Depois de em Dezembro passado terem sido “dispensados” os generais e brigadeiros das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) oriundos da antiga guerrilha da Renamo, está eminente uma nova vaga de desmobilização de Coroneis, Tenentes-Coroneis e Majores vindos da “perdiz” e que continuam a integrar as forças armadas.
De fonte bem colocada nas hostes militares da Renamo, soubemos que em princípio esta demobilização compulsiva poderá abranger cerca de 90% dos coroneis, tenentes coronéis e majores que foram integrados nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique no âmbito do Acordo Geral de Paz assinado entre o Governo/Frelimo e a Renamo.
Entre as patentes que correm o risco de ficar no “olho da rua” a maioria figura no grupo que se
Confinamento na academia
A fonte indicou que a tal reciclagem não passa de um “confinamento” visando manter à distância, alguns daqueles oficiais superiores que parecem representar um “incómodo” à nova estrutura organizativa que se pretende implantar nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Por outro lado, adiantou a fonte, outro objectivo de expurgar elementos vindos da Oposição “renamista”, relaciona-se com o facto de se pretender criar uma onda descontentamento entre os antigos guerrilheiros da Renamo, por forma a embaraçar aquele que é tido como a maior e principal força da Oposição política em Moçambique, tendo em conta que poderá encarar algumas dificuldades de enquadrá-los.
No âmbito do AGP, terão sido integrados nas FADM pouco mais de 4 mil soldados do lado da Renamo. Na altura, depois do cessar fogo em 1992, o exército foi formado por cerca de 11 mil militares de ambos os lados contra os 30 mil homens previsto, pelo Acordo Geral de Paz.
Cenários dos tempos de Chissano repetem-se
Esta não é a primeira vez que ocorrem situações do género ao nível do exército unificado em Moçambique.
Vários soldados que integraram as novas forças armadas por via da Renamo, foram sendo desmobilizados no tempo em que Joaquim Chissano assumia a presidência da República, sob
O Estado Maior General das Forças Armadas de Moçambique tem vindo a desmentir tais
Agora, com o novo presidente da República, que por imperativos constitucionais assume também
IMPARCIAL – 11.03.2005