SÓ ESTE ANO VÃO “MAMAR” PERTO DE 3.334 MIL MILHÕES DE MZM
FILIMÃO SAVECA
Os ex-ministros do cessante Governo moçambicano e deputados da Assembleia da República (AR) não reconduzidos nas eleições de 2004 vão agravar as despesas correntes do Orçamento do Estado (OE) de 2005 em cerca de 3%, em relação às do ano anterior.
Um documento do Governo contendo a proposta de lei do Orçamento do Estado para este ano indica que as despesas correntes a serem efectuadas em 2005 vão registar um incremento no montante de 3.334 mil milhões de meticais, em relação às do ano anterior que foram no valor de 19.270 mil milhões de meticais.
Em 2005, estão projectadas despesas no valor de 22.604 milhões de contos, segundo ainda o documento a ser submetido dentro de dias ao Parlamento para a sua apreciação e aprovação pelos deputados reunidos em Maputo em mais uma sessão de trabalhos da AR.
O documento refere que o aumento ligeiro das despesas correntes ao nível central em 2005, comparado com a execução do ano anterior, deve-se à inclusão de despesas extraordinárias para o pagamento de seguro e previdência social dos dirigentes cessantes do Estado e deputados da IV e V legislaturas que não foram reconduzidos no presente mandato.
“Outras despesas”
O documento que temos vindo a citar revela, por outro, que, na rubrica denominada “Outras despesas correntes”, estão programados cerca de 603.5 milhões de contos destinados a gastos com visitas de chefes de Estado e de Governo estrangeiros a Moçambique, bem assim para a restituição de cobranças indevidas de impostos.
O valor representa 0.4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0.5% do valor programado para 2004.
CORREIO DA MANHÃ(Maputo) – 20.04.2005