governo de Chissano, este tem uma nova filosofia de abordagem para o combate à criminalidade que, ao que se sabe, é o já antigo calcanhar de Aquiles deste País. Para tal, disse ela, o Ministério do Interior (MINT) está a trabalhar com o Ministério da Justiça e a Procuradoria Geral da República (PGR), para juntos encontrarem mecanismos de acabar com o infortúnio.
Por outro lado, Luísa Diogo disse que Moçambique, ao contrário do que acontecia no passado, tem por ora consciência daquilo que significam as minas antipessoais e não só, que impedem a exploração cabal de algumas zonas com maiores potencialidades económicas, daí que seja, também, objectivo primordial acabar com estes engenhos.
“Moçambique definitivamente quer estar fora da linha vermelha em que se encontra no referente às minas.
Por isso estamos a trabalhar a todo gás para tal”, afirmou Diogo.
Contudo, o Conselho de Ministros concluiu semana passada o plano do Governo para o presente quinquénio e submeteu-o segunda-feira finda à Assembleia da República (AR) para análise e posterior aprovação.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS (Maputo) – 16.03.2005