O ex-presidente moçambicano Joaquim Chissano e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros indonésio Ali Alatas foram nomeados pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, para o ajudarem a promover a reforma da Organização, anunciou segunda-feira o seu porta-voz.
Annan nomeou quatro personalidades do mundo político e diplomático para o ajudarem a promover a reforma das nações Unidas que deseja ver aprovada durante uma cimeira mundial em Nova Iorque, em Setembro, precisou Fred Eckhard.
Além de Chissano e Ali Alatas, Annan escolheu Dermot Ahern, ministro dos Negócios Estrangeiros irlandês, e o antigo presidente do México Ernesto Zedillo.
Os quatro serão representantes especiais de Annan tendo em vista a cimeira em Nova Iorque, acrescentou Eckhard.
Annan apresentou no final de Março um relatório à Assembleia geral da ONU no qual propõe uma vasto leque de reformas da organização, com destaque para um alargamento do Conselho de Segurança de 15 para 24 membros, a fim de lhe permitir enfrentar melhor os desafios do novo século.
Nesse relatório, Annan faz também uma propostas para que o mundo consiga fazer cumprir até 2015 os Objectivos de desenvolvimento do Milénio, a que os governos se tinham comprometido em 2000, entre os quais a redução para metade da pobreza.
"Para ajudar a promover este vasto programa, o secretário- geral solicitou os bons ofícios destes quatro eminentes dirigentes mundiais, para que estes ajam como seus enviados especiais até à cimeira de Setembro", acrescentou.
A cimeira de Nova Iorque decorre de 14 a 16 de Setembro, precisamente antes da abertura da sessão anual da Assembleia-Geral da ONU que marcará o 60º aniversário da criação da organização.
AGÊNCIA LUSA - 05.04.2005