Chimoio) O Governo do Zimbabwe decidiu correr atrás do prejuízo ao contrapor-se tendo inviabilizado a marcha pacífica de solidariedade que esteve programada há dias em Moçambique para a defesa dos direitos humanos naquele país vizinho, tendo em conta as eleições de 31 corrente. A mesma teria tido lugar no distrito de Manica, uns 45
KM da fronteira com o Zimbabwe, que fora organizado em simultâneeo e com sucesso na África do Sul, Zâmbia e Tanzânia.
A imposição manifestada pelo governo de Mugabe, deveu-se à sensibilização deste país, relacionando que a mesma pudesse influênciar os resultados das eleições, a realizarem-se este mês, o que seria um autêntico favorítismo ao Movimento para Mudança Democrática, liderado por Morgan Tvirangirai.
Segundo um comunicado enviado às autoridades moçambicanas a que o "vt" teve acesso, enviado também a outros países que haviam programado o evento, o Zimbabwe defende-se que a marcha vai repercutir-se nos resultados eleitorais.
O Secretário-Geral para o Combate ao Crime e Reabilitação de Prisoneiros (AMOCRIP) Albino Forquilha, lamentando o facto disse que "o evento não tinha nada a ver com as eleições zimbabweanas, senão na promoção dos direitos humanos naquele país que estão cada vez mais degradados. Este seria caracterizado por uma marcha pelas artérias da vila de Manica e culminaria com um concerto musical que
contaria com a presença de músicos nacionais e estrangeiros".
Aliado à inviabilização da marcha, os organizadores falam de prejuízos na ordem dos 8 mil Rand. (Luís Fernandes)
VERTICAL - 18.03.2005