Francisco Maingue, quarta-feira finda eleito delegado político provincial da RENAMO em Sofala, disse, em entrevista, que `aquele que for a Maríngwè e experimentar desarmar a segurança de Dhlakama à força sairá de lá a correr´.Falando ao SAVANA à margem da III sessão extraordinária do Conselho Provincial da `perdiz´, que o elegeu, Maingue afirmou que `há coisas que não têm a ver com questões administrativa e política.
A FRELIMO diz que vai desarmar esse contingente usando a força ou outros meios necesários, mas advirto que quem for a Maríngwè com tal intenção sairá de lá a correr´.
Fazendo alusão ao acordo de Roma, assinado em 1992 entre o Governo e a Renamo, Maingue afirmou que o executivo não cumpriu com o protocolo, que previa a integração de 150 homens estacionados em Maríngwè e Cheringoma na Polícia da República de Moçambique (PRM), daí que qualquer acção com recurso à força pelo mesmo é uma clara violação ao espírito e letra daquele memorando que pôs fim a 16 anos de guerra fratricida.
Questionado sobre o conteúdo de tal advertência, Maingue afirmou que `são questões estratégicas do seu partido´.
Entretanto, tal pronunciamento surge em réplica ao ministro do Interior, José Pacheco, que afirmara muito recentemente a intenção do Governo de desarmar a segurança de Dhlakama, nem que para tal seja necessário recorrer ao uso da força.
SAVANA - 18.03.2005